A equidade espacial da arquitetura nas épocas da pandemia.
Jorge Villavisencio.
Estamos terminando o interminável e doloroso ano de 2020, muitos acontecimentos tem acometido neste ano, sem dúvida o grande problema talvez do século XXI está sendo a pandemia do Covid-19, mas temos ou assim pensamos que este ano de enclausuramento forçado e necessário fez com as pessoas tenha mais reflexão da maneira como nos vivemos, é claro essa reflexão pode nos levar a ter mais conhecimento de nós mesmos, a cidade e seus edifícios cumprem um papel importantíssimo nesta desmedida e desastrosa situação de saúde que estamos vivendo.
Neste breve texto analisaremos como se comporta o espaço
urbano, assim como aparecerem novos programas na criação de espaços dentro das
edificações, de que por sim tem mudado ou poderá cambiar a forma de criar novos
espaços.
O espaço urbano, ou seja, as cidades em diferentes partes do
mundo vemos que com a questão da pandemia do covid-19 se encontram desoladas,
isto devido ao confinamento das pessoas em suas casas para não propagar ou
espalhar o covid-19, que é um principio universal, para o controle da doença.
Mas existe equidade neste flagelo da pandemia nas cidades?
No ano de 2014 escrivemos neste blog a importância da
ventilação e do ar nas cidades e nos seus edifícios cujo título foi: A
importância da “ventilação e do ar” na arquitetura e urbanismo.
Quando nos referimos aos frutos que são produzidos com uma
adequada e correta “ventilação” dentro e fora dos espaços na arquitetura com
suas edificações, ou nas suas cidades, temos que dar-lhe a devida importância,
porque eles interferem na forma viver das pessoas. Temos percebido que essa
“condicionante” está atrelada a uma boa captação do ar e iluminação. Mais
nossas pesquisas indicam que o ar/ventilação/iluminação são as partes que
condicionam para que esta se converta que seja boa a arquitetura.
A história da arquitetura desde das épocas Vitruviana do
século I, no seu tratado da arquitetura explica:
Sem dúvida, ao largo da história da arquitetura desde o Tratado de Vitruvio (século I d.C.) indica da importância da “ventilação”, este preceitos forem ditos em seus “Dez Livros”, especificamente no seu Primeiro Livro, no Capitulo Segundo: que trata dos elementos que devem constar na arquitetura; Capitulo Terceiro : que trata dos elementos participantes da arquitetura; no Capitulo Quarto: donde indica que a ventilação é um assunto de salubridade, e da maneira correta da implantação dos edifícios ; e no Capitulo Sétimo: dos lugares dos edifícios de uso comum. Também no seu Sexto Livro no Capitulo primeiro: que fala das condições climáticas e na disposição dos edifícios; no Capitulo Segundo: que trata das proporciones dos edifícios; no Capitulo Quarto: que trata dos aspectos pertinentes das distintas salas. Com isto queremos dizer que Vitruvio em todo momento faz referência da importância desta condicionante, que através do espaço-tempo se torna fundamental para “poder” perceber de forma clara e transparente se o projeto tem uma boa arquitetura.
“Se define el viento como uma agitación del aire que sopla com los movimentos variables. El viento surge cuando el calor choca contra la humendad y el golpe de su acción hace salir com fuerza y violência del aire”. (Vitruvio, 1997:81)
Para a arquiteta Marta Bustos Romero da Universidade
Nacional de Brasília – UNB no seu livro REABILITA, no capítulo V – trata da
Infraestrutura para salubridade ambiental o Ph.D Ricardo Silveira Bernardes
indica que nas “formas de participação” é articula: “Obviamente, a participação
da sociedade não pode ocorrer de um modo descontrolado, e que só conduziria a
frustrações desnecessárias... Participação direta da comunidade por meio de
apresentações, debates, pesquisas ou qualquer forma de expressar opiniões
individuais e coletivas”. (Bustos, 309:2009).
Pensamos que a sociedade não pode estar à margem das
necessidades em espaciais “coletivas”, Silveira indica que podem ocorrer
“frustrações”. Sem dúvida o debate se torna indispensável para poder entender
as necessidades espaciais.
A pesquisa se dá em base estes intercambio de opiniões, mais
hoje em dia pela falta de credibilidade política, em querer fazer as coisas com
esmeradas e corretas proporções, se tornam ineficazes em sua maioria, talvez
seja pelo mesmo desgaste políticos e de credibilidade dos que tratam deste
tema, assim como de “falsas promessas” que são vem à tona nas campanhas políticas
para a sucessão de politicagem. Credibilidade seria a palavra de ordem, e
justamente se dá na base da pirâmide, o debate com as verdades do povo são
“supremas”, por que são reais, e são necessidades reais, às vezes de extrema
urgência. Pesquisar em base as verdadeiras necessidades dá fundamento social e político
e não a politicagem. Pensamos que teríamos que criar um sistema ou vários
sistemas, que sejam mais corretos, para obter condições mínimas de credibilidade
social e política para que podassem consolidar os verdadeiros ganhos a futuro.
Sobre os programas dentro de seus edifícios, em espacial as
moradias, podemos pensar que com a pandemia devem ser mudados, damos como
exemplo o espaço destinado para o estudo, o que comumente é chamado de escritório
dentro de uma determinada residência seja esta dentro do qualquer padrão, deve
deixar um espaço reservado para o uso e de seus usuários, pensamos que tem que tirar
a ideia que o espaço de estudo seja uma questão de uso esporádico, até as vezes
pensar que seja de padrão alto, porque tem escritório, já não é mais, agora se
torna uma necessidade indispensável para o comportamento espacial, cada vez
mais está sendo aplicado o uso de home-office, é uma realidade, temos que dar importância
a esse espaço, é necessário, é importante, é a vida contemporânea.
Goiânia, 19 de dezembro de 2020.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.
Bibliografia.
VITRUVIO; Los Diez Libros de Arquitectura, (Título
original: De Architectura), Alianza Editorial, Madrid, 1997.
BUSTOS, Romero Marta Adriana (Org.); Reabilitação
Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística - REABILITA, Ed. Fundação
Universidade de Brasília, 2009. Ricardo Silveira Bernardes (pp. 289-343).
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