martes, 15 de febrero de 2011

Sustentabilidade: a arquitetura na vivenda unifamiliar.

Sustentabilidade: a arquitetura na vivenda unifamiliar.
Critica: Arq. Jorge Villavisencio

São muitos os projetos arquitetônicos relacionados com a sustentabilidade da vivenda unifamiliar, cada vês que a gente projeta uma residência, alem das percepções que estão imbuídas no espaço a ser conquistado ou criado – ponto inicial de todo projeto arquitetônico - e das considerações de espaço-função com ambições formalistas da sua estética, mais o tema que a minha maneira de ver já não pode ser desvinculado (pelo menos dentro de uma ética profissional) são as condições: nas escolhas corretas de uso projetual espacial; da escolha dos matérias a ser indicados; e das formas de como será construído tectonicamente a obra.

Detalhe da utilização da energia
Projeto da Vivenda (2001) dos arquitetos Prashant Kapoor; Salleem Akhtar; Arun Parassad
Cidade de Hyderabad, India. Fonte: Sue Roaf (2006)

Dentro destas três considerações básicas acima mencionadas está à síntese de como a gente projetara ou construirá determinada obra, lembremos que a arquitetura é síntese de varias apreços que estão em nossos pensamentos – que às vezes as condensamos como um todo projetual com convicções de “a forma segue a função”, ou também em forma inversa pensada como “partes” de decisões da “função segue a forma”, mais em ambos os casos temos que entender o “todo” – o interessante nestes momentos contemporâneos esta no “conceito” seja de origem formal ou funcional, mais com considerações importantíssimas – deste olhar da sustentabilidade da obra.

Detalhe da utilização da energia
Projeto da Vivenda (2001) dos arquitetos Prashant Kapoor; Salleem Akhtar; Arun Parassad
Cidade de Hyderabad, India. Fonte: Sue Roaf (2006)

Ao apresentar a obra desta vivenda unifamiliar com condições espaciais de sustentabilidade dos arquitetos da Índia Prashant Kapoor, Salleem Akhtar e Arun Parassad, e sendo uma critica que busca os “fenômenos” projetuais e construtivos, e como todos sabem que para realizar uma critica da arquitetura temos que ter estas quatro considerações (paradigmas) que são a interpretação; a descrição; a explicação; e por ultimo a “escolha”, aspectos similares de como é analisada a história da arquitetura, a escolha da “Casa Monama” (cujo nome nasce da morte da filha – de nome Monama - dos proprietários da obra) então como podemos ver tem argüições psíquicas que estão imbuídas nesta obra.

Nesta “escolha” da Casa Monama também forem pensados nos fatores do bioclima, algo similar a cidade de Goiânia, Brasil, (em fim do planalto central brasileiro) que penso que poderia ser de referencia, de jeito maneira como algo a seguir no sentido “strito sensu”, mais bem como analogias de possibilidades abrangentes de visões e percepções diferenciadas.

Planta Baixa – Térreo
Projeto da Vivenda (2001) dos arquitetos Prashant Kapoor; Salleem Akhtar; Arun Parassad
Cidade de Hyderabad, India. Fonte: Sue Roaf (2006)

Esta obra esta localizada Hyderabad, Andra Pradesh na Índia, tem uma área de construção de 234,00 m2. Esta a 530 m. acima do nível do mar. E sua temperatura media esta sobre os 30 graus centigrados. Forem aplicados como características de sustentabilidade: materiais de construção de baixo impacto ambiental; tubulação de evaporação e resfriamento; coleta de chuva e reciclagem de energia; mais devo dizer que estas são algumas das considerações que devem estar presentes para que um edifício tenha considerações sobre uma ação sustentável, mais não são todas – tem muito mais – pero neste caso da Casa Monama estas decisões de sustentabilidade forem as suas escolhas. A relação do ambiente e de considerações urbanas foi estudada para a afirmação conceitual do projeto, e o uso dos materiais também teve considerações importantes, inicialmente queriam fazer o uso de tijolo de barro local, mais foi constado que a qualidade não era apropriada, e teve que trazer o tijolo de outra localidade, queda para nos como experiência: que ao propor determinado material (neste caso o tijolo) antes de próprio uso da terra, deve-se realizar uma análise da argila – mais faz parte das pesquisas e dos processos indutores – em algumas paredes forem utilizadas paredes duplas, com propósito de reduzir a condição térmica local, e claro da orientação solar do edifício. Também foi proposto condições nas aberturas (janelas, portas) que se transformarem posteriormente em condições estéticas formais, esta condição e importante – a relação da função atrelada na forma., que regula seus ganhos solares.

Fachada Principal
Projeto da Vivenda (2001) dos arquitetos Prashant Kapoor; Salleem Akhtar; Arun Parassad
Cidade de Hyderabad, India. Fonte: Sue Roaf (2006)

O que me chamo muito a atenção foi a “invenção” da relação do resfriamento por evaporação, e do programa utilizado “Summer” ™ “Os canos subterrâneos funcionam injetando na edificação ar que circulou previamente sob a terra através de trocadores de calor terra-ar. O ar geralmente e succionado do ambiente com o uso de um ventilador. A queda de temperatura obtida por saída de ar que entra, da temperatura do solo no qual se localiza o trocador de calor, da condutividade térmica dos canos e da difusibilidade térmica do solo, assim como a velocidade do ar e das dimensões dos tubos” (Roaf, 2007:293 – Ecohouse 2:desing guide, Sue Roaf; Manuel Fuentes; Stephanie Thomas: versão original em inglês de 2003. No caso da versão em português tem como titulo Ecohouse:A Casa Ambientalmente Sustentável, Editora Bookman, Porto Alegre, 2006)

O aproveitamento das energias do ar – resfriamento
Projeto da Vivenda (2001) dos arquitetos Prashant Kapoor; Salleem Akhtar; Arun Parassad
Cidade de Hyderabad, India. Fonte: Sue Roaf (2007)

Para terminar devo dizer que para que a obra seja sustentável baixo diversos ponto de vista, alem dos princípios acima supracitados os usos de diversos usos de materiais podem ser claramente utilizados, penso que não existe um só tipo de materiais, o aproveitamento de “todos” são consideráveis, sem preconceito algum, mais é necessário realizar as pesquisas destes previamente, si for o caso é necessário realizar as “praticas”, a experimentação faz parte do conviver nos estudos de investigações, e si não der certo determinada proposta –será descartada a posterior, e isso o que a experimentação enrique-se , a busca incessante das qualidades sustentáveis, a busca de modelos que nos permitam tomar atitudes e usos destas novas propostas, mais acho firmemente que as respostas estão imbuídas da mesma essência da espacialidade projetual, e das visões e percepções nos comportamento da natureza, e de entender/compreender todo é isso já faz parte do convívio do arquiteto e urbanista.

Goiania, 15 de Fevereiro de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio.

domingo, 6 de febrero de 2011

Kandinsky: e suas relações com a Escola das artes e ofícios da Bauhaus (1922-1933)

Kandinsky: e suas relações com a Escola das artes e ofícios da Bauhaus (1922-1933)
Critica: Arq. Jorge Villavisencio


Wassily Kandinsky (1866-1944), artista plástico Russo, produziu influencias teórico- conceitual na prática da importante escola da arquitetura da Bauhaus, onde foi professor, seu trabalho e amplo nas condições introdutórias no pensamento sobre o abstracionismo, sua mudança para a cidade de Berlim (Junho 1922), trouxe conseqüências respeitáveis para a cultura alemã, onde era dominada Nova Objetividade (Neue Sachlichkeit) do expressionismo e pelo movimento Dada.

Wassily Kandinsky (1866-1944) – Fotografia (1905) de Gabrile Münter
Fonte: Hajo Düchting

Era uma figura solitária entre os estilos radicais, que rejeitava, qualificando-se como tendências formalistas e ideológicas. Esta foi uma das razões porque aceito a proposta de Walter Gropius (1883-1969) [fundador da Escola da Bauhaus] para ir a Weimar (Düchting, 2007:65), si bem e certo que Kandinsky vinha de uma escola de construtivistas – arte que imperava na época em Moscou, teve outras formas análise, como principio de – liberdade e de vanguardismo – suas produções nas artes têm esta qualificação. Na realidade o novo espírito da Bauhaus, O seu objetivo era criar uma nova unidade entre as artes e ofícios (Tietz, 2008:33) mais marcados inicialmente no impressionismo.

Escola da Bauhaus em Dessau (1925)
Fonte: Giulio Carlo Argan

A Bauhaus de Gropius se fundamentavam nas artes plásticas com as artes aplicadas, da seqüência na convocação de outros pintores de pensamentos modernos como: Paul Klee (1879-1940), Georg Muche (1895-1987), Lyonel Feininger (1871-1956), Gerhard Marcks (1889-1981) entre outros, e segundo Manifesto de 1919 desta escola dizia “Desejemos, inventemos e criemos, em comum, a nova construção do futuro que será um todo: arquitetura, escultura, pintura...” (Düchting, 2007:66).

A Bauhaus... constitui algo mais que uma escola de arte, é ponto de encontro de vários artistas, ligados a um interesse comum por uma arte nova, que se plasmaria de forma abstrata, a expressão positiva de uma consciência não só social, mais sim unitariamente internacional: a expressão direta de uma realidade histórica de uma Europa democrática e socialista (Venturi, 2004:368)

Vassily Kandinsky e chamado para ditar cátedra de artes plásticas no ateliê de Mural (1922), que apresentava modelos de base sob formas de tabelas, freqüentemente utilizados na suas aulas. Na minha maneira de ver a utilização da primeira dimensão (ponto e linha) se fundamentava em base a um geométrico das formas exercidas por sua força, a utilização dos contrastes não só das cores que em alguns casos empregava mais sim como contrastes dos espaços cheios e vazios, é isso tem uma questão importante para a arquitetura, alem e claro que a arquitetura esta composta por “partes” para que ao final podássemos entender o “todo”. Kandinsky evidencio aos estudantes, com clareza e lógica, os fundamentos indispensáveis da criação artística (Düchting, 2007:69).

Pequenos Mundos VII (1922) – Wassily Kandinsky
Fonte: Hajo Düchting

Nas propostas da Bauhaus alem que procurava uma linguagem “universal” o aspecto racional e o técnico-funcional eram participes das experiências nas suas formas inspiradoras abstracionistas, plasmado na base cientifica da geometria pura, a utilização de linhas, arcos, círculos, triângulos, curvas, ângulos, etc., eram parte de seu expressionismo vivido por Kandinsky, ele que apresentava uma valorização nos tons das cores, em alguns casos desprovidas de tensão tons suaves de cores básicas, mais também outros mais previstos tensão, trabalhos que produziu entre 1908 a 1916. Sem duvida a utilização que a combinação das formas de das cores elementares, tal como Kandinsky a ensinava, estava mais sujeita a uma avaliação subjetiva do que as leis verificáveis segundo o critérios objetivos (Düchting, 2007:68) penso que uma liberdade própria do abstracionismo. O tom geral da cor pode ser débil sem ser falso. O tom geral da cor pode ser débil sem que a harmonia os destruísse; ao contrario e o vigor dos coloridos o que é difícil combinar com a harmonia (Diderot, 1776:12), Penso que a aplicação de Kandinsky também se da pelo gosto pela “arte popular”, na minha maneira de ver muitas de suas obras tem reflexo de isso, quiçá empenhado pelo abstracionismo de intuições perceptivas de seu lado romântico com certo ar meio místico.

Alguns Círculos (1926) – Wassily Kandinsky
Fonte: Hajo Düchting

Posteriormente Kandinsky tem condições mais favoráveis na mudança da Bauhaus para Dessau, donde passaram a morar, juntamente com Paul Klee e Walter Gropius, claro este provocado as pressas para sair de Weimar, por seu ideais políticos. A pesar que Kandinsky seu passo para Deussau crio na sua fase final certa controvérsia já que foi colocado para influenciar a arquitetura de interiores, mais não consegue a contento, devido que suas cores propostas não eram colocados como decorações, tinha em si colocações mais amplas, que correspondiam mais nas relações das formas e cores, como síntese abstrato da cena proposta, penso que desvinculação destas partes não teve produto aturado (condições propostas pela Bauhaus), a proposta era integral, Esta concepção de síntese estava ainda muito ligada a idéia romântica de – obra total – para se adaptar a orientação cada vez mais funcionalista da Bauhaus sobre o plano de desing e da arquitetura (Düchting, 2007:73)

Composição VIII (1923) – Wassily Kandinsky
Fonte: The Salomon R. Guggenheim Museum, New York.

Por volta de 1931 existe uma reviravolta contra Kandinsky provocado pelos nazistas, e foi retirado aos poucos de suas atividades de professor da Bauhaus, e consegue mudar-se para Paris, no preâmbulo da segunda guerra mundial muito professores estudantes da Bauhaus conseguem mudar-se para os EUA, suas chegadas forem para a Universidade de Harvard, mais continuam com o pensamento da Bauhaus, em 1937 Walter Gropius consegue ensinar nesta Universidade trazendo a essência da aplicação das artes plásticas com as artes aplicadas.

Goiânia, 6 de Fevereiro de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio.


Bibliografia

DÜCHTING, Hajo; Kandinsky: A Revolução da Pintura, Taschen GmbH, Colônia/São Paulo, 2007.
DIDEROT, Denis; Essais sur la peinture (1776), Editora Tecnos S.A., Madrid, 1988.
TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editado H.F. Ullmann Tandem Verlag GmbH, Colônia/São Paulo, 2008.
VENTURI, Lionello; Historia de la Crítica del Arte, Random House Mondadori S.A., Barcelona, 2004.
ARGAN, Giulio Carlo; Walter Gropius e El Bauhaus, Editorial Nueva Visión, Buenos Aires, 1957.