martes, 16 de agosto de 2011

A invenção do espaço construído.

A invenção do espaço construído.
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio



Uns dos aspectos mais importantes da arquitetura é a “criação do espaço”, nem sempre e fácil contar com referentes que nos outorga essa criatividade, entendemos que a criatividade não vem do ar, ele vem de algumas experiências ou conhecimentos que se vão adquirido através do tempo-espaço. Mais e necessário entender que dentro do “processo arquitetural” esta inserida o “projeção projetual”, como nos sabemos nos estamos referindo ao “desenho”, que dentro da esfera do processo arquitetural encontrem-se todas as etapas: projeção projetual; projeção construtiva; consumo (Ludeña, 1997:86). Mais antes da adoção do partido arquitetônico temos algumas considerações conceituais de difícil entendimento, esta, claro baseada, nas complexidades essências da arquitetura “Na educação arquitetônica, ainda que estejamos limitados ao único meio representativos das plantas, o método do resumo gráfico é importante: a síntese que antecede ao analise” (Zevi, 2009:41), claro, si nos estamos referindo ao desenho arquitetônico, a nossas experiências estão plasmadas das nossas “convenciones aprendidas e sintetizadas em nossos pensamentos”, e não simples traços como o povo pensa.


E aqui vai minha primeira reflexão: Será que população sabe para que serve a arquitetura? Será que o povo sabe qual e a função do profissional arquiteto?


Na verdade, o tema deste ensaio: De donde vem nossa criatividade que da a forma na arquitetura? Mais e muito difícil desvincular das nossas realidades que faz parte da vida profissional do arquiteto, que no fundo são elementos que nos base de pensamentos prospectivos. E claro si falamos de “prospecção” estamos gerando avance, que é um principio de pensamento moderno. Sem duvida a historia das artes (donde também esta inserida a arte da arquitetura) nos ensina que muitos de nossos pensamentos estão baseados em nossas próprias experiências de vida, ou nas procuras destas, na minha maneira de ver esse o principio-nos da este pensamento de “vanguarda” – esse olhar para frente – às vezes incompreendidos hoje – o pensamento “utópico” faz parte das experiências do arquiteto, só para lembrar-se da Carta de Atenas de 1933 – do CIAM.


F.01 – Ministério de Educação e Saúde (1935-1943) da assessoria de Le Corbusier e dos jovens arquitetos brasileiros L. Costa, O. Niemeyer, A. Reidy, E. Vasconcelos, J. Moreira, C. Leão – A forma pura cúbica: a transformação dimensional do cubo vertical.
Fonte: J. Villavisencio (2011)


“A arquitetura é uma das ocupações de produtos humanos, que por uma razão ou outra, oferece uma forma organizada do corpo e do intelecto” (Arnheim, 2001:93), para o filosofo e psicólogo alemão Rudolf Arnheim (1904-2007) nos oferece o conceito/síntese bastante polemico, primeiro a arquitetura de hoje ou contemporânea é considerada uma profissão de “relações sociais” com especificidades “aplicadas”, só com o intuito de complementar, o nosso trabalho de arquiteto nos outorga esse espírito de construção das nossas idéias projetuais, porque entendemos que o “projeto de arquitetura (desenho) e um meio, não e a finalidade. A finalidade esta na obra construída”, ou seja, ver concretamente que nossas idéias são feitas nos desenhos em que estes forem realidades concretizadas na obra construída. O segundo ponto de Arnheim e a questão da “forma organizada” – bom aqui vão nossa segunda dicotomia que faz parte da vida do arquiteto e da arquitetura: “a forma segue a função, ou, a função segue a forma”. Mais antes devemos entender que é forma: a forma e a relação do espaço vazio com o volume ou a massa – deste se desprendem a idéia de forma – como podemos caracterizar algo sem que podassem definir, mais a “percepção das formas as vê porque existem contrastes” (Claux, 2005:44).


F.02 – Casa de uma Guarda Agrícola de Maupertuis (1806) de Claude-Nicolas Ledoux – a forma esférica.
Fonte: L. Benévolo (p.57)


A relação do objeto e dos contrastes entre os claros e escuros nos da à dimensão de contorno/imagem que cria essa forma, alem da profundidade que nos entrega a questão da escala – largura, cumprimento, etc. Mais estas formas sofrem transformações dimensionais “Uma forma pode transformar-se mediante a modificação de suas dimensões, mais não perde sua identidade geométrica” (Ching, 2002.48), às vezes com desdobramentos incluídos a própria criatividade em adições e sustações da mesma forma base – poderíamos induzir aos próprios e insubstituíveis “sólidos platônicos”: a esfera, o cubo, o cilindro, o cone, a pirâmide. Claro, destes elementos forem criados como formas base, só para lembrar-se da forma cúbica a Casa Hanselman (1967) de Michel Graves; o da forma esférica da Casa de uma Guarda Agrícola de Maupertuis (1806) de Claude-Nicolas Ledoux; da forma cônica do Projeto do Cenotafio Cônico (1784) de Étienne-Louis Boulée; da forma cilíndrica da Capela do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (1955) de Eero Saarinen; ou por ultimo da forma piramidal das Pirâmides Egípcias Keops, Kefren e Micerinos (2.500 a. C.) obra emblemática de todos os tempos.


Mais e bom lembrar o que psicanalista e pensador Sigmund Freud (1856-1939) diz: que a gente reconhece as forma puras ou platônicas ao ter a sensação de conhecer anteriormente, só como exemplo: desde crianças todos brincamos com uma esfera (a bola comum) ou o cubo, então nossa mente reconhece automaticamente essas formas e se nos faz parte de nossas vivencias e experiências da vida, por isso apresenta na grande maioria das vezes como objetos que agradam? a nossas mentes ou que simplesmente as reconhecemos.


F.03 – Procuradoria Geral da Republica de Brasília (1995-2002) de Oscar Niemeyer – a forma cilíndrica.
Fonte: PGR – internet (2010).


A segunda e a questão que nos apresenta Arheim e a questão da organização, sem duvida uma das principais tarefas da arquitetura e a “organização de espaços”, então estas relações inter-espaciais devem ter “funções” que estejam vinculadas para os fins que forem solicitados pelos seus gestores, sem duvida na primeira etapa “solicitação do projeto” estas devem ser revelar em forma conclusiva – esta é: Qual e a finalidade da Obra?
Como sabemos a obra esta composta de varias partes, que compões todo, dependendo das complexidades essências do espaço criado, para poder entender as varias partes que compõe o todo, mais as vezes temos que separar – como si fossem construir-se por etapas, um exemplo e a obra do arquiteto austríaco Hans Holein (1934-) na obra do Edifício do Banco Interbank (2000-2001) da cidade de Lima (ver imagem F.04), em principio o que marca sua estética é seu volume central que é um cone invertido esta vista pela fachada principal, e na fachada posterior contem subtrações desta forma, alem que no lado direito temos um cubo com adições, e outro que um cubo com uma inércia visual em desequilíbrio (auditório – ver figura F.05), então poderíamos facilmente distinguir as partes, e não falamos de questões subjetivas, mas bem são questões objetivas das formas geométricas.


F.04 – Banco Interbank em Lima de Hans Holein (2000-2001) – a forma cônica invertida, edifício principal.
Fonte: J. Villavisencio (2009)

F.05 – Banco Interbank em Lima de Hans Holein (2000-2001) – a forma cúbica, o auditório.
Fonte: J. Villavisencio (2009)


Um dos aspectos de importância na criatividade esta inserido na questão do “partido arquitetônico” – que na realidade podem ter variadas origens. Sem duvida talvez a mais coerente seja o analise do “entorno urbano”, penso que é uma forma correta de “vitalizar” ou “revitalizar”, deste se desprende dois pontos: a primeira que ao dizer vitalizar – e o determinada edificação que entrega uma nova perspectiva ao determinado bairro o setor da cidade, sem duvida que si esta edificação esta inserida de forma eficaz dentro de todas as prerrogativas de permeabilidade, variedade, legibilidade, versatilidade, imagem visual apropriada, riqueza perceptiva e por ultimo personalização (McGlynn, 1999), o dialogo entre a cidade e o edifício o inversamente tem uma coerência significativa, penso que o beneficio seja de ambas partes.


Também o segundo raciocínio se da entorno ao conceito do resgate da “memória arquitetônica ou urbanística”, sem duvida ao “revitalizar” o espaço construído estamos dando passo a uma nova forma de entender o espaço, de uma forma mais atual, mais contemporâneo, mais sem esquecer-se de seu passado histórico – que na realidade pode ser visto assim: “... os testemunhos do devier histórico da cultura, expressa os diversos modos de vida nos distintos momentos históricos, recreia o passado e o presente, e condiciona – si preservará – a paisagem habitável do futuro” (Gutierrez, 1996:110), então não é questão de passar patrola, e esquecer-se do passado, nosso espaço construído nos outorga em nossos edifícios do passado – conceitos espaciais recriados – que no final tem preservada a nossa cultura urbana ou arquitetônica do passado, com visões, percepções e usos contemporâneos.


F.06 – Pirâmides Egípcias Keops, Kefren e Micerinos (2.500 a. C.) – forma piramidal.
Fonte: Francis Ching (p.45)


Mais e importante ressaltar que a mobilidade urbana a partir do modernismo se da de acordo aos interesses que são premeditados dentro de uma cultura de visão social ate vezes imposta “Esse movimento geral colocou os vários setores da sociedade moderna dentro de um grande recipiente urbano; em dessa maneiram anulou em grau não pequeno, a separação entre os vários grupos dominantes” (Mumford, 2008:633). Na nossa maneira de ver na atualidade com uma visão mais contemporânea dos acordos exigidos pela mesma sociedade, não podemos desvincular das suas solicitudes, que são premissa inspiradoras de fazer boa arquitetura, porque entendemos que a essência esta atrelada as necessidades do povo, e claro da interpretação que tenhamos os arquitetos em “entender” essas necessidades.


A diferencia da modernidade que veio com projeto bastante firme com objetivos definidos, a posmodernidade é uma perspectiva (Martuccelli, 2009:7) esta na busca de um projeto que possa definir alguns lineamentos específicos. Por outro lado essas buscas de especificidades dão as forças – traduzidas em pesquisas cientificas de ter vários olhares que são ate concordantes com o momento que vivemos. Sem duvida a arquitetura como expressão de suas “formas” vão criando novas percepções do mundo, essa espacialidade de seus desenhos nos permite visualizar os diversos caminhos apresentados por seus arquitetos. Será que o caminho e correto? Mais sem duvida temos avançado no caminho de uma coerência ambiental, esta concordância vem das próprias necessidades criadas pelo bem da humanidade, mais a responsabilidade e de todos, a arquitetura e o estudo da cidade, tentam fazer sua parte em “cuidar e preservar” princípios do pensamento da sustentabilidade. Ser contemporâneos é pensar no ambiente, dificilmente hoje o arquiteto possa projetar sem pensar na escolha dos materiais a ser utilizado nas suas idéias/projetos, ou nas formas construtivas, penso que a arquitetura vai tomando consciência de ter um olhar de respeito com a natureza e o meio ambiente em que vivemos. Penso que muitos profissionais que tem verdadeira consciência contemporânea tem esse olhar diferenciado, é a nova visão com verdadeira orientação de “invenção do espaço construído”.



Goiânia, 16 de Agosto de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia


ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitetura, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2001.
ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2009.
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.
PEDREIRA, Laert; Adoção do partido na arquitetura, Centro Editorial Universidade Federal da Bahia, Bahia, 1989.
CLAUX, Inés; La arquitectura y el proceso de diseño, Editado Universidad San Martín de Porres, Lima, 2005.
CHING, Francis; Forma, Espacio y Orden, editora Gustavo Gili, Barcelona, 2002.
BENEVOLO, Leonardo; História da arquitetura moderna, Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.
MCGLYNN, Sue (org); Entornos vitales, editora Gustavo Gili, Barcelona, 1999.
GUTIÉRREZ, Ramón (org.); Arquitectura Latinoamericana em el siglo XX, Ed. Epígrafe, Universidad Ricardo Palma (Lima, 1998), original: Editoriale Jaca Book S.p.A., Milão, 1996.
MUMFORD, Lewis; A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.
MARTUCCELLI, Elio, (vários autores); El arquitecto y su obra, Editado Universidad Ricardo Palma, Lima, 2009.


domingo, 7 de agosto de 2011

Piura: e sua mirada na procura da prospecção urbana.

Piura: e sua mirada na procura da prospecção urbana.
Critica: Arq. Jorge Villavisencio



Recentemente no Colégio de Arquitetos do Peru – Departamento de Piura apresenta três Conferencias sobre a questão da arquitetura e o urbanismo em comemoração aos 30 anos de funcionamento. Sem duvida alguma o seu Decano Regional o Arq. Leopoldo Villacorta faz um esforço, claro junto com toda sua Diretoria em levar este evento que permita ter uma “mirada na procura da prospecção urbana”.

F001. Pôster do evento – Julho 2011.
Fonte Divulgação: Colegio de Arquitectos del Peru – Regional Piura


Para os não conhecem a cidade de Piura (capital do Departamento de Piura) localizado na região norte no Peru, tem uma relação direta com desenvolvimento regional urbano desta parte do pais. A cidade de Piura sua população (a Grande Piura) tem um milhão e meio aproximadamente considerada a segunda cidade em maior população. Mais guarda uma sincronia (penso Eu) com a vida de tradições e comportamentos de sua população, certa amabilidade em “querer mostrar as riquezas desse povo” – entendamos bem que apesar de não ser uma cidade netamente turística (ou por dizer pouco explorado seu potencial – a diferença de sua cidade vizinha de Catacaos) a gentileza das pessoas faz que sua visita seja mais amena.


Cada conferencista trouxe na sua bagagem seu estilo que faz do “caráter” e característica de cada um, entre eles temos ao Arq. Wiley Ludeña Urquizo, importante investigador e critico da arquitetura e urbanismo contemporâneo. O Arq. José Beingoleia – Pepe também amplo investigador y professor da FAU/UNI, gostaria dizer que pela falta de responsabilidade e critério da empresa aérea transportadora para o evento fez com que perdesse sua palestra, mais chegue a falar com Pepe e pedir desculpas, como se diz nestas terras tupiniquins - fico devendo.


F002. Ponte Velha (esta ponte só e utilizado por pedestres) – “Piura sem suas pontes não é Piura”
Fonte: J. Villavisencio (2011)


F003. Ponte Bolognesi. Piura
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Também fez uma palestra Enrique Ciriani Suito – arquiteto franco-peruano que trouxe como idéia apresentar sua obra de seus mais de 50 anos de profissão de arquiteto-urbanista, são vários assuntos que me chamarem a atenção de sua palestra, que irei focando no transcurso desta critica, mais o que reserva no inicio suas palavras foi seu lado nostálgico (sem duvida) de sua alma mater. – a FAUA/UNI, donde ele estudo. E da influencia de seus professores Fernando Belaunde, Hector Velarde, Enrique Seoane, Santiago Agurto, Adolfo Cordova, Rafael Marquina, e tantos outros professores da arquitetura que influírem no seu estudo de bacharelado.


Gostaria de destacar aos colegas arquitetos Arq. Federico Couto (Diretor da FAU/Universidade de Sipán) e da Arqta. Carolina Cedano (do Instituto Nacional de Cultura do Peru – INC.), ambos destacados profissionais e investigadores na arte de projetar, parafraseando ao Neufert, alem de serem colegas do Mestrado na FAUA/UNI.


F004. Arq. Federico Couto – Arqta. Carolina Cedano – Arq. Jorge Villavisencio
Fonte Divulgação: Colegio de Arquitectos del Peru – Regional Piura


A idéia desta critica é de poder contar alguns fatos relevantes da cidade de Piura e de alguns alcances que forem temas de discussão dos palestrantes. Sem duvida falar da cidade de Piura estamos falando dos primeiros três fatos; o primeiro foi que na época pré- hispânica se fala de seus primeiros moradores os “Tallanes”, penso que como importantes artesão dedicadas na pesca, atributo fundamental de sua sobrevivência, mais devemos deixar claro do que diz o importante pesquisador e historiador contemporâneo, investigador da espoca pré- hispânica o Arq. José Canziani Amico “que nas culturas mais antigas – se baseavam em um nomadismo” a exemplo dos Tallanes que forem locados por volta do século VI, só que no ano de 1532 chego o colonizador espanhol Francisco Pizarro para fundar a cidade (um ano antes da cidade de Lima) fato relevante, seu nome oficial foi dado como San Miguel. Também na face da Independência (Período Republicano) acontecem meses antes (Abril de 1821).


F005. Casa Republicana século XIX – Piura
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Chama-me atenção que vários edifícios antigos da cidade têm características da época republicana, entendemos está por ter sido conservada sua memória “com certa identidade” dos fatos que recalcamos anteriormente. Sem duvida de acordo ao expressado por Bruno Zevi “que a historia da arquitetura se basa nas nos conceitos espaciais”, assim como o dito pelo arquiteto argentino Ramón Gutiérrez “La arquitectura es, en definitiva, un documento extraordinario, pues acumula, sedimentadamente, los testimonios del devenir histórico de una cultura, expresa los diversos modos de vida en distintos momentos históricos, recrea el pasado en el presente y condiciona –si se la preserva – el paisaje habitable del futuro”. (Versão em espanhol, Gutiérrez 1998:110)


Também não tem como no falar da figura do Alm. Miguel Grau Seminário, herói da Guerra do Pacifico Sul por volta do final do século XIX. Vários lugares da cidade fazem homenagem neste ilustre marinho, que de alguma forma fortalece o espírito vivo desta cidade.


F006. Praça Miguel Grau Seminário – Centro – Piura
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Nas visões e observações da Piura de hoje (contemporânea) se vislumbra um grande movimento comercial, falo por enquanto “mobilidade comercial” ainda muito longe de ser uma cidade industrial, esta correlação tem a visão da palestra do Arq. Ludeña cujo titulo é: “Patrimonio Industrial Peruano Piura: Memoria y patrimonio por redescubrir”, vários assuntos forem colocados por Ludeña (tenho como proposta a posteriori realizar uma critica de sua palestra), mais por agora como uma critica com “intuito genérico” fará chegar alguns alcances, por exemplo, ao dizer Ludeña que o “processo de industrialização do Peru se da nas cidades no interior do pais”, e claro e importante dizer isto já que como uma das características na nossa America Latina, o desenvolvimento se da através de um “centralismo dados pelas sua Capitais”, sem duvida tem um centralidade que esta exposta em quase todos os pensamento, idéia do “colonialismo” tantas vezes explicados pelos pensadores Picó e Habermas.


F007. Praça Principal (Plaza de Armas)
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Para que conhece a trajetória do Prof. Ludeña, não é um homem de fazer de agraciamentos, mais bem como o define na perfeição o Arq. Elio Martuccelli Casanova no prólogo de seu livro: Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, 1996, e diz: “que com Wiley Ludeña não se conversa se discute”, só que agregaria se discute nas questões inerentes a profissão de arquiteto e urbanista, ou da própria problemática da arquitetura, em especial nas questões urbanas, mais ele como pessoa amável de decisões firmes. Não devemos esquecer que Ludeña vem de seu doutorado feito na Alemanha. Chamo-me a atenção quando a distinção – medalha outorgada Colégio de Arquitetos de Piura: tanta surpresa que faz que o Arq. Wiley Ludeña Urquizo fala-se assim: “não são merecedor de nada, eu faço meu trabalho” é isso meus queridos leitores deste Blog, e digno dos grandes mestres que só aspiram a fazer de publico conhecimento suas visões e percepções de como foi, e como caminha a nossa historia de arquitetura e urbanismo, penso eu como uma visão de ampla forma de colaboração, talvez na procura de um mundo melhor.


F008. Arq. Leopoldo Villacorta Icochea – Decano Regional por Piura do Colegio de Arquitectos del Peru e o homenageado Arq. Dr. Wiley Ludeña Urquizo.
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Como era obvio minha pergunta feita a Ludeña tinha mais de ordem “ambientalista” pensamento de como faço para enxergar melhor com qualidade e sustentabilidade a arquitetura e o urbanismo – talvez um sorriso disfarçado pelo palestrante, mais com a certeza de tocar um tema tão importante como a questão ambiental “algo que não podemos arrumar – só nos queda amenizar – o dano já foi feito” (J. Villavisencio, 2010 – EREA/GOIANIA/Maio:2010)


Sem duvida o ultimo dia deste ciclo de Conferencias a presença do arquiteto Enrique Ciriani Suito, tem um significado algo assim “o arquiteto peruano que foi reconhecido pelo seu trabalho não só no exterior (mais na França), mais também no Peru” e obvio que quando um arquiteto chega a certa maturidade (anos vivencia e experiência), e claro de sua experiência como docente da arquitetura penso que sua sensibilidade fica mais aguçada no sentido de querer expor seu trabalho, Ciriani guarda em si como tinha falado no seu inicio uma nostalgia profunda de sua escola alma mater de Lima – FAUA/UNI. Anos atrás (2009) num de seus ateliers de desenho na FAU/UPC também faz referencia a este fato, ao igual que seu Decano o Arq. Miguel Cruchaga Belaunde, então, podemos vislumbrar que em todo momento a Escola de Arquitetura esta presente.


Só para lembrar que neste ano o Premio Pritzker da Arquitetura 2011 foi outorgado ao Arq. Eduardo Souto de Moura, anos atrás foi do também português Álvaro Sissa Vieira , ambos da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Porto, Portugal. Será que é uma simples consciência? A arquitetura pelas suas complexidades essências tem esse valor penso que e um agregado a mais, a busca como diz Zevi, Quantas dimensões tem a mais a arquitetura? Alem claro das quatro conhecidas, para mim e para alguns outros o tema “ambientalista” pode ser que seja uma dimensão a mais, tanto assim que palestra do nosso distinguido mestre Enrique Ciriani, foi solicitado para que encontra-se uma solução aos problemas “pluviais”, sem duvida que deve arquejar a vida da cidade de Piura.


F009. Praça Miguel Cortez - Piura – intento de resolver a dificuldade da problemática
Fonte: J. Villavisencio (2011)


Comentava com meu colega do mestrado o Arq. Federico Couto, da importância desta pergunta, no sentido de não só resolver o problema das chuvas a traves de canalizar o esgoto pluvial, como bem diz o ex-prefeito da cidade de Piura o Eng. Francisco Hilbck Eguigurem, cujo custo sobre passaria um bilhão de dólares, o que fica inviável. Mais isso e uma parte. O problema radica que “por fim” em importantes conferencias como estas se toquem as “problemáticas ambientais”, sem duvida a palavras de ordem para as próximas décadas vai que ter um “olhar esmerado” sobre como minimizar os riscos da questão ambiental.


F010. Arquitetos: Jorge Villavisencio, Enrique Ciriani (homenageado), Leopoldo Villacorta.
Fonte: F. Couto (2011)


Como tinha dito anteriormente “algo que não podemos arrumar, só amenizar”, o descuido do homem sobre o problema ambiental bate firme, a natureza é sabia é tem seu valor agregado, sem água, sem sol não podemos sobre-viver (é só lembrar o dito na Carta de Atenas de 1933 no CIAM), o desleixo das autoridades edilícias por décadas tem trazido conseqüências – correr atrás para amenizar. Si utilizamos a lógica projetual de Bruno Zevi ao dizer que a arquitetura tem muitas dimensões. Será que a questão ambiental tem categoria de dimensão na arquitetura? Si pensamos em questões de sustentabilidade que tem como fundamento o “cuidar e preservar”.


Não tem duvida alguma que nesta conferencia a pesar que o tema central não foi desenvolver idéias sobre a questão ambiental, teve sim no final, na palestra e comentários de Ciriani, considerações amplas sobre o importante tema ambiental, não cabe duvida que os arquitetos estamos cada vez mais conscientes deste assuntos, por isso quedo-me com a proposta projetual do arquiteto Enrique Ciriani “a importância da arquitetura esta nos espaços vazios, o espaços cheios são mais fáceis de trabalhar”.


Piura, 21 de Julho de 2011
Arq. Jorge Villavisencio.

Bibliografía
CANZIANI, José; Ciudad y Territorio en los Andes: Contribuciones a la historia del urbanismo prehispánico, Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, 2009.
ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2009.
GUTIÉRREZ, Ramón (org.); Arquitectura Latinoamericana en el Siglo XX, Epígrafe S.A. Editores, Universidad Ricardo Palma, Lima, 1998.
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.


martes, 2 de agosto de 2011

Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (3° Parte)

Índice – (Janeiro 2011 a Julho 2011) Blog: arquitecturavillavisencio – Terceira Parte.

Julho – 2011
155. Elder Rocha Lima y su guía arquitectónica sentimental 24/07/11
154. Roberto Segre: sus visiones de la arquitectura Latinoamericana 14/07/11
153. FAUA/UNI: o decálogo dos 100 anos intensos do ensi... 01/07/11

Junho – 2011
152. Goiânia e sua representação da historia arquitetôn... 11/06/11
151. Holanda: percepções preventivas no espaço urbano e... 02/06/11

Maio – 2011
150. Circuitos da Arquitetura Moderna Brasileira na cid... 24/05/11
149. Pampulha: o pensamento de visão moderna da arquite... 14/05/11
148. Edifício Martinelli: o processo de verticalização... 06/05/11
147. Estatísticas, arquitetura, urbanismo e textos: alg. 01/05/11

Abril – 2011
146. Vidro na arquitetura: visão de síntese utilitarista 20/04/11
145. Arquitetura Hospitalaria na cidade de Buenos Aires... 11/04/11
144. Belém: uma questão de identidade arquitetônica 02/04/11

Março – 2011
143. Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) Rio de Janeiro 27/01/11
142. Evento en Lima-Perú - CICLO DE CONFERENCIAS: HOMBR... 07/03/11
141. Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspirado... 02/03/11

Fevereiro – 2011
140. Sustentabilidade: a arquitetura na vivenda unifamiliar 15/02/11
139. Kandinsky: e suas relações com a Escola das artes 06/02/11

Janeiro – 2011
138. Catedral de Rio de Janeiro e seu lado formalista 27/01/11
137. Desastres naturais: historia urbana de Lima do séc. 13/01/2011
136. Sustentabilidade é a busca da XI Conferencia das Cidades 04/01/11
135. Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (2° Parte)

(Índices anteriores clique aqui)
(2° Parte)
http://jvillavisencio.blogspot.com/2011/01/blog-arquitecturavillavisencio.html
(Índice de Setembro 2010 a Dezembro 2010: 134-119)

(1° Parte) http://jvillavisencio.blogspot.com/2010/09/blog-arquitecturavillavisencio.html
(Índice de Março 2009 a Agosto 2010: 133-001)