sábado, 11 de junio de 2011

Goiânia e sua representação da historia arquitetônica na Exposição de Barcelona 2011

Goiânia e sua representação da historia arquitetônica na Exposição de Barcelona 2011
Arq. Jorge Villavisencio


No mês de Maio de 2011 o Instituto de Arquitetos do Brasil, representado pelo Presidente do IAB/DN o Arq. Gilson Paranhos apresenta na Exposição de Barcelona 2011 uma serie de trabalhos de arquitetura e urbanismo de diversas capitais do Brasil. Como Conselheiro Superior do IAB/Goiás apresente a nossa representação com cinco projetos mais significativos na linha do tempo (claro, segundo meu ponto de vista) da cidade de Goiânia. O trabalho encomendado e sua escolha foram bastante difíceis, já que a idéia era apresentar uma síntese da nossa historia arquitetônica (talvez formalista), e inclusive teria que se apresentar em imagens fotográficas e textos muito sintéticos. “Apesar de que existem outras obras importantes, penso que na escolha sintetiza o “espírito evolutivo” arquitetônico e urbano desta nova cidade de 77 anos. Tenho tomado em consideração o que foi solicitado...” (J. Villavisencio, Maio/2011)


As obras apresentadas forem: Bosque dos Buritis (1933-1935); Teatro Goiania (1937-1942); Edifício do BANESPA (1977-1979); Centro Cultural “Oscar Niemeyer” de Goiânia (2004-2006); Edifício do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Goiás. (em execução) Também apresente um breve texto como ajuda de memória em português e espanhol.

A introdução
A cidade de Goiania fundada por Pedro Ludovico Teixeira (interventor federal), a pedra fundamental do lançamento foi em 24 de Outubro de 1933. O Plano Piloto Urbanístico de Goiânia foi realizado pelo arquiteto Attílio Correa Lima, e cumpre com características utópicas da Carta de Atenas de 1933, evento do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna – CIAM.

Versão em espanhol: La ciudad de Goiania, fue fundada por Pedro Ludovico Teixeira (interventor federal), la piedra fundamental fue puesta el 24 de octubre de 1933. El Plano Piloto Urbano de Goiania fue efectuado por el arquitecto Atilio Correa Lima, y cumple con las características utópicas de la Carta de Atenas de 1933, evento del Congreso Internacional de Arquitectura Moderna - CIAM.

As obras
Bosque dos Buritis (1933-1935)
Localizado na Alameda dos Buritis (Avenida Assis Chateaubriand), Setor Oeste, considerado o mais antigo patrimônio paisagístico de Goiânia, tem uma área de 141.500 m2. Esta importante área verde talvez seja uma das áreas mais representativas da cidade, a área foi contemplada dentro do traçado urbano original de Goiânia, elaborado pelos arquitetos Attílio Correa Lima e Armando de Godoy no período de 1933 a 1935.

F1.A – Bosque dos Buritis (1933-1935) – vista aérea.
Fonte: Prefeitura de Goiânia (2010)

F2.A – Bosque dos Buritis (1933-1935) – vista externa.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)

F3.A – Bosque dos Buritis (1933-1935) – vista interna.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)

F4.A – Bosque dos Buritis (1933-1935) – vista interna.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)

F5.A – Bosque dos Buritis (1933-1935) – vista interna.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)

Versão em espanhol: Ubicado en la Alameda de los Buritis (Avenida Assis Chateaubriand), del Sector Oeste, considerado como patrimonio paisajístico más antiguo de Goiania, tiene una superficie de 141.500 m2. Está zona verde es importante como pulmón, y quizás uno de los más representativos de la ciudad, esta área fue incluida adentro del diseño urbano original de Goiania, diseñada por los arquitectos Attilio Correa Lima y Armando Godoy, en el período 1933 a 1935.

F6.A – Alameda dos Buritis (1933-1935) – o contorno do espaço externo.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Teatro Goiânia (1937-1942)
Uma das características mais importante da arquitetura patrimonial de Goiânia é sua arquitetura de estilo Art Decó, a obra do Teatro de Goiania foi realizada pelos arquitetos Jorge Félix de Souza e José Neddemeyer, sua inauguração data do ano 1942.

F1.B – Teatro Goiania (1937-1942) – vista lateral esquerda.
Fonte: Livro 74 anos de arquitetura de Goiânia (2006
)

F2.B – Teatro Goiania (1937-1942) – vista lateral direita.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)

F3.B – Teatro Goiania (1937-1942) – no preâmbulo da noite.
Fonte: Arq. Ira Taborda Dudeque (2006)


F4.B – Teatro Goiania (1937-1942) – vista frontal – a arquitetura de estilo Art Decó.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011
)

Versão em espanhol: Una característica de los proyectos iniciales de Goiania es su arquitectura de estilo Art Déco, el Cine Teatro de Goiania fue hecho por los arquitectos Jorge Félix de Souza y José Neddemeyer, su fecha de apertura es del año 1942.

F5.B – Teatro Goiania (1937-1942) – vista externa.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Edifício do BANESPA (1977-1979)
Obra do arquiteto Ruy Ohtake, o projeto arquitetônico data do ano de 1977, esta localizada na área Central de Goiânia. Penso que esta obra tem partituras harmônicas formais e urbanas.

F1.C – Edifício do BANESPA (1937-1942) – vista frontal.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


F3.C – Edifício do BANESPA (1937-1942) – vista lateral esquerda Rua 9.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Versão em espanhol: Fue efectuado por el arquitecto Ruy Ohtake, su diseño arquitectónico se remonta a los años de 1977, está situado en la zona central de Goiania. Creo que este trabajo tiene como resultados cuestiones de armonías formales y urbanas.


F4.C – Edifício do BANESPA (1937-1942) – detalhe da fachada.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Centro Cultural “Oscar Niemeyer” de Goiânia (2004-2006)
Projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, esta obra representa para a cidade de Goiânia um importante espaço cultural.

F1.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – vista geral.
Fonte: Prefeitura de Goiania (2008
)

F2.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – vista do teatro.
Fonte: Jorge Villavisencio (2009)


F3.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – detalhe dos edificios.
Fonte: Jorge Villavisencio (2009)


F4.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – edifício de exposições.
Fonte: Jorge Villavisencio (2009)


F5.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – edifício da biblioteca e salas.
Fonte: Jorge Villavisencio (2009
)

Versão em espanhol: Diseñado por el arquitecto Oscar Niemeyer, esta obra representa para la ciudad de Goiania un importante espacio de actividad cultural.

F5.D – Centro Cultural “Oscar Niemeyer” (2004-2006) – edifício da biblioteca e salas.
Fonte: Jorge Villavisencio (2009)

Edifício do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Goiás. (obra em execução)
Localizado no Setor Universitário da cidade de Goiânia, projetado pelo arquiteto João da Gama Filgueiras Lima – Lelé, penso que esta obra é importante para os arquitetos e a arquitetura da cidade, porque tem como reflexos alem da leveza de suas formas, uma alta tecnologia de pensamentos sustentáveis. O mestre Lelé presenteia para a cidade toda sua experiência em seus mais de 50 anos de profissão de arquiteto.

F1.E – Instituto de Arquitetos do Brasil – Dep. de Goiás (obra em execução) – vista externa.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010
)


F2.E – Instituto de Arquitetos do Brasil – Dep. de Goiás (obra em execução) – vista externa.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


F3.E – Instituto de Arquitetos do Brasil – Dep. de Goiás (obra em execução) – vista externa.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


F4.E – Instituto de Arquitetos do Brasil – Dep. de Goiás (obra em execução) – detalhe do interior.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Versão em espanhol: Ubicado en el Sector Universitario de la ciudad de Goiânia, diseñado por el arquitecto João da Gama Filgueiras Lima – Lelé, creo que este trabajo es importante para los arquitectos y la arquitectura de la ciudad, debido a sus consecuencias que van más allá de la ligereza de sus formas, porque tiene pensamientos de la alta tecnología sostenible. El maestro Lelé regala para la ciudad toda su experiencia en sus más de 50 años de profesión como arquitecto.


F5.E – Instituto de Arquitetos do Brasil – Dep. de Goiás (obra em execução) – perspectiva.
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Devemos ressaltar que as imagens apresentadas relatam o “espírito evolutivo” formal da arquitetura de Goiânia (claro baixo meu ponto de vista), mais penso que si a arquitetura e síntese, mais não e só imagem, a formatação de apresentação deste texto acho que reflexa a síntese em imagem e texto do que foi solicitado pelo IAB/DN, como diz no inicio é foi muito difícil sintetizar a historia da arquitetura em cinco obras de Goiânia em seu 77 anos de existência.

Goiania, 11 de Junho de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio.

Nota: Mais informação neste blog sobre a historia arquitetônica e urbanística de Goiânia, clique aqui:

http://jvillavisencio.blogspot.com/2010/08/art-deco-arquitetura-moderna-do-seculo.html

jueves, 2 de junio de 2011

Holanda: percepções preventivas no espaço urbano e arquitetônico contemporâneo

Holanda: percepções preventivas no espaço urbano e arquitetônico contemporâneo
Critica: Arq. Jorge Villavisencio



Holanda esta localizada na zona geográfica dos países baixos, esta tem características bastante especiais, todos sabem que suas cidades estão abaixo do nível do mar, isso faz que Holanda tenha uma luta incessante com relação na conquista e preservação de seu espaço urbano e rural. Como temos percebido nestas últimas décadas a “falta de critério” com a questão ambiental, entrega só agudeza a esta problemática. Neste texto trata de encontrar algumas possíveis alternativas sobre estas problemáticas arquitetônicas e urbanas, ações produzidas neste tempo contemporâneo.


No tempo-espaço se tem escrito vários textos e artículos das produções das técnicas sobre algumas das formas possíveis soluções a seus problemas. Tratando-se de questões relacionadas com a arquitetura e o urbanismo que são temas constantes de pesquisa e publicação neste blog, achamos por oportuno pronunciarmos ao respeito.
Como tínhamos dito anteriormente a depredação com o meio ambiente, além que agudiza a problemática, se há perdido (existe um ar de dês-norteamento), e temos muitas incertezas com a questão do controle urbano, para que está se torne como via de proposta de sustentabilidade do nosso planeta, penso que “proteger e cuidar” são as palavras de ordem.
Inclusive os riscos têm-se intensificando em algumas áreas urbanas de Holanda. E como é comum nesta ultima década tem acontecido sucessos de desastres naturais ambientais de grande magnitude basta lembrar-se do aconteceu na cidade de New Orleans (furacao Katrina, 2005);Haiti (terremoto, 2010); Blumenau-SC. (inundação, 2008); Petrópolis-RJ. (inundação, desmoronamento, 2011) e por ultimo este no norte do Japão (terremoto, tsunami, contaminação nas usinas nucleares, 2011). Devo dizer que só tenho enumerado alguns, é claro, tem muito mais...


Penso que umas das formas de corretas de atuar ante estes acontecimentos de desastres naturais são através da “prevenção”, com isto quero dizer que é necessário antecipasse ante estes eventos, como e obvio o desastre sempre existira, esta já faz parte da historia do planeta terra, mais com temos dito neste último tempo a situação é assustadora, é mais incisiva. O que se trata neste texto e de encontrar “novas fontes inspiradoras” que nos permitam imbuir na busca de novas fontes, o simplesmente fazer de conhecimentos a nossos leitores que existem alternativas, que existem na pratica e tem sucesso, e claro permite que através das formas do processo projetual da arquitetura e das técnicas construtivas de forma “criativa” possa amenizar esta problemática.

Fonte: History Channel (2010)


Mais como diz o Prefeito de Blumenau – Santa Catarina o Sr. João Paulo Kleinübing (na XI Conferência das Cidades em Brasília – Dez./2010), temos que vislumbrar o espaço urbano em duas tipologias “deficiências e potencialidades” estas condicionantes lhe permite enxergar seu espaço urbano em forma talvez antagônica (claro-escuro), mais o contraste tem seu diferencial no sentido de poder enxergar o certo ou no errado, a problemática urbana se faz mais latente quando só vê as deficiências, em especial nas catástrofes naturais (adversidades), mais o importante visualizar as prováveis “potencialidades”, achamos que toda cidade por mais adversidades naturais que estejam presentes de tempos em tempos, a investigação/pesquisa cientifica tem ajudado a amenizar a problemática, o que sucede que os lapsos de períodos destes tempos tem diminuído, o que se senta mais latente hoje em dia.


Mais sem duvida a arquitetura busca estar presente ante estes acontecimentos, porque ao final de contas, somos-nos o que estamos invadindo o seu espaço natural, por isso deve ficar claro que nos somos (as cidades) que temos que acondicionarmos ao meio ambiente, porque esta demonstrada que a “natureza é sabia”, e seu curso continua – adaptarmos ao meio ambiente e uma forma correta e sustentável de fazer bem as coisas, agressão ao meio ambiente só gera regressão e desconforto urbano.
A conscientização sobre o tema ambiental deve estar dentro de nossa cultura, tarefa que não e fácil, os interesses das praticas imobiliárias que visam só o lucro (muito poucas pensam na sustentabilidade), tem inviabilizado o processo e correto de fazer um bom planejamento urbano e arquitetônico, alem das políticas publicas que não se tem esmerado em colocar um basta na má adequação do espaço físico.


Fonte: History Channel (2010)


Na pequena cidade de Massbommel na Holanda, o Dr. Chris Zeven Bergem apresenta uma tipologia de um conjunto de vivendas unifamiliares denominada de “casas anfíbias” ou “casa flutuante”, e evidente que este tipo de construções está adequada a problemática sobre a “prevenção” de acidentes por ingerência do riscos e desastre pelas agressões ao meio ambiente. Quando nos referimos na questão da prevenção – na realidade nos estamos “antecipado” algum fato que possa ocorrer. Como temos dito anteriormente estas caracterizações sobre os desastres de eventos naturais, estes eventos de forma muito aguda tem aparecido com certa freqüência, é nem sempre estamos preparados, talvez este tipo de projeto possa abrir novos “conceitos arquitetônicos” nas formas de percepção e de conceituar o espaço urbano e da arquitetura.


Fonte: History Channel (2010)


Trata-se de uma obra que flutua em base ao um enorme tanque de ar, ancorada em uns pilotis, que contem anéis envoltos destes pilotis que faz que possa se movimentar conforme a maré vai subindo ou descendo, parece ate simples, mais penso que o Dr. Chris Zeven Bergem, teve que fazer o estudo tecnológico com uma alta precisão, alem claro do impacto ambiental que este grupo de vivendas teve ingerência no seu entorno. Cada uma destas vivendas tem um peso de 100 toneladas no seu casco oco (similar a o que acontece num navio), e evidente que os materiais utilizados sejam tratados com anti-corrosivos, o que garante sua durabilidade.
O que me chamo à atenção que os atuais moradores destas vivendas, tinham a tranqüilidade de morar lá, devido a seu ao pensamento de “prevenção” ante as adversidades propugnadas pelos desastres naturais. Mais o custo de cada vivenda e de US$. 348 mil. (2005) Um custo bastante elevado para nossas realidades, mas queda como ensinamento as novas formas criativas aplicadas tecnologicamente para solucionar problemas ante essas adversidades, talvez esta critica possa nos levar a obter pensamentos mais profundos sobre estes grandes temas dos “desastres naturais”, como dize no inicio estes riscos e desastre naturais cada vez são mais freqüentes. E só lembramos que temos que ter o pensamento preventivo quando acontecem estes eventos. Por isso que concordo plenamente com o Sr. João Paulo Kleinübing – Prefeito de Blumenau, em definir nossas “deficiências e potencialidades”, talvez possamos encontrar através destas duas importantes palavras em definir nas formas e processo de nos prevenir, tenho certeza que a “prevenção” sai muito mais econômico, alem e claro do desgaste social e cultural que estes eventos geram.


Quando nos arquitetos preparamos para realizar um determinado projeto temos que “programar” (as necessidades dos proprietários – do povo), então, se esta “antecipando” ao ato projetual o construtivo, é desta forma que metodologicamente trabalhamos, este olhar dos “riscos e desastres” tem que estar imbuído nas formas de conduzir os trabalhos a arquitetura e o urbanismo. Esta em evidencia, é importante – cuidemos e preservemos mais. Não fiquemos à margem destas circunstâncias, levemos isso a serio, como uma forma correta de fazer arquitetura, prevenindo estamos cuidando mais, com melhor qualidade, façamos desta uma filosofia de pensamento. É obvio, sabemos que os câmbios climatológicos atuais – são provocados pelo homem – somos co-responsáveis pelos desastres naturais, si bem e certo só podemos “amenizar” a problemática, façamos está de forma consciente. Nossas visões e percepções estão imbuídas dentro do espaço a ser criado/construído, na historia da arquitetura nos ensina, que nas “rupturas” produzidas na quarta dimensão, tem levado a outras formas de comportamento, foi assim que os arquitetos atuamos, considero que este comportamento de rupturas – por necessidade ou por espírito vanguardista tem levado a soluções que ficam cada vez mais perto das realidades e necessidades do que a sociedade, o povo reclama/demanda.


Goiania, 2 de Junho de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio