Jorge Villavisencio.
O presente texto tratará de explicar alguns fatos sobre o tema das orientações do TCC acadêmicas das faculdades de arquitetura e urbanismo, Temos tomado como referencia alguns Anais da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura – ABEA.
Sem duvida as discussões realizadas nos diversos Seminários Locais e Nacionais assim como dos Cadastros de projetos de pesquisa e dos projetos de extensão de professores, ate os Encontros Nacionais sobre Ensino de Arquitetura – ENSEA, nas Amostras de Produção de Alunos de Arquitetura e Urbanismo, como das Praticas Pedagógicas no Ensino de Arquitetura e Urbanismo, dentro das Diretrizes Curriculares e da experiência das praticas em ambiente profissional e técnicas retrospectivas servem como base de apoio para poder abrir certas prováveis reflexões sobre esta temática que ao final trataremos de abrir certas discussões e pensamentos que poderá (assim pensamos) de levar para seus locais acadêmicos pontos de vista para abrir novos espaços dissertativos em suas comunas.
Mais devemos explicar que o texto matéria destes pensamentos são apenas uma pequena parte da complexidade do que é a academia da arquitetura e urbanismo.
Vamos a discorrer mais sobre os trabalhos acadêmicos sobre os trabalhos de conclusão do curso de arquitetura e urbanismo. Muito dos trabalhos que forem pesquisados para a redação deste texto foi do arquiteto e professor Joao Whitaker Ferreira (UNITAU), que trata do “Trabalho Final de Graduação Coletiva”.
Como sabemos o Trabalho de Conclusão do Curso alguns chama de TCC outro de TFG, que na realidade é uma atividade exigida aos alunos de arquitetura e urbanismo (neste caso os bacharelandos) que é um acordo das diretrizes curriculares promulgada pelo Ministério de Educação.
Achamos muito interessante a proposta de Whitaker para que orientação se torne “coletiva” onde analisa dois aspectos a “obrigatoriedade e a integralização” do curso, assim como das problemáticas dos professores que integram a banca examinadora que venha de outras escolas/lugares para cumprir como a obrigatoriedade que às vezes não se conta com os meios econômicos suficientes para realização deste ato.
Mais devemos ressaltar que na academia da arquitetura e urbanismo em muitos casos são muito diferentes de outros cursos/profissões, que na maioria são trabalhos de pesquisa pura que terminam sendo “artigos científicos”. Assunto muito diferente do que é arquitetura e urbanismo, já que estes trabalhos de TCC ou TFG têm claramente duas partes, a primeira que trata do “caderno teórico” que é o embasamento para a segunda parte que é os projetos arquitetônicos ou urbanos, claro entendemos que este demanda muito mais tempo que em outros cursos, porque não são é a própria discussão das teorias do caderno mais que se conclui em um projeto arquitetônico ou urbanismo que passa a ser realizado em forma concreta, pelos menos é nossa experiência que temos percebido, claro entendemos que são trabalhos acadêmicos para cumprir como a vida do estudante, mais a banca examinadora deve perceber que o projeto de arquitetura poderá ser realizável – como convicção finalizadora do próprio trabalho.
Outro dos pontos que faz Whitaker é que comumente o aluno escolhe seu professor/orientador para seu TCC, “Com orientação individual, é forte a identificação criada entre o orientador e o trabalho de seus orientandos” (Whitaker, 1998:83). Sobre isto gostaria de colocar o que achamos, e ate certo ponto concordamos com Whitaker, já que se pensa que o professor/orientador se sente responsável sobre seus orientandos, e que em certa forma pode ate interferir nas decisões de como será o projeto. Mais pensamos quem realiza o trabalho é o acadêmico, e não pode ser responsabilizado o orientador. Mais muitos dos orientadores se sentem como si fosse eles fizerem o projetos, isto e ate uma pratica de pensamento comum dentro da vida acadêmica. Mais devemos ressaltar de quem é responsabilidade e do aluno e não do orientador.
Mais hoje na pratica é diferente já que na maioria das escolas de arquitetura e urbanismo, um (1) professor/orientador se designam ou solicitados por vários alunos de TCC para que estes sejam orientados, ate consideramos que é uma pratica não muito eficiente por dois motivos.
O primeiro e que a quantidade de alunos que tem o orientador/professor para orientar os trabalhos de TCC, em alunos casos pode ser ate exagerado essa quantidade que dificulta por um prazo curto ate menos de um ano para realizar seus trabalhos, si pensamos que é um tempo considerável, mais o que se designa na sua maioria poucas horas semanal para poder orientar, e não só e o tempo/prazo e a quantidade de horas, e a quantidade de alunos. Pensamos que uma das alternativas poderia ser por “temáticas” – sejam estes pela própria experiência do professor na sua área de atuação, seja esta acadêmica, ou na vida profissional, desta forma poderia ser mais solicita a orientação, que pode ser concebida pela “dinâmica” acadêmica, assim desta forma as propostas poderão ser absorvidas pelo grupo de acadêmicos pela temática que é comum a todos, ate uma forma de intercambio de ideais e opiniões sobre o tema/projeto a ser desenvolvido.
O segundo motivo é pela falta de entendimento de como se prepara um trabalho de TCC em arquitetura e urbanismo, como tínhamos explicado anteriormente não só e um trabalho teórico que deve ter o caderno, como sustentação da segunda parte que é o projeto arquitetônico ou urbanístico.
Na proposta de Whitaker seria que para cada aluno teria 10 professores/orientadores, como pratica pedagógica. Desta forma esses alunos passariam pelas diferentes visões/percepções de cada professor, claro como propõe ele num tempo determinado de 30 minutos: Achei interessante porque esse acadêmico poderá absorver maior/melhor conhecimento pela experiência desta quantidade de orientadores. Mais também poderá tirar o peso do único professor/orientador. Porque temos que entender que o único responsável pelo trabalho acadêmico e o próprio aluno e não o professor.
Para terminar consideramos que as propostas apresentadas neste texto, não são as únicas, a verdade que teria que ter outras varias propostas, para uma melhor percepção acadêmica, que nem sempre poderia seria a melhor. A ideia e levar a discussão este tema tão importante na vida acadêmica dos estudantes, dos professores, e claro a Instituição de Ensino, porque estamos de acordo que é importante levar a qualidade máxima necessária para que na pratica profissional esse novo arquiteto e urbanista possa levar seu trabalho com a qualidade esperada para a qual se preparou. Talvez muitos dos nossos leitores não concordem com as propostas, mais para nos consideramos levar novos pensamentos, que provoque certa reflexão, esse é a nossa intenção.
Goiânia, 31 de Maio de 2015.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio
Bibliografia
Vários Autores; Anais do XV Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo, Volume 20, Editado pelo ASBEA, Campo Grande, 1998.
PINHEIRO, Ferrari Antônio Lucio; Como pensar, como fazer o ensino na criação do espaço na arquitetura, Monografia – PUC-Goiás, Goiânia, 1999.
GIL, Antônio Carlos; Didática do Ensino Superior, Editora Atlas, São Paulo, 2007.
PIMENTA, Garrido Selma, ANASTASIO, Camargo, Léa das Graças; Docência Universitária, Cortez Editora, São Paulo 2002.
CARRIQUIRI, Claux Inés: La Arquitectura y el proceso de diseño, Ed. Universidad San Martin de Porres, Lima, 2005.
VILLAZÓN, Rafael (org.); La forma del proyecto: Enseñar y Aprender a Proyectar, Volumen 05, Ed. Universidad de los Andes, Bogotá, 2011.
UNWIN, Simon; Exercícios de Arquitetura: Aprendendo a pensar como arquiteto, Editora Bookman, Porto Alegre 2013.
FARRELLY, Lorraine; Fundamentos da Arquitetura, Editora Bookman, Porto Alegre, 2014.
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