Jorge Villavisencio
Quando pensamos na extinta URSS, hoje a Republica da Rússia, e os que investigamos sobre a arte de projetar na arquitetura nos parece importante conhecer deste importante arquiteto, pintor, grafista, fotografo e tipografo. Penso que sua multiplicidade nas diversas áreas das artes nos fazem vivenciar sua extensa produção sem duvida uma figura de vanguarda.
R01. El Lissitzky – Projeto Estribanubes 1924.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Lazar Markovich Lissitzky mais conhecido como El Lissitzky nascido na Rússia (1890-1941) influencio a importante Escola de artes e ofícios da Bauhaus como do Movimento de De Stijl ambos fazem parte do movimento moderno. Nas suas particularidades de Lissitzky esta atrelada ao “ésprit de géometric” que tem na sua historia a cultura artística das entre guerras mundiais, especificamente o fato nasce nos inicios dos anos 1915 ate 1945.
R02. El Lissitzky – Proun (cidade) 1920.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
O cenário da época de recessão e temeridade mundial, mais ao mesmo tempo os artistas de maneira geral pensam-nos outros modelos de expressão, reflexão, e vanguarda em se colocar diante de um novo tempo, uma forma diferente do que vinha acontecendo do passado. Desta forma nos CIAM´S nos Congresso Internacionais da Arquitetura Moderna e dos extensos debates podem ate hoje historicamente explicar do sucedido na época conturbada socialmente e economicamente, mais na sua vez penso que “motivo” na busca de outros ideais que forem reflexos concretos apresentados na arquitetura moderna.
R03. Irmãos Vesnin – Sede de um Jornal 1923.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
R04. Irmãos Vesnin – Sede de um Jornal 1923.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
“El Lissitzky vive na Alemanha de 1922 a 1928, colabora com Theo Van Doesburg (Movimento de De Stijl) e Mies Van der Rohe (Escola da Bauhaus), depois retorna para sua pátria e prepara seu livro sobre a Rússia publicado em 1930, que faz que ocidente conheça a nova arquitetura soviética...” (Benevolo, 2009:520.
Para os ideais de Lissitzky suas convicções e conceitos relativos de forma especial à arquitetura e os problemas da cidade, conforme o indica na versão italiana da Vallecchi Editore na cidade da Florencia. Mais o livro original é dos anos de 1930 pela Velag Anton Schroll & Co. Viena. Já nos anos de 1970 a editorial Gustavo Gili S. A. publica “1929 La Reconstrucción de la Arquitectura em la U.R.S.S. – El Lissitzky”.
R05. K. Malevitch – Maquete do Suprematismo 1923.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Como se explica o nascimento da “maquina” da inicio na revolução técnica, que destruí o artesanato e resulta para a grande indústria moderna, como sabemos em base aos novos sistemas de produção, que não só trata do desenvolvimento social e econômico, mais também no seu lado estético. Queremos dizer como filosofia da arte. Desta forma na Europa Ocidental, e na América a revolução fundamenta a nova arte de construir.
R06. K. Melnikov – Circulo de Moscou.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
O cliente individual passa a ser substituído por o destinatário social, o seja a arquitetura individual passa a ser coletiva. Que é uma razão importante para analise dos espaços criados em espacial a espacialidade da vida urbana. O edifício ou as edificações passam a ser vistas como elementos importantes da vida cotidiana mais de forma pluralista. No cabe duvida que os edifícios não sejam elementos “isolados” tem conotações de interferência da vida social e econômica das cidades.
R07. Ateliê N. Ladovskij – projeto de um restaurante.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Para o analise de El Lissitzky temo-nos “abstraído” no possível dos elementos políticos, que não é uma tarefa fácil. Repito no “possível”. Desta forma a arquitetura deve ser medida de outro modo ao fazer julgamento. Queremos dizer uma crítica que tenha certa independência de valorização, e não julgar como elemento isolado. A arquitetura sempre será difícil de entender faz parte da vida desta arte, pelo tanto se torna problemática sua percepção visual, mais a sua vez torna-se como importante elemento visionário, que faz parte da técnica, da arte e da própria experiência.
As primeiras experiências se iniciam por volta dos anos 1923 na Rússia com os irmãos Vesnin que era a sede de um jornal (ver figura R03 e R04) como uma nova forma de atividade social, que tinha como base tão só 6 x 6 m. mais que poderia abrigar mais de 8.000 pessoas. Os materiais empregados são de vidro, ferro e concreto armado. Toda a estrutura e seus ornamentos (carteis, relógios, elevadores entre outros) convergem a uma unidade. É importante dizer esto porque a unidade espacial é necessária para uma boa percepção de uma arquitetura, que podem ser feitas por partes, mais o conjunto do todo (a unidade) torna-se indispensável.
O conceito do “suprematismo” idealizado pelo pintor Kazimir Malevich que a define como “a supremacia do puro sentimento” que é a sua independência do meio e sua origem, vem à tona para Lissitzky. Mais devemos indicar que tanto o Suprematismo de Malevich e o Construtivismo de Vladimir Evgrafovic Tatlin (1885-1953) forem importantes para a cultura da Rússia, além claro do seu estado de vanguarda, um conceito que se torna artístico mais também de forma revolucionaria.
R08. M. Turkus (Wchutein), Ateliê N. Ladovskij – “ritmo e dinâmica”.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Outros historiadores da arquitetura moderna têm estudado a Lissitzky com profundidade ao dizer “El Lizzitzky que na época estava na Alemanha para os preparativos da Exposição Russa de 1922. Esse encontro incentivou-o a perseguir suas próprias tendências construtivistas, e, a partir de então, suas pinturas passarem a conter elementos suprematistas...” (Frampton, 2008:150)
R09. J. Volodiko (Wchutein), Ateliê V. Krinski – Mercado.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
“A maquina não tem afastado da natureza. Através dela temos descoberto uma nova natureza, que não teve suposições anteriores. A arte moderna tem-se incorporado de forma intuitiva e autônoma, e seu mesmo resultado tem chegado a as ciências modernas. Como a ciência tem feito análise sobre a forma ate seus componentes fundamentais para reconstruir segundo as leis universais da natureza. Em que ciência e a arte têm chegado à mesma formula – Cada forma e ima imagem rígida no momento de seu processo. Por isso a obra tem uma pausa de desenvolvimento e não uma meta rígida”. (El Lissitzky)
R10. V. Tatlin – Modelo do Monumento da Terceira Internacional 1920.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Penso que Lissitzky em menor grado não queria romper com a natureza, mais serviria como meio de seu próprio desenvolvimento, como ele o explica “...que tem chegado a realidade através de sua produção”. Analogicamente quando Lissitzky explica sobre o espaço perspectivo é diz: “...o aparelho fotográfico trabalha em perspectiva, mais tudo mundo esquece que construí o objeto as lentes côncavas, e a sua vês as convexas como as nossas obtém a representação do mundo...”
R11. Lopatin (Wchutein), Atelie N. Ladovskij – Edifício Arranha-céus 1923.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
No cabe duvida que Lissitzky é um pensador com uma filosofia progressista para a época, além claro de artista e arquiteto, sua teorias sobre o espaço planimétrico, perspectivo, irracional, e imaginário produz a sensação de suas teorias de mobilidade espacial, que nem todos são adeptos, mais penso que o próprio movimento cria percepções espaciais diferentes, “Num sentido mais generalista – podemos descrever que estes efeitos projetivos como nos casos do observador atribui uma situação visual, objetivamente dado pelas qualidades que deriva de sua própria posição e perspectiva” (Arnheim, 2001:92)
R12. V. Balichin (Wchutein) – Projeto de um Aeroporto 1924.
Fonte: El Lissitzky {1930} – 1970.
Lissitzky abre as portas do conhecimento tectônico Russo para o ocidente, desta forma poder reconhecer o valor da arquitetura Russa, assim se destacam outros arquitetos importantes da época: irmãos Vesnin, Tatlin, Volodiko, Turkus, Ladovkij, Wchuin, Balichin, Lopatin, Melnikov, Leonidov e tantos outros arquitetos que abrangem as teorias de suprematismo.
Goiânia, 5 de Abril de 2014.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.
Bibliografia
EL LISSITZKY; 1929, La recosntrucción de la arquitectura em Rusia, {Original 1930, Viena} Editora Gustavo Gili S. A., Barcelona, 1970.
ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitectura, Editora Gustavo Gili S. A., (GG Reprints), Barcelona, 2001.
FRAMPTON, Kenneth; História crítica da arquitetura moderna, Ed. Martin Fontes, São Paulo, 2008.
BENEVOLO, Leonardo; Historia da Arquitetura Moderna; Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.
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