viernes, 15 de junio de 2012

Giedion: na visão inspiradora de prospectiva moderna.
Arq. Jorge Villavisencio

O professor Sigfried Giedion (1888-1968) nasceu na Republica Checa, cidade de Praga, talvez seja um dos historiadores mais influentes sobre a “arquitetura moderna”, conspícuo introdutor do entendimento da quarta dimensão do espaço-tempo, titulo de seu livro.


Sigfiried Giedion (1888-1968) – Secretario Geral dos CIAM´s (1928-1956)
Fonte: Catalogo de David Seymour, Magum Photos

A ideia de comentar de forma critica seu trabalho esta relacionada com a quarta dimensão, esto é que atualmente neste mundo contemporâneo esta dimensão tem levado a conotações de rever esta situação, em especial com o uso dos sistemas e das praticas do computador, o seja da informática, como sabemos tem mudado nosso comportamento de como se vive ou se convive nesta esfera cada vez mais palpitante na maneira de como nos comunicamos e como nos informamos para a elaboração das nossas pesquisas.

Evidentemente são analogias com visões, que penso que sejam interesses de percepções prospectivas. Apesar de que sua formação de Giedion e de engenheiro mecânico formado na cidade de Viena entre os anos de 1908 a 1913. Mais a relação com a arte se da quando ele realiza seus estudos de Historia da Arte na Alemanha, especificamente na cidade de Münich com os no menos importantes e influentes colegas Wölffim e Frankl.
Sua tese doutoral trata da superação do barroco por meio do neoclássico romântico, em que demonstra a diferencia nos valores espaciais do barroco e o neoclássico. Concisamente entendia que se tinha uma similitude das produções espaciais do século XIX e o movimento moderno do século XX.

Suas relações com Le Corbusier, Moholy-Nagy e com Gropius, na realidade com a Escola da Bauhaus, em que abandona a imparcialidade na forma que ele participa nas polemicas na defesa com os arquitetos moderno, e claro dos artistas modernos de maneira geral. Giedion não só preocupado com o entendimento espacial, mais também a influencia dos novos materiais, os avances científicos (visão também de Semper – logros da arte cubista), em especial das técnicas que estão nas obras do movimento moderno (uso das estruturas em aço, em especial do concreto armado e do vidro).

Vários cargos importantes teve Giedion, mais entre eles foi de Cofundador dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna – CIAM, em que foi Secretario Geral, este de sua fundação desde 1928, ate sua dissolução no ano de 1956. Sem duvida sua convivência com os grandes mestres da arquitetura moderna, faz com ele tenha um conhecimento “amplo” dos acontecimentos formais (estéticos) ou funcionais (racionais) dentro das produções das artes em especial dos produtos espaciais e tecnológicos na arte de projetar na arquitetura, parafraseando o livro de Ernest Neufert.

A teoria aplicada por Giedion e tão bem exposta pelo influente e importante critico contemporâneo da arquitetura Josef Maria Montaner, onde diz: “que as três teorias (idades do espaço) de Giedion estão evidenciadas pela grande influencia da interpretação cíclica e unitária de Hegel na medida perfeccionista e interpretações de Riegl. Esta transcendência na evolução do espaço se da no Panteão de Roma> Esta se da numa primeira etapa no Egipto, Mesopotâmia e Grécia: na segunda idade se da no espaço interior; e a terceira idade no espaço moderno estas aplicadas nos usos do aço, do concreto armado e do cristal, todas estas inter-relacionadas de interior e exterior, e pelo espaço-tempo.”

Mais esta ultima etapa, o seja a arquitetura moderna as explicam nas suas teorias na sua trilogia: O presente eterno: os começos da arte (1962); O presente eterno: os começos da arquitetura (1964) e por ultimo A arquitetura, fenômeno de transição (1969), todas estas relacionadas na evolução do espaço e a técnica.

Penso que desta forma temos encontrado em Giedion alguns alcances que possam ser inspiradores tanto na sua teoria como nas práticas que forem e fazem a essência das espacialidades da arquitetura, porque é bom sempre lembrar o que Bruno Zevi diz em seu livro Saber Ver a Arquitetura, em que a arquitetura e o conhecimento das mesmas esta na sua historia, quer dizer que “essencialmente a historia da arquitetura se basa na evolução o nos conceitos da sua espacialidade”, e não tem como no seja assim, porque entendemos esta evolução (desenvolvimento para alguns melhor ou pior) mais o espaço projetado ou construído esta ali para a gente ver e analisar, ou simplesmente viver dentro destes espaços.

Mais voltando a nossas analogias sobre o analise do espaço-tempo, que na realidade e na linguagem arquitetônica ou dos arquitetos se da no tempo que nos mobilizamos dentro dos espaços projetados em especial dos construídos, alguns a chama de “promenade” o seja não só o deslocamento de um espaço para outro, sino que dentro deste lapso de tempo podemos observar (si quiser) vários aspectos que se dão em determinadas “perspectivas” que são percebidas nas nossa mentes, e que podem ser produtos de visão e de inspiração de cada um. Não todo mundo tem as mesmas percepções, mais penso que existem algumas linhas básicas como: harmonia, cor, equilíbrio, iluminação, energias, dinâmica, plasticidade subjetiva, etc. Que possam nos pautar para ter alcances que nos permitam enxergar o produto espacial construído, esto se aplica tanto nos edifícios como no urbanismo, a paisagem como o “todo” nos entregam percepções inimagináveis, por isso na nossa arte que é pautada com condições cientificas, onde permitem ter considerações ate certo ponto solidas e palpáveis, total tanto a cidades e os edifícios ou nas edificações estar aí para ver sentir e pressentir.

As colocações de Giedión sobre o espaço e o tempo estão imbuídas dentro de suas teorias, mais hoje a informatização o uso das tecnologias de informação e comunicação – NTIC coloca em duvida este produto (espaço-tempo), mais antes devemos esclarecer que são analogias que estão percebidas talvez de forma “sugerires”, ou simplesmente condições que deixam recados a pensar ou repensar sobre os assuntos que fazem parte do convívio contemporâneo, esto é que o tempo de transcurso no NTIC se torna mais dinâmico em alguns casos em milésimos de segundo (mais é tempo) e que o lado relacional entre duas o mais pessoas, podem ter percepções iguais ou diferentes, mais sem duvida deixam pensamentos de como levamos nossas vidas no cotidiano.

E inclusive muitos podemos concordar ou discordar, mais e importante também discordar, porque de esta forma podemos enxergar ambos os lados, porque pensamos que temos sempre um lado positivo e outro negativo, isso faz chegar a um consenso (si quiser) de como percebemos os espaços físicos ou mentais da maneira que a perspectiva nos possa oferecer, a questão e de cada um como nos queremos ser suficientes ou autossuficientes nas nossas maneiras de ser, e principalmente construir novas ideias que posam chegar alguns “ideais” de vida.
A procura faz parte to comportamento ser, é desta forma que procuramos ser, a complexidades essências está aí, para nos acolher agudezas para nossos sentidos e também nossos sentimentos como pessoas que somos.

Não nos convém estar à margem (acima do muro) estamos para dizer, pensar, retificar si for o caso, mais a procura de uma “nova perspectiva” (sintoma do ser contemporâneo), muito diferente do pensamento moderno que tem bases solidas que todos conhecemos.

Por isso: Qual e nossa perspectiva? Que percebemos no transcurso deste espaço-tempo? Deixo com vocês para que de alguma forma possamos procurar novas perspectivas.

Goiânia, 15 de Junho de 2012
Arq. Jorge Villavisencio.

jueves, 7 de junio de 2012

Olhar para o futuro: Agenda 21 – mais o futuro é agora.

Olhar para o futuro: Agenda 21 – mais o futuro é agora.
Arq. Jorge Villavisencio

Na Assembleia Geral das Nações Unidas – ONU, no dia 22 de dezembro de 1989 convoca para uma reunião de trabalho para elaborar algumas estratégias que possam reverter à degradação ambiental.

















Fonte: Planeta Terra – NASA (2011)

Como era obvio a situação do planeta terra se torna cada vez insustentável, o que procura e a “sustentabilidade” da mesma, esto é, que situação dos homens e mulheres que habitam tanto nas cidades como nos espaços rurais posam conviver em situações que permitam viver em condições mais favoráveis, em especial nos povos mais carentes nos médios socioeconômicos, como sabemos não e uma tarefa fácil, porque para que esto se torne sustentável, o seja que as palavras de ordem serão ou são: “cuidar e preservar”. Ora então não temos feito nossa parte e agora só nos queda como semântica a palavra “contemporizar” – porque o dano já foi feito. Não podemos tapar a luz com peneira, agora e assim.

A voracidade do sistema capitalista no tem levado ao um consumismo, talvez sem necessidade – as coisas materiais são mais importantes que a vida mesma. No meu conceito tá errado esperamos agora que no RIO + 20 tenhamos algumas considerações a mais do que foi falado, na Agenda 21 em 1992.

Como sabemos a Agenda 21 foi adotada pela Conferencia das Nações Unidas – ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento o dia 14 de Maio de 1992. Esta produzida em grupos setoriais?, onde cada área a atividade (econômica) humana possa afetar o meio ambiente.

O olhar do Brasil se torna importante pela questão das florestas, alias o mundo vê com propriedade as importâncias desta, porque lembremos alguns assuntos, como exemplo 1/3 da água potável esta nos rios que circulam dentro do território com considerações e extensões dimensionais a níveis continentais.
Mais devemos também lembrar que vazia amazônica está envolvidos países como: Venezuela, Colômbia, Perú, Equador e Bolívia, então não só o problema e de um só. Talvez o Brasil pela sua extensão territorial, e claro pela pressão internacional faz que tome uma “atitude” menos passiva e mais ativa nas necessidades do planeta terra.

Esta reunião que se produziu na “Cúpula da Terra” na cidade de Rio de Janeiro entre o 3 a 14 de junho de 1992. Entre os pontos que forem tocados: combatendo a pobreza; padrões de consumo; promoção a saúde; assentamentos sustentáveis; políticas de desenvolvimento sustentáveis, transição energética; uso integral do solo; o desmatamento; as necessidades agrícolas; sustentando a diversidade biológica; administrar o recursos de água doce e dos rejeitos (que são muitos) em especial da problemática dos lixos; o equitativo da relação da mulher (impressionante que finalizando o século XX e nos inícios XXI, ainda se fale em diferencias entre homem/mulher); a ciência para o desenvolvimento consciente e sustentável; instrumentos legais internacionais e por ultimo a defasagem da informação.

E impressionante tantos temas que forem abordados em 1992, será assim no RIO + 20?
No dito popular em espanhol diz: El qué mucho abraca poco aprieta.

Mais na minha maneira de ver “algo positiva?” e como sabemos as metas “não forem cumpridas”, e como desculpas as problemáticas nas economias dos países desenvolvidos pela Comunidade Europeia e nos EEUU, vemos sempre desculpas mais – o futuro é agora, ou só futuro fica nos textos e pouco nas “realidades” que sim são sensíveis e medíveis.

 
Fonte: Planeta Terra – NASA (2011)

Mais voltando ao pensamento positivo, penso que temos avançado um pouco, a conscientização das pessoas cada vez se tornam mais presentes, e o descaso se da mais pelas autoridades publicas e também das privadas, que como sempre olham para o lucro e pouco importa o futuro, o que se pensa e no momentâneo resolver hoje, e vamos que acontece no futuro, mais com diz no titulo o “futuro é agora”, então não vamos a ter futuro, não vamos a deixar nada para as gerações futuras, esto contradisse as teorias da sustentabilidade.

Na nossa modesta maneira de ver, temos que priorizar pontos que possam ser mais sustentáveis e mais abrangentes, a paisagem como o todo se torna mais importante, e as partes que sejam tocadas e especialmente que se cumpram, como metas, os modelos que apareçam no RIO + 20 (assim esperamos), tenha equilíbrio de “poder fazer”, contar as verdadeiras realidades, para que nos próximos encontros ou Assembleias, possamos ver metas que forem completadas em sua totalidade, e não simples inícios deixados no transcurso.

Vamos estar atentos neste mês de junho de 2012, do que será exposto no RIO + 20, total isso e nosso grano de areia nesta imensidão do planeta terra, as complexidades sempre existirão, não e fácil, mais nada e fácil, temos que trabalhar cada um nas nossas profissões ou simples trabalhos (talvez na essência destes trabalhadores esta a saída) não temos que ser sofisticados, temos que ser mais simples, mais diretos, falar ou dizer o que sentimos o pressentimos, porque ao final de contas o “futuro é agora”.

Goiânia, 7 de Junho de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio