Jorge Villavisencio.
Não temos duvida que a percepção contemporânea sobre o meio ambiente tem tomado mais incremento nestes últimos tempos. Razão pela qual a defesa da “natureza” no sentido amplo da palavra cria circunstancia que devem ser revistas seus conceitos, de como devemos ver para o futuro melhor, entendemos que o futuro é hoje, pelo tanto, é ate uma obrigação para a arquitetura e o urbanismo manifestar-se sobre estes temas, que visam qualidade das cidades e seus edifícios.
No recente libro de Montaner “A condição contemporânea da arquitetura”, publicado em Abril de 2016, São Paulo, pela Editora Gustavo Gili (versão em português) define estes assuntos consideramos fazer-lhes a conhecer, assim de fazer algumas reflexões próprias, de como a gente percebe estes conceitos de Montaner. Mais devemos dizer que: Josep Maria Montaner, é um arquiteto, historiador e pesquisador que tem se esmerado em colocar alguns assuntos relacionado com as cidades e seus edifícios de forma clara e concisa. Por isso temos tomado suas referentes e colocações sobre este assunto que é de importantíssima (assim penso) necessidade para que este futuro se torne melhor. Não ter percepção clara sobre este assunto torna a arquitetura e o urbanismo pobre e deficiente, e claro não queremos isso, não é.
Mais este assunto sobre o problema ambiental, não é de agora, porque para projetar as cidades e seus edifícios de forma eficiente devemos analisar todas as “condicionantes” como é a topografia, incidência solar, posição dos ventos, etc. Mais si nos remontamos desde os primeiros escritos sobre a arquitetura deste Vitruvio (século I d.C.) no seu Tratado – nos Dez Livros de Vitruvio, vemos que ele aborda vários destes condicionantes, então a arquitetura sempre esteve presente no seu analise projetual.
Para Montaner estes experimentos se iniciam (claro baixo uma visão contemporânea) a meados do século XX em que gerações de arquiteturas sustentáveis e ecológicas, onde os coloca como “pitorescos” que na realidade são os primeiros protótipos experimentais, que se inicia nos anos de 1970. Posteriormente nos anos de 1990 são chamados de “ecotech” que é a junção da arquitetura ecológica e da tecnologia.
“Hoje poderíamos dizer que, de maneira geral e indo com leveza e de boa relação com o meio ambiente que tinham os primeiros exemplos emblemáticos, a arquitetura moderna que acabou na década de 1960...” (Montaner 2016:112)
Sem lugar a duvida a boa relação com meio ambiente se torna fundamental, como se coloca uma arquitetura versátil e resiliente, de acordo com o meio ambiente e que, para ser sustentável, que se renova. A renovação na arquitetura é uma constante cada vez aparecem novas formas de projetar, mais ainda com o aparecimento constante da tecnologia construtiva que muda e reconfigura um aporte inestimável para a arquitetura.
Para definir os conceitos de que coloca Montaner, temos os que relacionam com a arquitetura com o meio ambiente, como é o caso da arquitetura “bioclimáticas – que é aquela tradicionalmente construía com os materiais do local e se integrava com seu entorno imediato, inspirado na arquitetura vernacular.” (Montaner, 2016:113)
Os usos dos materiais adequados resultam na caracterização de uma boa arquitetura, por que amenizam o desconforto dos seus edifícios, mais não poderíamos dizer que solucionam todos os problemas, exemplo claro do uso excessivo de energia para climatizar os edifícios, hoje em dia a arquitetura penso que não só procura o conforto dos espaços de seus edifícios, mais também procura o “menos consumo de energia”. Esta ciência ecologia foi fundada pelos cientistas Ernst Haeckel e Charles Darwin no século XIX.
“O conceito de sustentabilidade é bastante recente e foi definido em 1987 pela Comissão Mundial do Meio Ambiente e do Desenvolvimento no relatório Nosso Futuro Comum.” (Montaner, 2016:113)
Esta relação para “atender o não comprometimento das gerações futuras” foi muito abordado neste Blog: arquitecturavillavisencio, em vários textos/ensaios em especial como o indica Montaner na Cúpula da Terra do Rio de Janeiro em 1992, na Agenda 21 (ver a publicação do dia 5 de agosto de 2012 – link na bibliografia). Montaner indica que os pesquisadores Mathis Wackernagel e William Rees estabelece vários critérios para medir a “pegada ecológica”.
“A holística, definido pelo politico, militar, naturalista e filósofo sul-africano Jan C. Smuts (1887-1950) em seu livro Holism and Evolution que refere-se a uma concepção que busca a integração de todos os fatores ecológicos, físicos, emocionais, e mentais inclusive os não visíveis, como a saúde, a liberdade, os sentimentos ou a felicidade.” (Montaner, 2016:113)
Para as pessoas comuns e professionais interessados ou pesquisadores, tentamos procurar certa felicidade como indica Smuts, através do nosso comportamento e atitude com relação ao meio ambiente, poder fazer melhor é muito bom, isto nos faz além de corretos com os outros, com o povo, com a sociedade de maneira geral, onde podemos sim criar um mundo melhor, e não só pensar no poder capitalista que merma nossos sentimentos e atitudes.
Penso, que podíamos abordar muito mais assuntos neste apaixonante tema sobre o meio ambiente, entendemos que não são muitas pessoas que gostam deste tema, mais estamos seguros que num espaço de tempo não muito longo a “consciência” das pessoas tomarão mais incremento – porque duvidamos que as pessoas, as cidades, seus edifícios não procurem a melhorias com qualidade de vida, que nos permita procurar o ser hedonista.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.
Bibliografia
MONTANER, Josep Maria; A condição contemporânea da arquitetura, Editora Gustavo Gili, São Paulo, 2016.
FLOCKER, Michael; Manual do hedonista: dominando a esquecida arte do prazer, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2007.
http://jvillavisencio.blogspot.com.br/2012/08/rio20-na-busca-de-novas-perspectivas.html
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