Arq. Jorge Villavisencio.
Nas constâncias do saber dos académicos da arquitetura e urbanismo tem uma relação direta entre a teoria e pratica. Nem sempre são entendidas estas relações a contento.
A ideia deste texto é de poder explicar como sucede esta relação. A arquitetura tem como principio fundamental de verificar as relações com o habitar das pessoas. Mais esto sucede na efetivação dos projetos de arquitetura, pensamos que não sucede de forma automática, porque tem que conhecer as condicionantes e determinantes de determinado projeto, e principalmente a “intenção”.
Mais para poder entender como sucede? Temos uma serie de ferramentas que são o serão, conhecidas através da vida acadêmica, no conhecimento de diversas disciplinas, que são as ciências e as técnicas que estão relacionadas com o conhecimento histórico e também culturais. Como podemos realizar um determinado projeto de uma edificação sem conhecer seu entorno urbano, esto pode ser tanto local ou regional, depende do grau de abrangência que queira dar a edificação. Então podemos concluir que em cada caso devem-se verificar as determinantes e as condicionantes, e claro de suas próprias particularidades e especificidades. Cada projeto deve questionar as diferentes particulares que no final se tornam em qualidades espaciais, a derivação deste tem apreensão de diversas hipóteses que se formulam como ato de possíveis soluções para o desenvolvimento do projeto.
A apropriação espacial do terreno é fundamental para poder levar o ato projetual de forma concisa, que é a síntese das variáveis que estão em nossas hipóteses. Então o projeto como tal “surge no momento que se estabelecem conceptos compositivos, funcionais, técnicos e referenciais” (Méndez, 2009:79)
Mais devemos esclarecer que a finalidade da arquitetura que em síntese é: “... a arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando determinada INTENÇÃO” – Arq. Lúcio Costa (1902-1998).
Sem duvida o “projeto moderno” deu uma base solida para uma arquitetura que procura uma contemporaneidade, mais esto como “perspectiva”, muito longe do que era o movimento moderno que foi um projeto claramente definido. É correto pensar nas tipologias da arquitetura moderna que “No começo, o maior esforço da arquitetura moderna dirigiu-se principalmente a habitação coletiva e a definição de uma estrutura racional para a cidade, além da intervenção intensa em tipologias tais como escolas, hospitais, e fábricas” (Montaner, 2013:138). Hoje podemos pensar, claro de forma contemporânea que o tema da sustentabilidade e dos problemas ambientais devem estar inseridos dentre do ato projetual, estar fora desta proposta como perspectiva é não pensar de forma correta. Ser contemporâneo é também ser atualizado dentro destas novas pautas, que no final são as novas exigências que os povos reclamam.
A historia do passado na arquitetura leva continuidade espacial, penso muito difícil desvincular-se, porque faz referencia, “Quando conectamos a nossa separação pessoal daquele acervo de arte constitui, para muita gente, o passado e procura, pela primeira vez, fazer uma arquitetura que se enquadrasse nas contingencias do tempo atual...” (Warchavchik, 2006:108).
No ritmo da nossa época e pensar no futuro, alias são sintomas que vierem nos tempos modernos. Novas filosofias vêm à tona a nossa realidade, novas formas de pensar faz que os espaços projetados tenham e sejam mais coerentes com nosso sistema de vida. São sintomas dos tempos contemporâneos, mais “Uma coisa, porém, se sabe desde já: nada do passado, poderá predominar no futuro; o futuro é daquele que marcham...” (Warchavchik, 2006:96).
Por ultimo essa procuras das perspectivas marcham ao um futuro, talvez o não mais promissor?, é a grande duvida que faça parte da vida arquitetônica contemporânea.
Goiânia, 12 de Outubro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.
Bibliografia
MONTANER, Josep Maria; A modernidade superada: ensaios sobre a arquitetura contemporânea, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2013.
WARCHAVCHIK, Gregori; Arquitetura do século XX e outros escritos, Ed. COSAC NAIFY, São Paulo, 2006.
MÉNDEZ, Rafael; Teoría y prática, La forma del proyecto: enseñar y aprender a proyectar, De arquitectura, Editado Universidad de los Andes, Bogotá, 2009. (pp. 79-91).
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