miércoles, 2 de marzo de 2011

Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspiradoras de Walter Gropius

Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspiradoras de Walter Gropius
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio


Para a realização deste ensaio sobre a importante Escola de Arquitetura da Bauhaus na Alemanha tem conteúdos que sobrepõe aspectos teóricos dos pensamentos sobre a arquitetura e urbanismo e do enigmático professor o arquiteto Walter Gropius (1883-1969), a nossa maneira de ver é indissolúvel falar da Bauhaus, sem mencionar a Gropius, uma apreciação de ligação nas essências no espírito amplo das condições educacionais, penso que seja com fundamentos epistemológicos. É impossível que na historia de Gropius, separar um momento teórico do momento criativo ou pedagógico (Argan, 1957:11).

Fabrica da Fagus (1911-1912) em Alfeld de Walter Gropius e Adolf Meyer
Fonte: Modern Architeture (1969)

Nos inícios do ano de 1919 Walter Gropius assume a direção da Escola de Belas Artes de Weimar, esta foi fundada por Henri van de Velde (1883-1957), a Idea e de unir as diferentes correntes criadoras das artes. O seu objetivo era criar uma nova unidade entre as artes e ofícios (Tietz, 2008:33) e se forma a Escola de Arquitetura da Bauhaus em Weimar. Quando nos referimos a o inicio dos “fundamentos epistêmicos” penso que tem uma relação direta na maneira de pensar de Gropius que não só atinge só as artes, mais como pensamento “unitário” com especificidades sociais, econômicas, psicológicas...etc. Que imbui todo este pensamento teórico sobre a projeção arquitetural (Ludeña, 1989) com realizações com fundo pedagógico educacional. Do status pedagógico relativo das belas-artes, com Gropius defendendo a relativa autonomia das ultimas (Frampton 2008:147).

Estes processos em querer ter um caráter abrangente que não só tem condições culturais na arquitetura e na pintura. As praticas manuais e sensitivo visual este em intima interdependência com duas classes teóricas: o conjunto de idéias artísticas segundo as quais o produtor se ajusta consciente o involuntariamente... e as teorias que produzem as ciências humanas ocupadas nas artes e que incidem na produção... (Acha, 1979:81)

Escola da Bauhaus – Dessau – Walter Gropius
Fonte: Modern Architeture (1969)

Nas teorias sobre o ensino dos ofícios pretende preparar o desing para a produção em serie. Partindo dos instrumentos mais simples e das tarefas menos complicadas. Ele (o aprendiz da Bauhaus) vai aos poucos adquirindo capacidade de domínio dos problemas mais complexos e trabalhar com maquinas, ao mesmo tempo em que se mantém em contato com todo o processo de produção, do começo ao fim (Frampton 2008:150)

O ideal para a Bauhaus e que seus alunos conhecesse as “partes” da projeção arquitetural, desta forma poderia se entender a “unidade”, claro como elemento básico acadêmico, mais sim articular nas profundezas evidentemente com cavado epistemológico poderia intuir e imbuir-se a questionamentos de entidades “culturais” – quiçá uma visão do mundo mais consciente com as necessidades reais sujeito-objeto, uma racionalidade de extrema urgências, ungidos pelas guerras mundiais, nem sempre evitando uma serie de artífices que poderiam estar presentes, a organização que fundamenta os “ofícios” como necessidade de subsistência do ser, mais com aprimoramento reais e concretos nas técnicas que no futuro tem partituras que fundamenta a questão da “cultura”.

Escola da Bauhaus – Dessau (1912) Walter Gropius
Fonte: Giulio Argan (1957)

Si bem é certo que tanto das condições de essencialidade de Walter Gropius e de Le Corbusier tinham valores intrincados como acepções e condições que forem se aprimorando se no espaço-tempo da arquitetura moderna como “projeto” e não como atualmente como pensamento posmoderno de “perspectiva” que são assuntos muito diferentes, a busca de hoje e de pensamento na busca incessante de que um não conhece – rumo ao desconhecido – como se fossem pequenas e insuficientes tendências as inspirações de alguns arquitetos ou escritórios de arquitetura contemporâneos, na minha maneira de ver mais “preocupados pelo lado formalista” mais não estamos criando consciência ou cultura como projeto que se teve a modernidade, e inclusive personalidades de pensadores contemporâneos como Bell, Lyotrad, Habermas, Picó, Quijano entre outros tem explicado as diferencias entre o moderno e posmoderno, claro cada um com seu ponto de vista especifico [queremos dizer: questões imbuídas de especificidade própria dos pensadores] mais também não aclaram a direção o rumo que temos como ações posmoderna, mais bem como escavando pensamentos na busca de uma perspectiva que a posterior possa encontrar um modelo de projeto.

Tanto a escola da Bauhaus como Le Corbusier tinham claro que o primeiro seria o coletivo e segundo o individual, pensar e atuar desta maneira além criar um ambiente mais correto com as aspirações sociais – que era o que povo aclamava – como pensamento de vanguarda. Passando do término pedagógico aos sociais, trata-se de cobrir a distancia entre a cultura e a produção através da Revolução Industrial (Benevolo 2009:406) em termos a revolução e a maquina foi o momento de maior expressão e necessidade do povo. O interessante foi este recobrimento intelectual que foi desmitificado através das formas de fazer as artes, pero em formas grupais ou coletivas.


Escola da Artes – Weaton, Inglaterra (1937) Walter Gropius – M. Breuer
Fonte: Giulio Argan (1957)

No contexto artes-arquitetura se fundamenta pelo conhecimento profundo das condições espaciais em que para Giulio Argan aproveita (claro neste caso de forma do pensamento da Bauhaus) pero bem intuitiva, nas questões na “intelectualidade espacial” e coloca como exemplo Si cada divisão ou subdivisão corresponde a certo complexo de atos necessários e si todos os seus atos da sua vida que estão integrados pela função são igualmente necessários, todo compartimento espacial de uma planta racional tem um valor absoluto, é uma – unidade. A perfeita racionalidade de uma planta reconhece porque os espaços estão divididos qualquer que seja sua extensão de escala, entre se nivelam como valores espaciais absolutos; porque a mesma finalidade e claridade espacial volve-se encontrar em cada unidade; porque nenhum hiato (laguna) são espaços inertes ou formalmente imprecisos subsiste de forma concisa a economia da planta (Argan 1957:71). Estas questões da racionalidade espacial são momentos que são históricos nas essências pragmáticas que terminam sendo dominantes dentro da arquitetura, e não só se refere a questões de ordem projetual, mais com visão na busca de uma economia atrelada ao espaço criado.


Livro de Giulio Argam – Walter Gropius y el Bauhaus de 1957.

A desvinculação de Gropius com a historia da arquitetura foi oprimente para ele, tantos assim que ele teve que reconhecer a insuficiência “pensamento europeu” com uma experiência mais compressiva e muito distinta de seu temperamento. Ao ficar mais perto Wrigth não só tem um sentido de polemica de luta interior, encontra-se em todas as atitudes de Gropius, esta agudeza do “espírito critico” conclui na consciência mais clara sobre a historia. (Argan 1957:82-24). Em principio a critica da arquitetura busca encontrar as fenomenologias, (ajuizamentos/valorações de ordem de visões/percepções - seja positivo ou negativo) mais estas vinculadas nas teorias e na própria história da arquitetura, não conhecer ou desconhecer estes fatos das disciplinares como “partes” não se poderia fazer critica da arquitetura como um “todo” ficaria sem consistência, analogamente quando dizemos que a arquitetura esta composta por partes, para que posteriormente conheçamos [digo: entendamos, sensibilizemos de maneira arquitetural] o “todo”, que ao final de contas é a experiências compreensivas dos fatos “unitários”. A critica deve considerar se em términos de táticas e intenções, não em termos dos meio empregados (Attoe 1982:14)

Universidade de Harvard (1948) - Walter Gropius (maquete)
Fonte: Giulio Argan (1957)

A Bauhaus foi um exemplo típico de uma escola democrática baseada no principio da colaboração entre professores e alunos, ... o ensino pratico, chama a organização sobre a base unitária do som, da cor e da forma, estas integrava atitudes físicas e psíquicas dos seus alunos. Ela substituía a todo ensino humanístico ou catedrática; sua finalidade era habituar na percepção exata e clara dos fatos formais e imbuir ao aluno a uma espontânea disposição de enquadrar todo dado da experiência de um nítido contorno formal (Argan 1957:42-43)

E evidente que a escola de artes e ofícios da Bauhaus e seu mentor Walter Gropius tem uma influencia importante na arquitetura moderna e também contemporânea (assim penso) a forma de pensamentos se desdobram no tempo-espaço como uma espécie de feedback que vai e volta segundo seja as condições, ou de busca de condições que sejam relevantes na criação projetual, estas tem influído na arquitetura Latinoamerica como exemplo a Escola de Arquitetura, Urbanismo e Artes (1955) da Universidade Nacional de Engenharia de Lima, Peru – FAUA/UNI, projeto do Arquiteto Mario Bianco.

Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes – FAUA/UNI (1955) – Mario Bianco
Fonte: Fotografia (2010) Arq. Ilka Tancredi

As colocações sempre pertinentes do critico de arte italiano Lionello Venturi sintetiza bem o pensamento da Escola da Bauhaus e diz: A Bauhaus... constitui algo mais que uma escola de arte, é ponto de encontro de vários artistas, ligados a um interesse comum por uma arte nova, que se plasmaria de forma abstrata, a expressão positiva de uma consciência não só social mais sim unitariamente internacional: a expressão direta de uma realidade histórica de uma Europa democrática e socialista (Venturi, 2004:368)

Walter Gropius como inovador com relevâncias adequadas no seu tempo de ações projetuais aplicadas na indústria como mobiliário, maquinarias, locomotoras (diesel), acessórios, etc. A Bauhaus começou a orientar-se cada vez mais para um fabrico industrial (Düchtin, 2007:73)
E de aplicações no uso de estruturas em aço onde permite aplicar peles (fachadas) em vidro exemplo da Fabrica Fagus (1911-1912) com evolucionismo e utilização nas artes plásticas tem em si considerações muito amplas, ... a concepção de síntese estava demasiado ligada a ideai romântica de – obra total – para se adaptar a orientação cada vez mais funcionalista da Bauhaus sobre o plano de desing e da arquitetura (Düchtin, 2007:73)

Penso que existe uma espiritualidade que esta imbuída no pensamento da Bauhaus, de comprometimento social e cultural, que vai alem das fronteiras funcionais ou estéticas, uma filosofia de vanguarda com considerações conotativas com fundos epistêmico e acadêmico que derem no tempo-espaço, ações de pertinência de visões e percepções diferenciadas, por isso e matéria de estudo em todos os tempos de sua influencia atemporal na arquitetura e urbanismo.

Goiania, 22 de Fevereiro de 2011
Arq. Jorge Villavisencio

Bibliografía
ARGAN
, Giulio Carlo; Walter Gropius e El Bauhaus, Editorial Nueva Visión, Buenos Aires, 1957.
ACHA, Juan, Arte y Sociedad Latinoaméricana: Sistemas de producción, Ed. Fondo de Cultura Económica, México, 1979.
TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editado H.F. Ullmann Tandem Verlag GmbH, Colônia/São Paulo, 2008.
FRAMPTON, Kenneth; Historia crítica da arquitetura moderna, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.
BENEVOLO, Leonardo; Historia da arquitetura moderna, Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.
ATTOE, Wayne; La critica em la arquitetura como disciplina, Editorial Limusa, México, 1982.
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.
DÜCHTING, Hajo; Wassily Kandinsky: A revolução da pintura, Editora Taschen Gmbh, Colônia, 2007.
HOFMANN, Werner; KULTERMANN, Udo, Modern Architeture, The Viking Press Inc., New York, 1969.
VENTURI, Lionello; Historia de la Crítica del Arte, Random House Mondadori S.A., Barcelona, 2004.

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