martes, 21 de diciembre de 2010

Conselho de Arquitetos e Urbanistas do Brasil – CAU

Sanção da Lei pela Presidência da Republica do Brasil – Criação do CAU/BR

Hoje 30 de Dezembro de 2010 (as 16.45 hora de Brasília), o Presidente da Republica José Ignácio Lula da Silva, sanciono a Lei enviada pelo Congresso Nacional sobre a Criação do “Conselho de Arquitetos e Urbanista do Brasil” – CAU/BR.

Imagem Oficial do Palácio do Planalto – Brasília 30/12/2010.
Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da Republica Federativa do Brasil.

Informações no site:
http://www.info.planalto.gov.br/

O Senado aprovou nesta terça-feira (21) o projeto de lei da Câmara (PLC) 190/10, que regulamenta a profissão de arquiteto e urbanista. O projeto, que vai à sanção presidencial, também cria o conselho nacional (CAU/BR) e conselhos estaduais específicos para esses profissionais, que, até então, eram representados pelo Conselho Federal (Confea) e pelos Conselhos Estaduais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Creas).
A matéria foi aprovada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara na última terça-feira (16). No Senado, foi apreciada diretamente no Plenário, onde recebeu parecer favorável do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
De acordo com o projeto, o CAU/BR deverá especificar as áreas de atuação privativas de arquitetos e urbanistas e as áreas compartilhadas com outras profissões regulamentadas. Caberá ainda à entidade manter um cadastro nacional das escolas e faculdades de arquitetura e urbanismo, com o currículo dos cursos oferecidos.
A proposta de regulamentação profissional substitui a legislação atual. De acordo com as entidades profissionais, pela primeira vez os arquitetos terão uma regulamentação própria, totalmente desvinculada da regulamentação profissional de engenheiros.
O PLC 190/10 dispõe que entre as tarefas dos arquitetos estão a direção de obras e a elaboração de orçamento, seja no campo da arquitetura propriamente dita, da arquitetura de interiores ou do planejamento urbano, entre outros.
Para exercer a profissão, o arquiteto e urbanista deverá ter registro profissional no CAU de seu estado. Esse registro permitirá sua atuação em todo o País. Os requisitos para o exercício da profissão serão a capacidade civil e o diploma de graduação em Arquitetura e Urbanismo, emitido por faculdade reconhecida pelo Ministério da Educação. Também deverão registrar-se no CAU as empresas de arquitetura e urbanismo.

Raíssa Abreu / Agência Senado
Com informações da Agência Câmara
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Assuntos Relacionados: Constituição E Justiça, Educação, Justiça, Orçamento, Plenário
PLENÁRIO / Votações
21/12/2010 - 19h47

http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspxcodNoticia=106447&codAplicativo=2&codEditoria=2


Vejam na integra o video da criacao do CAU no Congresso Nacional.
http://www.youtube.com/watch?v=4cNlDW2Y2Eo
Gilson Paranhos – Presidente IAB-DN

Imagem do 1 CBA (1999) Rio de Janeiro
Fonte: arquivo pessoal Arq. Haroldo Pinheiro

Reunião do 1º CBA em 1999, no RJ, da esquerda para a direita e à frente, os presidentes da ABAP, Benedito Abbud; da AsBEA, Edison Musa; do IAB/DN, Carlos Fayet; da ABEA, Gogliardo Maragno e da FNA, Eduardo Bimbi. De pé e atrás, os então vice-presidentes da FNA, Ângelo Arruda, e do IAB/DN, Haroldo Pinheiro.
Arquiteto Harodo Pinheiro – Ex Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil.


miércoles, 15 de diciembre de 2010

James Stirling: e o inquietante mundo dos estilos arquitetônicos.

James Stirling: e o inquietante mundo dos estilos arquitetônicos.
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio


O arquiteto inglês James Stirling (1926-1992) premio Pritzer da arquitetura no ano de 1981, pode ser considerado como homem polemico, em primeiro lugar por suas teorias sobre a arquitetura posmoderna quando ele foi professor na Universidade de Yale, O protagonista do pós-modernismo preparou sua decisiva mudança de paradigmas da arquitetura deste século. As suas obras são polemicas abertas contra a cristalização do Modernismo (Tietz 2008:96), o que impressiona no primeiro lugar em Stirling e sua capacidade de reflexão sobre a arquitetura, e segundo ao querer demonstrar a negação contraria ao Modernismo, assunto que através do presente ensaio trataremos de vislumbrar seus alcances sobre seus pretensões teóricas e projetuais.

James Stirling (1926-1992)

É evidente que em seus inícios Stirling tem influencias de Le Corbusier, mais em referencia quando em Yale a nível teórico tem influências também dos arquitetos Chales Moore e de Kelvin Lynch conduziam a um retorno aos valores negligenciados pelo modernismo: a relação com a historia e a envolvente, assim como força expressiva da arquitetura ao nível das emoções (Tietz 2008:96), primeiro sua negação sobre o modernismo traz como conseqüências outro olhar, mais não como ruptura nem radicalismos mais bem acho como produto de reflexão das condicionantes que vão levando um aprendizado sobre as formas em expressão teórica e quiçá mais sensíveis no seus projetos de arquitetura entre um de seu últimos projetos o edifício da fabrica de Braun AG (1992) em Melsungen na Alemanha, segundo pela forca que esta imbuída em sua arquitetura que “emociona”, assunto já comentado em varias de minhas publicações em que o Maestro Niemeyer diz que “a arquitetura tem que emocionar” – considero este como um canal de reconciliação entre esse re-pensar sobre a arte da arquitetura, como também do lado eminentemente emotivo e sensível que cada arquiteto se entrega a uma argüição artística.

Edifício Fabrica Braun AG (1992) em Melsungen – James Stirling

O ideal para Stirling é estabelecer considerações e relações diretas com o ser humano – quiçá seja a busca de uma humanização espacial? Alem e claro do protagonismo nos usos dos materiais como o concreto armado e o tijolo maciço, que poderia resumir na utilização de variados materiais, e não atrelado a uma só tipologia. Me da impressão que isso enriquece nossa forma de projetar. Atualmente se fala muito da sustentabilidade na elaboração dos projetos da arquitetura, e inclusive posso afirmar neste tão importante tema que a utilização dos materiais poderá ser de foram variada, e não negando nada, mais bem abrindo o horizonte no processo arquitetural.
Cabe indicar que Stirling tem seu momento de reflexão sobre o planejamento urbano, este se deve a que aos poucos aportes sobre o urbanismo na Inglaterra mais a mediados do século XX, finais da Segunda Guerra Mundial nos programas de planejamento urbano a grande escala que se daria na cidade de Londres no ano de 1944, esta realização dos New Town foi uma rica experiência. Com relação a arquitetura vem de lado o problema da geração de novos arquitetos, mais devo incidir quem abre todas essas portas dos novos pensamentos sobre a arquitetura ou pelo menos o que mais influenciarem forem: Le Corbusier, Mies van der Rohe, Frank Lloyd W., e desta maneira que os grandes pensadores acata o elemento de progresso, é assim que no Brasil importantes personagens da arquitetura como Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Alfonso Reidy, Vilanova Artigas, Gregori Warchawchik, Lelé, Paulo Mendes da Rocha; assim no Perú arquitetos com forte consciência intuitiva teórica e projetual nos arquitetos Fernando Belaunde, Emilio Hart-Terré, Jaxa Malachoski, Hector Velarde, Rafael Marquina, Enrique Seoane Ros, Santiago Agurto, evidentemente influencia (penso que ate hoje) a maneira de ver a arquitetura e a cidade, alem devo esclarecer que o edifício e a cidade são elementos que primam e se consolidam em ambas direções uma “não existe sem a outra”.

Complexo Arquitetônico da Siemens AG (1969) em Munique – James Stirling

Entre as varias considerações de Stirling através de suas propostas arquitetônicas era a variedade dos seus elementos utilizados em suas obras, o uso de tijolo aparente, como também de um estilo brutalista – mais o chama a atenção e seu lado historicista, mais de maneira particular, algo assim com se quisesse mascarar, mais a o mesmo tempo que lembra se do passado, penso que como teórico da arquitetura suas leituras do passado-presente se fazem mais evidentes, mais não era uma condição prioritária, mais sim nos aspectos formais, uma preocupação do lado tectônico.

Projeto Arquitetônico da Universidade de Saint Andrews (1964-1968) Na Escócia – James Stirling – vista parcial


Projeto Arquitetônico da Universidade de Saint Andrews (1964-1968) Na Escócia – James Stirling – a lógica projetual

Na obra da Casa dos Estudantes da Universidade de Saint Andrews (ver imagem acima) e notória sua adequação com o “meio ambiente”, assunto que considero ser relevante em algumas das propostas de Stirling, em primeiro lugar considero que é um tema atual de muita reflexão, pensar e principalmente atuar e interatuar com o respeito que merece – ser ambientalista – penso que tem questões que devam ser propriedades contemporâneas na esfera da projeção projetual em todas suas etapas; segundo penso que existe uma harmonia espacial y das condições que devem ser parte do projeto, como da ventilação e iluminação natural – este no maximo aproveitamento – sua promenade aproveitado nas questões de funcionabilidade esta atrelada a este tema; terceiro a questão espacial integrado a sua topografia – com isso quero dizer: que existe neste projeto a não dêsvirtualização da paisagem, mais bem o aproveitamento da mesma, uma forma clara da harmonia ambiental, é de fato que aproveito estas circunstâncias para poder levar ao leitor a um re-pensar nestes temas ambientais, que para mim segundo o expressa Bruno Zevi “que a arquitetura pode ter mais dimensões” das conhecidas, ver, projetar e construir arquitetura e a cidades com intuições ambientalistas é uma forma correta de fazer bem as coisas, e inclusive se entrega-se a uma concordância espacial-funcional.
Mais James Stirling também teve questões conotativas Por mais que as exigências programáticas tenham sido invariavelmente satisfeitas, a importância de Stirling até o momento está na qualidade imperiosa de seu estilo, no brilho arquitetônico de sua forma mais que seu refinamento consiste daqueles atribuídos a – seu lugar – que, por necessidade, determina a qualidade de vida (Frampton 2008:326), acho que nesta frase expressa em síntese o pensamento

Projeto Arquitetônico da Universidade de Leicester, Inglaterra – Departamento de Engenharia (1960-1963) em Munique – James Stirling e James Gowan – vista

Projeto Arquitetônico da Universidade de Leicester, Inglaterra – Departamento de Engenharia (1960-1963) em Munique – James Stirling e James Gowan – plantas e corte

No projeto arquitetônico do Departamento de Engenharia da Universidade de Leicester (1960-1963) considerada uns dos projetos protótipos das tendências dos anos 60, com uma eficiência tecnológica bastante aprimorada, mas, nos seus elementos formais faz lembrar a os projetos dos anos 30 na extinta União Soviética hoje Rússia, claro em referencia ao projeto da Casa de Cultura (1927-1929) em Moscou de Konstantin Melnikov (1890-1974) a criação que planeja em uma vista consciente arquitetônica uma complexidade na busca de um projeto artístico sobre uma base pré-construída mais objetivamente cientifica (Lissitzky 1970:53), {arquiteto russo Lazar Márkovich Lissitzky 1890-1949}, o edifício com um espírito geométrico em base a uma cultura de entre guerras Todo o domínio da arquitetura torna-se um problema, nestes problemas se pranteia um pais acusado pelas guerras e pela fome, por isso tem-se fechado ao mundo exterior (Lissitzky 1970:7), considero de fato que Stirling tinha em si uma leitura formal da arquitetura construtivista da Rússia, no que refere a este projeto.

O trabalho de James Stirling tem como fundamento um certeiro olhar histórico arquitetural, uma re-leitura num passado que imbuem percepções atuais e futuras, pareceria que estivesse num pensamento conflitante, e isso poderia ser o que abre as portas, o conflito das complexidades essências da arquitetura.

Goiania, 15 de Dezembro de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio O.


Bibliografia

TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editado H.F. Ullmann Tandem Verlag GmbH, Colônia/São Paulo, 2008.
ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2009.
FRAMPTON, Kenneth; Historia crítica da arquitetura moderna, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.
LE CORBUSIER; Principios de urbanismo – la Charte DÁthenes, Editorial Ariel, Barcelona, 1975.
LISSITZKY, Lazar; 1929, La reconstrucción de la arquitectura en Rusia y otros escritos: El Lissitzky, Editora Gustavo Gili. Barcelona, 1970.

sábado, 4 de diciembre de 2010

Michel Foucault y sus teorías de la arquitectura hospitalaria: analogías en la busca de nuevos conceptos espaciales.

Michel Foucault y sus teorías de la arquitectura hospitalaria: analogías en la busca de nuevos conceptos espaciales.
Ensayo: Arq. Jorge Villavisencio


LAS BASES
El importante pensador y filosofo francés Michel Foucault (1926-1984) realiza un análisis pormenorizado sobre la mecánica sobre el control social, en su libro “Vigilar y Castigar: nacimiento de una prisión” fue editado por primera vez en Francia en el año de 1975.
Este libro tiene un fuerte contenido filosófico y social en el que procura vislumbrar en forma analítica las minorías y excluidos de la sociedad. Considero que sus textos podrán imbuirnos a las realidades de estas pocas gentes, que en un futuro no muy lejano podrán ser enormes contingentes, de hecho los enfermos, los prisioneros, son temas de constante investigación, pienso que debido a una “busca de minimizar” estas realidades que están presentes en el vivir y convivir en el día a día, dentro de estas realidades, la arquitectura y la ciudad busca en sus forma expresivas de sus edificios (hospitales, cárceles, centros comunitarios, fabricas, centros educativos, etc.) y en los contextos morfológicos urbanos especialmente en términos de seguridad, vigilancia, control, Foucault indaga de la mejor manera posible de un cierto “orden” que viabilice tranquilidad (paz y espíritu) de las personas que hacemos uso de estas edificaciones y de nuestras ciudades.

Michel Foucault: vigilar y castigar – Siglo XXI Editora S.A., México, 2009 (segunda revisión – versión en castellano) – Primera versión en francés bajo el titulo “Surveiller et punir”, Ed. Gallimard, Paris, 1975 – Capa de Libro en castellano.

Nuestro ensayo crítico sobre basado inicialmente en este libro de Foucault tiene una orientación investigativa sobre la producción arquitectónica de los edificios hospitalarios, pero El arquitecto considera el planeamiento urbano y la arquitectura como indisolubles y ligados entre sí (Tietz 2008:83), es por ese motivo que los contextos sociales-culturales están presentes en la manera que se expresa la arquitectura y el urbanismo.
Pero antes de dar inicio a nuestro en ensayo critico de los pensamientos de Foucault hare una breve acercamiento de la conformación de sus textos. En el caso de este libro se basa en cuatro capítulos.

SUPLICIO: antagonismo del perdón
El primero capítulo sobre le “Suplicio” esta divido en dos partes: El cuerpo de los condenados y La resonancia de los suplicios, entendemos que el suplicio” viene del latín suppicium que quiere decir: “súplica, ofrenda, tormento (RAE: 2010) Lesión corporal, o muerte – infligida como castigo, lugar donde el reo padece este castigo, grave tormento o dolor físico o moral – podemos intuir que la persona (as) que ha efectuado algo errado en contra las leyes dispuestas por la sociedad en que es aplicada una pena, pero esto puede suceder generalmente de forma inconsciente, o sea ir en contra la moral y las buenas costumbres, pero también puede ser por necesidad que se tornaría de forma consciente, pero en ambos casos la pena es dada, e irreversible, esto claro hasta que conduzca hasta la finalización de este tormento. La desaparición de los suplicios es, por ende, el espectáculo que se borra y es, también, el relajamiento de la acción sobre el cuerpo del delincuente,…No tocar ya el cuerpo o lo menos posible en todo caso, y eso para herir en él algo que no es el cuerpo mismo” (Foucault 2009:19-20), en la primera frase puedo intuir que hay en sí un aspecto de olvido o de no importancia de los hechos que hace el delincuente de forma inconsciente o consiente, en el que se somete a los suplicios; en la segunda frase puedo ver intuitivamente la enfermedad, algo que ya está fuera del control y esa herida hace parte de este producto, y que estos suplicios generados por este sufrimiento, solo podrán ser tratados por medio de la medicina y claro dentro de estos ambiente hospitalarios, lo que me llama la atención es que al no “tocar el cuerpo” podría remitirme a los aspectos funcionales de aislamiento y control de ese cuerpo enfermo, esto sí en forma adecuada en los ambientes hospitalarios, quizás no termine, pero podría afirmar hipotéticamente que con el control de los ambientes físicos podría minimizarse esta problemática, en que quizás la arquitectura expresado en el edificio hospitalario además de cumplir con las aspiraciones que de la estética que exige las ciudades, también pueda en sus programas físico-funcionales y en sus diseños de hospitales en todas sus tipologías (hospitales generales, clínicas de especialidades, postas de salud, etc.) en que este realizar un control más efectivo, asunto tema constante de nuestras investigaciones.

CASTIGO: para poder modificar
En el segundo capítulo sobre el “Castigo” está dividido en dos partes: El castigo generalizado; La benignidad de las penas. Entendemos que el “castigo” viene de latín castigare que quiere decir: ejecutar algún castigo en un culpado, mortificar y afligir, escarmentar (corregir con rigor a quien ha errado), aminorar gastos, advertir, prevenir, enseñar, enmendarse, corregirse, abstenerse (RAE: 2010), pienso en un primer momento en la palabra “punir” –sobre algún hecho que la persona (as) puedan ser castigadas por algo delictuoso, pero también podría ser punir por algún acto que no se haya visto con anterioridad [queremos decir: actuar de acuerdo a los antiguas formas de vida]. Y al referirnos a este último párrafo podríamos ver que antes de realizar el diseño de un proyecto arquitectónico de un hospital, por “obligación” tiene que realizarse el programa medico-arquitectónico, en primer lugar al referirnos a la “programación” entiendo que viene de la palabra “programar” que quiere decir: Formar programas, previa declaración de lo que se piensa hacer y anuncio de las partes de que se ha de componer un acto o espectáculo o una serie de ellos, idear y ordenar las acciones necesarias para realizar un proyecto y por ultimo preparar los datos previos indispensables para obtener la solución de un problema (RAE:2010), como hemos podido apreciar la cuestión fundamental al programar es de “anticiparse algún hecho” en este caso el diseño de un hospital, entonces queda como premisa ,que sí un hospital no se efectúa un programa minucioso queda como “castigo” un proyecto defectuoso así también la ejecución de la construcción; en fin en toda la secuencia en esfera “proyectual arquitectural” y en eso queda truncada o desvirtuada. (…ideas y opiniones subjetivas a través de los cuales el teórico no revela sino sus preferencias, fobias y sentimientos personales sobre lo que él cree que debe ser un buen diseño o una buena arquitectura (Ludeña 1986:62) y en efecto el castigo de este edificio hospitalario podrá resumirse en “en la infección intrahospitalaria”, además es claro que el “control de la infección hospitalaria” de forma exógena atribuidos a los mal resueltos programas físico-funcionales y también si fuera el caso que estos programas sean minuciosamente previstos estos deben ser obedecido, por eso es la importancia de la “vigilancia”, muchos hospitales de referencia las Comisiones de Control de infecciones Intrahospitalarias cumplen un papel fundamental para el buen y correcto funcionamiento de estos nosocomios.

Es evidente que Foucault no entra de lleno con estos temas específicos, pero sus pensamientos nos imbuyen a todas estas reflexiones connotativas. Muy pronto el suplicio se ha vuelto intolerable. Irritante, si se mira desde la perspectiva del poder, del cual descubre su tiranía, su exceso, su sed de desquite y – cruel placer de castigar (Foucault 2009:85), en efecto hay si una cierta crueldad en todo esto, y hasta “vergonzoso” que los sistemas sean así, los efectos del poder crean estas formas de conducta que bajo mi punto de vista es “irracional” y no es nada moderno, porque recordemos que ser moderno es la busca de lo “racional con avance” y el castigo no conduce a buenos augurios, mas crea retroceso, si la cuestión es “vigilancia y prevención” es de esta forma que debemos visualizar, y es con esas miras que debemos actuar, para que sea sustentable, y al protegernos en estas programaciones, evitamos estos desconciertos.

La ortopedia o el arte de prevenir y de corregir en los niños de las disformidades corporales (1749) - Fuente: Nicolas Andry (1658-1742) (in Foucault 2009:361)

DISCIPLINA: como arte educativa
En el tercer capítulo sobre la “Disciplina” está dividido en tres partes: Los cuerpos dóciles; Los medios del buen encauzamiento y El Panoptismo. Entendemos que la “disciplina” viene del latín disciplina que quiere decir: doctrina, instrucción de una persona, especialmente en lo moral, especialmente en la milicia y en los estados eclesiásticos secular y regular, observancia de las leyes y ordenamientos de la profesión o instituto, acción y efecto de disciplinar (RAE 2010). Pienso en un primer momento que la disciplina está ligado directamente a los aspectos educacionales y de la esfera de la “cultura”, su relación de comportamiento en la busca de un cierto orden en las formas de actuar del ser humano, esta relacionado también a los cuestiones significativas ancestrales-culturales, con poder ideológico regional. Segundo Foucault Lleva los signos: los signos naturales de su vigor y valentía, las marcas, también, su altivez, su cuerpo es el blasón de su fuerza y su ánimo (Foucault 2009:157)
En este capítulo sobre la “disciplina” que trata sobre el sub capitulo “Panoptismo” inspirado en las obras de Bernard Poyet (1742-1824), Jean Neufforge (1714-1791), Jeremy Bentham (1748-1832), tiene una importancia relevante para el presente ensayo crítico, asunto que desdoblaremos acuciosamente ciertas consideraciones especiales en la parte final del presente texto.


Proyecto de Hospital (1786) de Bernard Poyet – Fuente: Foucault (2009:369)

PRISIÓN: el espacio cerrado y recortado
En el cuarto y último capítulo que trata la “Prisión” que se divide en tres partes: Unas instituciones complejas y austeras; Ilegalismos y delincuencia y Lo carcelario. La palabra “Prisión” viene del latín Prehensio que significa: cárcel o sitio donde se encierra y asegura a los presos, cosa que ata o detiene físicamente, pena de privación de libertad (RAE. 2010), como primera medida estamos refiriendo a la”prisión” como un estado de “confinamiento del ser humano” y como consecuencia la perdida de la libertad, donde se asume nuevos códigos de comportamiento. La forma-prisión preexistente a su utilización sistemática en las Leyes penales. Se ha constituido en el exterior del aparato judicial, cuando se elaboraron, a través de todo cuerpo social, los procedimientos para repartir a los individuos, fijarlos y distribuirlos espacialmente, clasificarlos, y obtener de ellos el máximo de tiempo y el máximo de fuerzas, educar su cuerpo, codificar su comportamiento continuo, mantenerlos en una visibilidad sin lagunas, formar entorno a ellos todo aparato de observación, de registro y notaciones, construir sobre ellos un saber que se acumula y se centraliza. (Foucault 2009:267)

EL PANOPTISMO: La temática de la arquitectura hospitalaria
Pero volviendo al asunto central del ensayo-crítico de la arquitectura hospitalaria, en base a la cita de encima, cuando dice en “repartir a los individuos” esta refriéndose a las condiciones “espaciales” de los edificios, en especial a lo que atañe a “mantenerlos en una visibilidad sin lagunas” y eso analógicamente es importante la relación del paciente y el cuerpo médico, claro en el caso de los hospitales y esta tipología de la arquitectura la distribución “físico-funcional” imbuido en este uso especifico del edificio tiene una relación directa a las formas de comportamiento de los tratamiento de sus pacientes.

Proyecto de Hospital (1757-1780) de Jean Neufforge – Fuente: Foucault (2009:371)

Quiero hacer hincapié con relación al Capítulo VII del libro de Foucault que trata sobre el“Panoptismo”. Podríamos comenzar cuando refiere a los reglamentos sobre “la peste y al ciudad” es evidente que en siglo XVIII, surgen enormes cambios iniciados en Francia – me refiero a la época de la Ilustración también llamando de Iluminismo, en especial de los Enciclopedistas que se entregan a un discurso del uso a las palabras, solo para poner como ejemplo donde la palabra “Estética” aparece por primera vez, palabra idealizada por Alexander G. Baumgarten (1714-1762), antes se hablaba de la belleza, y como la palabra estética ha influido en las formas de pensar, pero al final estamos refiriendo a la filosofía del arte. Asunto que la arquitectura hospitalaria también tiene influencia directa en la creación del espacio.

Pero considero – que el hospital pueda tener todas las condiciones estéticas, inclusive como hoy los hospitales buscan formalizar en sus programas médicos-arquitectónicos en “humanizar” estos complejos sanatoriales (Hospitales Generales de grande porte), que en realidad son ciudades con vida propia que cuidan de la salud de los pueblos. Cada ciudad queda bajo la autoridad de un sindico, que la vigila; si la abandonara, sería castigado con la muerte (Foucault 2009:227), analógicamente con lo dicho, pienso que la “división espacial del cierre” conduce al control de las áreas y/o ambientes , esto es de importancia ya que unos de los grandes problemas que enfrentan los hospitales – es la infección intrahospitalaria – está producida en forma endógena por la misma flora de los pacientes-enfermos donde cabe a los médicos y a la medicina resolver esta problemática, pero cuando se trata de infección intrahospitalaria de forma exógena, que puede ser por mal procedimiento medico, pero también es que en los programas médicos-arquitectónicos [queremos definir: que los programas son la “anticipación básica” para la elaboración de los diseños de hospitales y posteriormente de su construcción] entonces que se trata a mi manera de visión, que en si es “anticipatoria e visionaria” (se podría pensar en un utopismo de vanguardia) debe en proveer esta infección de los espacios en los hospitales, y como los arquitectos somos los creadores de estos espacios en los programas físico-funcionales que son solicitados por los médicos y la medicina, tenemos esta responsabilidad, por eso que Jeremy Bentham en 1971 propone este ideal de realizar proyectos arquitectónicos formales denominado de “panóptico”, que tiene como absoluto en los edificios-cárceles en vigilar – sin que ellos sepan que están siendo vigilados – este es un aspecto racional, ya que con pocas personas puedan vigilar a sus presos u enfermos, pienso también un en lado económico de resolver esta problemática.

Proyecto del Panóptico (1771) de Jeremy Bentham – Fuente: Foucault (2009:373)

Pienso en ciertos puntos espaciales estratégicos que permitan controlar, pero esto tiene que ser visto con anticipación como he mencionado anteriormente. Pero se encuentra en el programa del panóptico la preocupación análoga de la observación de la observación individualizadora, de caracterización y de la clasificación, de la disposición analítica del espacio (Foucault 2009:235)
En efecto el “espacio cerrado, recortado, vigilado en todos sus puntos” donde se encuentran los enfermo, entendemos que si los enfermos adolecen de diferentes y/o varias tipos de enfermedades o diversos tipos de atendimientos, como atención clínica ambulatoria, hospitalización (internación), en lo primero el paciente que solo es atendido de forma puntual, esto a través de los consultorios médicos, como es: geriatría, pediatría, neumología, ortopedia, ginecología, etc., estas personas que frecuentan los espacios en forma ambulatoria – o sea por un determinado tiempo, y después de medicados van para sus hogares, lo interesante que estos pacientes sean vigilados y orientados a sus destinos de atención. Ahora en el segundo caso en lo que se refiere a los espacios para internación, considero que ya es más complicado [pero entendamos que la arquitectura hospitalaria es muy compleja – tanto así que algunos teóricos en este tema de investigación, lo consideran como el ápice de las complejidades en la creación de espacios] entonces, en la hospitalización la problemática se basa en un “control” en todas sus fases, “La unidad de hospitalización tiene como función la atención integral del paciente que requiere permanecer en el establecimiento de salud, para recibir atención médica y de enfermería, estar bajo – vigilancia y monitoreo – así como recibir apoyo de procedimientos diagnósticos y tratamiento para su plena recuperación” (Alatrista 2008:69),queda como afirmación que es vigilancia y monitoreo, que faz parte del significado de la palabra “control” de gentes agrupados en determinados espacios.

Quiero explicar que a través del presente ensayo, me refiero hasta cierto punto “tercamente” con los significados de las palabras, o lo que cada una las palabras quieren decir, esto tiene base a lo dicho por el también importante filósofo alemán Martin Heidegger (1889-1976) en sus Artículos y Conferencia, específicamente en texto “Habitar-Construir-Pensar”, donde él explica la necesidad que “la supremacía del hombre es la palabra”, y es por este camino que las investigaciones deben seguir, si no hay definición de lo dicho y/o expuesto [esto claro de forma seria] quedan “lagunas” como lo expone Foucault. Y la idea no es estar de acuerdo o estar de acuerdo con lo dicho, a veces no concordando abre más las puertas a este re-pensar sobre los aspectos filosóficos de la vida común.

Recordaba lo dicho por la joven filosofa brasilera Marcia Tiburi, donde dice que la filosofía no ayuda a resolver nada a concreto, pero sí abre las puertas a un re-pensar en la busca de varias alternativas posibles. Entonces ser moderno además de ser racional y generar avance, genera también “movimiento” o recorrido [en la arquitectura también es conocido como promenade] y en la busca de varias alternativas que esa promenade donde otorga facilidades y puntos de vista diferentes (alternativas visuales), Según este punto de vista, hay dos modos diferentes de ver el mundo. O bien se ve ^^como es^^ es decir, con un olvido completo de las deformaciones de perspectivas, de límites del campo visual y similares condiciones de visión, o bien todas estas condiciones son reconocidas de manera explícita… (Arnheim 2001:91), en efecto la perspectiva nos da esa oportunidad en el lado formal y connotativa en la arquitectura, pero también en la forma de nuestro pensar.

Si en esta vida llamada en el tiempo de pos-contemporánea? tenemos que pensar en la utilización de las nuevas tecnologías, en base a los nuevos materiales – hoy en día programar, diseñar hospitales o cualquier tipo de obra, tenemos que pensar en los materiales que serán empleados – y eso para mí es la forma correcta de hacer una buena arquitectura. Pero en el caso de los hospitales además de esto, tiene que estar imbuidos en una flexibilidad espacial (pienso hipotéticamente que la tecnología hospitalarias – afirma esta preposición de mudanzas constantes – en el primoramiento de atención al enfermo) , y esto se debe a las condicionantes actuales de hacer edificios hospitalarios, De cualquier forma que se defina – las relaciones de las partes entre sí y con el conjunto del edificio,…para contar con las cualidades de la unidad, del balance, en énfasis, al contraste de la harmonía y del ritmo (Zevi 2009:169)

Quisiera terminar este texto diciendo que Michel Foucault en lo que refiere al citado libro nos lleva en forma a veces investigativa y de reflexión de los temas presentados, pero también con un fuerte contenido filosófico que puede ser aplicado en varios aspectos de la vida, como hemos explicado al inicio, nuestra orientación se da en torno a la arquitectura hospitalaria, tema constante de investigación, es mi manera de análisis de ver la arquitectura y la ciudad, la salud imbuida en el edificio-hospital me entrega esta oportunidad, e inclusive me lleva a visualizar los temas de la salubridad urbana, que pienso que pertenece a los ámbitos de la sustentabilidad del medio ambiente relacionado con el urbanismo. Vigilar y Controlar son aspectos fundamentales en la arquitectura hospitalaria, y lo complejo (difícil) hace parte del convivir en la programación y creación de estos espacios, demanda en sí, aspectos epistemológicos que deben ser analizados por “partes”, para que al final podamos entender este “todo”, es así que esta unidad lleva conductas nos solo espaciales, sino que interfieren directamente es la esfera de la cultura.

Goiania, 4 de Diciembre de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografía

FOUCAULT, Michel; Vigilar y Castigar: nacimiento de la prisión, Siglo XXI editores, México, 2009.
ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitectura, Ed. Gustavo Gili, Barcelona, 2001.
ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura, Martins Fontes Editora, São Paulo, 2009. (Versión en portugués)
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.
ALATRISTA, Bambaren Celso; ALATRISTA, Bambaren, Socorro; Programa Médico Arquitectónico para el diseño de hospitales seguros, SINCO Editores, Lima, 2008.
TIETZ, Jürgen; História da arquitetura contemporânea, Ed. H.F. Ullmann, Tandem Verlag GmbH, 2008. (Versión en portugués)
HEIDEGGER, Martin; Habitar-Construir-Pensar, Conferencias y Artículos/Martin Heidegger, Ediciones del Serval, Barcelona, 2001.