domingo, 24 de agosto de 2014

Percepções da nova arquitetura para o século XXI.

Percepções da nova arquitetura para o século XXI.
Jorge Villavisencio.

A arquitetura no tempo e espaço guarda em sim a qualidade. Uma permanência que se torna necessária, podemos perceber que desde a antiguidade até os dias da modernidade as obras importantes tem deixado legados para o futuro.

Sem duvida a tecnologia construtiva tem facilitado nossas vidas em especial para os arquitetos e engenheiros que concretizamos as obras. Exemplo claro com aparecimento do betão armado, o uso do elevador, a massificação dos elementos pré-fabricados que diminuem o preço das obras.

Mais devemos deixar claro o do que o proeminente arquiteto Lucio Costa, assim como o mestre Lelé (João Filgueiras Lima - recentemente falecido neste ano de 2014) ao dizer que a “finalidade da arquitetura é a obra construída” – entendemos isto porque vários projetos (sem desmerecer suas teorias) ficam em projetos e não são construídos. Isto é uma pena porque diversos concursos que vão aparecendo no tempo não chegam a ser construídos por um ou outro motivo.

Um dos mais importantes assuntos do inicio do século XXI é o tema das “dimensões ecológicas” que deixam claro a sobre vida do planeta terra, ou pelo menos minimizar de forma atenuada o dano que foi feito desde a revolução industrial. Falamos também em “contemporizar” algo que não foi visto com a devida necessidade. Porque ao final nos referimos a “saúde da vida urbana”.

O uso dos adequados dos recursos naturais, mais não só nos referimos ao uso de combustíveis não renovais que destroem a vida do planeta, mais em termos o uso de outras formas de conseguir energias limpas como as eólicas, ou das mares do mar ou rios entre outros. Um responsabilidade que se torna a cada vês mais usados em países com responsabilidade, ou por própria necessidade do mesmo.

Atualmente um dos problemas mais ressaltantes na America Latina em especial ao Brasil, é a solução dos transportes massivos públicos. Que de fato tem um descaso das autoridades pertinentes em não querer solucionar estes problemas, que são tantas vezes apontados nos Congressos, Seminários ou eventos em geral que tratam da mobilidade urbana. Sabemos claramente que é uma dos grandes problemas que deixam muitos que a desejar, tão necessários como a saúde e a educação.

Si lembramos as soluções que forem implantadas na cidade de Curitiba nos anos 70, pelo prefeito de turno o arquiteto Jaime Lerner, que como sabemos não foi feito em pouco tempo, o projeto se tornava necessário tanto assim que outros prefeitos que sucederem, acolherem como se fossem deles, é uma forma correta de dar continuidade aos bons projetos urbanos. Ate que pelas próprias demandas sociais, que se tornam com o tempo “qualidade de vida”.

As respostas que se dão na própria arquitetura como respostas ate simples de isolamento térmico, para que não consumam alto consumo de desperdiço de energias. Em especial obras de grande porte de uso multifuncional. Temos percebido que algumas cidades se tornam Lei, como o reuso de águas utilizadas nestes edifícios. Tudo isto se torna indispensável, mais pelo rigor da Lei, tem que ser atendidas gostem ou não, tem que ser assim.
Os custos financeiros em aparelhar a estes edifícios de estas novas tecnologias, podem que ser hoje que tenha um custo elevado, mais entendemos que é alto por agora.

Lembro muito bem que nos anos 90 quando fazíamos um projeto na cidade de Goiânia, um dos requerimentos era a utilização do aproveitamento da energia solar. Foi bastante difícil porque as placas coletoras e outros equipamentos não se produziam nesta cidade, só era encontrado nas grandes urbes tipo São Paulo, além do problema da mão de obra qualificada. Apresentamos aos proprietários os custos mais vimos que não se tratava só de dinheiro, era a resposta correta, “era uma questão de responsabilidade ambiental” que se torna também responsabilidade social. Hoje em dia o custo destes equipamentos de aproveitamento de energia solar, é comum, tanto assim que neste processo de 20 anos, os custos são baixos, é são utilizados em vivendas populares. Mais nada de este seria possível si não “acreditáramos no uso destas energias”, pela própria demanda social responsável, é claro pela produção em serie destes equipamentos que diminuem os custos de produção.

A organização espacial da arquitetura nos permite realizar a propostas pertinentes de todas condicionantes que deve ter um projeto: como as de isolação, predominância dos ventos, a topografia, entre outros, isto para nos é uma arquitetura responsável, que não tem nada de mais, só seguir o que aprendemos nas nossas escolas de arquitetura e urbanismo. O que acontece nas diferenças do o que Niemeyer dizia “a arquitetura não tem nada de estilos ela é boa, ou rum” essa é a diferença.

A linguagem formal se da na vista, lembremos de projetos importantes como foi o primeiro projeto moderno no Brasil, o edifício do Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro nos anos 30 e 40, como o uso do brice solei que tanto é utilizado ate hoje, então não se trata de só uma implementação da forma ou da própria estética , mais sim por uma necessidade das condicionantes que fazem parte para que um projeto seja de boa qualidade.

Para terminar, considero que o tema não se esgota, temos muito mais a dizer, mais nossas percepções para a arquitetura e no urbanismo vai nestes lineamentos, “o tema ambiental” será e é o grande tema deste século XXI.

Goiânia, 24 de Agosto de 2014.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.


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