Jorge Villavisencio
Desde os primórdios da humanidade está relacionada com o meio ambiente, os seres humanos tem-se servido da natureza. Segundo Josep Maria Montaner diz que “a busca da integração a natureza marca a maior parte de evolução histórica da arquitetura”. É correto pensar que desde os Dez livros de Vitrúvio no século I DC. em que se analisa vários de seus capítulos deste primeiro Tratado da Arquitetura das necessidades da boa convivência com a natureza, e principalmente de como se poderia aproveitar esta relação com medidas conexas com a forma de como se projeta edifícios e cidades.
A proposta deste texto é de ver a relação si existiu uma boa relação com a natureza, e de como na contemporaneidade vai evolucionando na arquitetura destas relações.
F.01 – Edifício Aqua Tower – arquitetos Jeanne Gang + Studio Gang Firm – Chicago, USA.
Penso que deste o inicio do tratado de Vitrúvio e possivelmente anterior a estes livros, o homem se serve da própria natureza. Mais hoje como veremos mais na frente teve um inicio de um bom contexto que levo as melhorias dos edifícios e suas cidades em especial ao que trata da salubridade urbana. Como sabemos esta relação da arquitetura com natureza foi (penso que até hoje não foi superada) e com os adventos da Revolução Industrial do século XIX esta relação foi quebrada e banalizada com uma desmesurada apropriação do meio ambiente.
Mais na contemporaneidade está relação tem melhorado, até porque já é de necessidade extrema a boa convivência com a natureza, penso que sim temos avances neste século XXI, que como sabemos já tem passado 15 anos deste século e algumas medidas se tem tomado ate de forma urgente. Penso que a arquitetura e o urbanismo não se exime das produções e das responsabilidades, mais bem hoje temos mais consciência (não todos) mais uma forte maioria está sensível a este fato.
F.02 – Edifício Turning Torso – arquiteto Santiago Calatrava – Mälmo, Suécia.
Algumas cidades em especial mega-cidades tem ditado normas ate de forma corretiva e punitiva para que as novas edificações cumpram com esta nova normatividade na realização de novos projetos. Mais na minha maneira de ver na arquitetura moderna em especial o dito na Carta de Atenas de 1933 no CIAM, que trata das novas necessidades do homem moderno, e dita certa formas de projetar edifícios e cidades. Sem duvida tem passado mais de 85 anos deste Congresso Moderno é de necessidade atualizar alguns assuntos, mais queda uma base solida para que hoje possamos repensar o dito.
Mais temos que esclarecer que a arquitetura moderna foi um projeto “claro e definido” e a contemporaneidade está na busca de um novo projeto que possa ser claro como foi na arquitetura moderna. Penso que este tema da “boa convivência com meio ambiente” que em muitos escritos se fala da sustentabilidade, mais este fato de sustentar não é uma novidade, porque nas academias de arquitetura sempre tocamos temas importantes desta boa relação com a natureza exemplos claros como melhor aproveitamento dos ventos, a iluminação natural, o uso correto da topografia, das águas entre outros.
F.03 – Edifício Shard London Brigde – arquiteto Renzo Piano – Londres, Inglaterra.
Como temos explicado da boa relação com o meio ambiente, está dependente do correto estudo das “condicionantes” que fazem parte na toma de decisões para a “apropriação” do espaço onde será inserido determinado projeto. Penso que no fundo esta colocação faz a diferença entre a boa arquitetura e uma arquitetura ruim como vemos todo dia. A desmesurada voracidade do capitalismo exacerbado faz que se produzam edificações que não tenham a qualidade esperada. Penso que está situação deve ir mudando com uso de nova normatividade por vias da força se vai consolidando. Assunto que não deveria ser assim, porque penso que nas maiorias a consciência social toma mais incremento dia a dia.
Desde dos anos 60 o uso incorreto dos panos de vidro nas edificações com um desrespeito da condicionante da orientação solar fazem que estes edifícios consumam energia desnecessária e só se pensa em climatização artificial. Como expressa Montaner a repetição de edifícios que só se pensa no lucro das construtoras tem criado mais caos na forma de projetar edificações. Todo este perfil terá que ir mudando. Até porque as pessoas são hoje mais esclarecidas (ou pelo menos mais informadas com uso das mídias – internet) onde existem expressões importantes nos meios de comunicação social, onde deva existir mais consciência de respeito com a boa convivência com o meio ambiente.
É importante e necessário que a arquitetura com pensamento ecológico recupere espaços e territórios que se encontrem degradado, e que tenham uma condução mais esmerada com as novas demandas – o respeito ao meio ambiente – espaços e edifícios que retomem seu verdadeiro objetivo de servir de forma digna as pessoas. Demonstrar que socialmente possa acontecer uma nova forma de pensar, mais equilibrada, mais consciente, mais solidaria com os outros.
F.04 – Edifício Nexus - arquitetos Oppenheim Architecture + Design – Miami, Florida, USA.
Penso que esta passando da hora de agir de outra maneira. De mudar radicalmente na maneira de construir edifícios e cidades. É tempo de mudar, durante muitos anos o homem se serviu da própria natureza, agora é diferente, pelo menos penso eu (é também muitas pessoas) desta maneira no dever dos homens “servir a própria natureza”, o meio ambiente está em crise, consideramos que é possível. Na arquitetura existe uma sinergia com adaptação social que foi consolidada com o tempo e o espaço, muitos de nos temos consciência das verdadeiras necessidades do homem e suas famílias, de seus trabalhos, de seu lazer, sabemos que é possível conviver de forma mais harmônica a construção de cidades e seus edifícios, sem ter que servir-se, podemos de forma clara poder servir de forma consciente ao meio ambiente, a natureza.
Goiânia, 20 de setembro de 2014.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.
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