lunes, 27 de agosto de 2012

Le Corbusier: e suas propostas de cidades

Le Corbusier: e suas propostas de cidades
Arq. Jorge Villavisencio

Si bem e certo que Le Corbusier (1887-1965) teve influencias no mundo todo, talvez um dos arquitetos autodidata mais importante do século XX. No caso de Sul América onde ele esteve no primeiro tercio do século passado (1929 – sua primeira vez) crio um “entusiasmo” através do Esprit Nouveau na arquitetura e o urbanismo para estes povos, claro em especial aos arquitetos que procuravam outras formas de projetar, como sabemos Le Corbusier esteve no Brasil, Argentina e Uruguai, que na realidade ele não fez grande quantidade de projetos, mais alguns deles como a coordenação da obra do Ministério de Educação e Saúde (época do Ministro Gustavo Capanema – 1936-1937) ou na casa feita para o médico argentino conhecido como a Casa Curutchet (1949-1953), que sem duvida marcarem seus trabalhos em definitiva nesta parte do continente Americano. E inclusive fez algumas propostas de estudos urbanos para as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Instituto Le Corbusier – Projeto de cidade para São Paulo em 1929.
(Publicado no jornal a Folha de São Paulo – 22/08/2012)

A ideia deste texto é de levar algumas reflexões de Le Corbusier, aproveitando a exposição que será realizada (ver nota embaixo) das propostas de como para ele deveriam ser a cidades no futuro.

Segundo Lewis Mumford (1895-1990) no seu livro A Cidade na Historia no capitulo sobre o mito das megalópoles onde diz: “Esse mundo metropolitano é, portanto, um mundo onde a carne e o sangue são menos reais que o papel, a tinta e o celuloide. É um mundo em que as grandes massas humanas, incapazes de ter contato direito com os meios de vida mais satisfatórios, passam a viver por procuração, ora como leitores, ora como espectadores, ora como observadores passivos. Assim vivendo, ano após ano, de segunda mão desligados da natureza que esta fora deles e não menos desligados da natureza que está fora deles e não menos desligados da natureza íntima, não admira que se afastem cada vez de suas funções da vida, até mesmo no pensamento, para que as maquinas que seus inventores criaram. Naquele ambiente desordenado, apenas a maquina tem uma parte dos atributos da vida, ao passo que os seres humanos são progressivamente reduzidos a um feixe de reflexos, sem impulsos próprio de saída...” (p.663).

Como vemos é evidente que as cidades tomarem outros rumos, claro estes produzidos pela Revolução Industrial, a maquina como elemento de apoio para subsistência da vida, devemos entender que os avances tecnológicos eram o suporte ou pelo menos se achava que era o ideal, mais sem duvida o poder do capitalismo era e é atualmente o que comanda as decisões das pessoas, o poder do capital esta tão arraigada no pensamento contemporâneo, talvez seja algumas das formas de como somos e aonde vamos, mais consideramos que não e todo, tem outras essências nas espacialidades arquitetônica e urbana que estão aparecendo como alternativas – como exemplo os princípios da “sustentabilidade” que é uma temática que ainda temos que desvendar novos paradigmas, claro esta como visão “prospectiva”, não tem como no ser assim.

Fonte: Instituto Le Corbusier – Projeto de cidade para Rio de Janeiro em 1929.
(Publicado no jornal a Folha de São Paulo – 27/08/2012)

Quando Mumford faz ver que “somos incapazes de ter contato direito com os meios de vida mais satisfatórios”, talvez esta reflexão queira nos levar ao aprofundamento das capacidades humanas de ser mais ativos nas nossas ideais de fazer cidades de forma combativa e atuante, e não por meio de “procuração”, estar a mercê dos outros (políticos), quando a verdade a participação de todos no processo de construção das cidades, mais quando falamos de combativos – pode ser entendido como cobrança por parte dos outros, mais si as decisões do contexto sejam participantes (todos) se cria-se consensos que olham para solução das problemáticas que fazem parte da construção de cidades, e claro das produções e produtos do estudo do urbanismo.

Fonte: Le Corbusier – livro Por uma Arquitetura (Editora Perspectiva, São Paulo, 2009)
Loteamento Ortogonal de Le Corbusier.

Mais para Le Corbusier em seu livro Mensagem aos Estudantes de Arquitetura onde diz: “Já temos que preparar uma sinfonia: lei do sol, lugar, topografia, escala de projetos; circulação exterior, revelando a atitude da obra; circulação interna; infinitos recursos das invenções técnicas atuando, eventualmente, de acordo com os meios tradicionais; finalmente, a introdução de novos materiais e preservação de materiais eternos...” (p.47)

Em efeito como bem nos explica Le Corbusier, tem que ter uma harmonia das partes, como bem se sabe com o estudo das partes podemos entender a posteriori o todo, cada parte faz parte do processo, com está conotação do “infinito”, e das diferentes variantes que nos da o lugar, não e possível corresponder a diversos lugares em uma mesma dimensão, porque existe um processo constitutivo na mesma essência espacial do lugar, as regionalizações tantas vezes ditas por Frampton – mais sem duvida as essências do ver o todo como pautas em harmonia com as condições e necessidades das pessoas, respostas que são necessidades básicas, a construção dos espaços feitos pelos arquitetos e urbanistas se iniciam no mesmo debate das partes, posteriormente a “invenção” que são recursos de estes profissionais como elemento do processo projetual. Seria mais o menos como de contar um programa de necessidades sem que se tenha discutido as precisões que são necessárias, faltariam ambientes a ser construídos, estariam falhos, por isso os debates são necessários para que se possam vislumbrar as partes, e claro como tínhamos dito a arte e a técnica como oficio, talvez Le Corbusier se refira nas questões da “preservação de materiais eternos”.

Fonte: architectureandurbanism - Cité Industriaelle (1917) de Tony Garnier

As percepções das cidades modernas tiverem e terão sempre contradições, alias faz parte do convívio do urbanismo, “Embora Une Cité Industriaelle só tinha sido publicada em 1917, a contribuição dada por seu autor ao urbanismo contemporâneo já começava a ser reconhecida em 1920., quando Le Corbusier publico material de fólio da Cité na revista purista L´Esprit Nouveau” (Frampton, 2008:121)

A proposta de Tony Garnier (1869-1948) para esta cidade industrial, trabalho que realizo para conclusão do curso, o projeto de pensamento “utópico” (como sabemos este pensamento utopistas se consolida na Carta de Atenas no CIAM no ano 1933) além, claro do uso do concreto armado em grande escala, na proposta existe uma “setorização” que se torna a posteriori uma maneira de ver as cidades, com setores bem definidos como áreas exclusivas para habitação, lazer, cultura, administração da cidade, comercio, industrial, etc. E só lembrar da cidade de Brasília esta construída na metade dos anos 50 do século XX.

Si bem e certo os utopista (onde é possível) pensarem que o automóvel seria o elemento principal na proposta (este claro no deslocamento entre os diferentes setores da cidade) esquecendo um pouco das pessoas que transitam sem neste meio de transporte, por onde consideramos que a melhor maneira é através de um “transporte publico eficiente”, assunto que seria fundamental para o movimento das pessoas, porque lembremos que uma das caraterísticas da vida moderna está no “movimento”. Mais os utopistas criarem uma forma moderna de criar espaços (setores) que se definem pelo mesmo uso que está aderido.

Por ultimo, como tínhamos dito anteriormente, as cidades sempre existirá problemáticas, faz parte do viver e conviver das mesmas e corresponde aos arquitetos e urbanistas presentar outras “alternativas” de solução. Mais hoje não só estes profissionais irão a dar as possíveis respostas ou soluções, sino através das equipes multidisciplinares nas diferentes áreas de atuação, temos que nos acostumar a trabalhar mais em equipe, mais depois das exposições e debates, em especial com o povo que são os usuários das cidades (parte fundamental para o sucesso o não das cidades), corresponde aos arquitetos e urbanistas efetuar os desenhos pertinentes.

Goiânia, 27 de Agosto de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia:

MUMFORD, Lewis; A Cidade na Historia, Ed. Martin Fontes, São Paulo, 2008
.
LE CORBUSIER; Mensagem aos Estudantes de Arquitetura, Ed. Martin Fontes, São Paulo, 2005.

LE CORBUSIER; Por uma Arquitetura, Ed. Perspectiva, 2009.

FRAMPTON, Kenneth; Historia critica da arquitetura moderna, Martin Fontes, São Paulo, 2008.

Nota:
(1) Exposição das propostas de cidades para Rio de Janeiro e São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1140819-exposicao-reune-projetos-urbanos-de-le-corbusier-para-sp-e-rio.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1142772-exposicao-retrata-encantamento-de-le-corbusier-em-viagem-pela-america-do-sul.shtml

(2) Pesquisa sobre a Cité Industriaelle (1917) de Tony Garnier. http://architectureandurbanism.blogspot.com.br/2010/11/tony-garnier-une-cite-industrielle-1917.html


viernes, 24 de agosto de 2012

Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea.

Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea.

O Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-RS) recentemente preparo este “decálogo” do urbanismo contemporâneo, sobre este queremos dizer que as cidades de hoje, pelo menos no Brasil estão na procura de uma “perspectiva” desta forma foi possível contribuir e pautar através de este decálogo penso que seja prioritário, claro a maneira de sínteses algumas questões ou diretrizes onde possam levantar novas oportunidades com vistas ao “futuro” vejamos quais são:


Por um PROJETO DE CIDADE

10 pontos fundamentais para as próximas administrações municipais construírem um Projeto de Cidade
Contribuição dos Arquitetos e Urbanistas – IAB RS

1. Planejar para desenvolver a cidade com sustentabilidade

Tema: PLANEJAMENTO URBANO

- Retomar o planejamento urbano de médio e longo prazo como ferramenta central de um projeto de cidade voltado para a promoção da igualdade social;
- Elaborar PROJETO DE CIDADE expresso em um Plano Diretor que atenda a Constituição Federal e ao Estatuto da Cidade;
- Implementar sistemas de gestão do planejamento que valorizem órgãos técnicos e os conselhos públicos, disponibilizando a informação e oferecendo os instrumentos de acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento urbano.

2. Participação é um direito e uma garantia de cidadania

Tema: PARTICIPAÇÃO SOCIAL

- Garantir a participação da comunidade em todas as etapas do processo de planejamento urbano, inovando e avançando em relação às práticas vigentes;
- Informar, expor, debater e submeter à sociedade os projetos para a cidade e os grandes investimentos públicos;
- Garantir nas administrações municipais a democracia e a transparência nas decisões sobre a cidade e o papel do poder público como mediador dos conflitos e indutor do desenvolvimento.

3. Projeto urbano qualifica a cidade para todos

Tema: PROJETO URBANO

- Valorizar o projeto urbano como ferramenta do plano diretor para qualificação dos espaços e equipamentos públicos;
- Qualificar as intervenções na cidade, para alcançar, a partir da coordenação do poder público, transformações urbanísticas, melhorias sociais e valorização ambiental;
- Efetivar a utilização da Operação Urbana Consorciada, prevista no Estatuto da Cidade, como instrumento de projeto de setores urbanos.

4. Espaço público é o lugar do encontro e da troca

Tema: ESPAÇO PÚBLICO

- Promover políticas de criação e qualificação de espaços públicos ‐ ruas, praças, parques, equipamentos públicos – mediante a valorização do projeto urbano e dos concursos públicos;
- Realizar intervenções que promovam a diversidade socioeconômica da cidade e a integração de diferentes políticas setoriais e escalas territoriais;
- Potencializar o espaço público como lugar do encontro, da convivência social e não como terra de ninguém;
- Garantir a acessibilidade universal aos portadores de necessidades especiais.

5. Mobilidade é prioridade ao pedestre e transporte público de qualidade

Tema: MOBILIDADE URBANA

- Promover política pública de mobilidade urbana garantindo o direito de deslocamento, por diversas modalidades a todos os cidadãos;
- Estimular os modos de transporte não motorizados com vistas a reduzir o consumo de combustíveis fósseis através da implantação de uma rede eficiente de ciclovias e da qualificação dos percursos de pedestres;
- Priorizar a qualificação do transporte coletivo, para reduzir o uso do veículo privado e o espaço público destinado aos automóveis; - Integrar a política de mobilidade urbana às demais políticas de desenvolvimento urbano como uso do solo, densificação, paisagem urbana e patrimônio cultural.

6. A paisagem da cidade é patrimônio de todos

Tema: PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO
- Buscar a sustentabilidade da cidade, incorporando a perspectiva de longa permanência das construções no tempo, valorizando a idéia de que adequar e reciclar edifícios é mais sustentável do que demolir;
- Propor planos que mantenham a identidade dos bairros, qualificando seus espaços e respeitando as preexistências, de forma a reforçar os vínculos do cidadão com a história da cidade;
- Valorizar políticas de patrimônio ambiental ‐ natural e cultural
‐ voltadas à qualificação espacial das paisagens representativas, em diferentes escalas territoriais.

7. Habitação com qualidade e integração das comunidades

Tema: HABITAÇÃO SOCIAL

- Valorizar projetos habitacionais que priorizem a inserção da habitação de interesse social no tecido urbano existente construindo bairros e não guetos;
- Garantir o direito à cidade, entendido como acesso à habitação, ao transporte, aos equipamentos urbanos e comunitários, ao trabalho, à renda e a um ambiente equilibrado para todos os cidadãos;
- Projetar e construir moradias que considerem as diversidades paisagísticas, climáticas e topográficas, assim como as diversas composições familiares das populações;
- Realizar programas voltados à requalificação e à adaptação de edificações desocupadas ou subutilizadas em áreas urbanas centrais, principalmente nos centros urbanos.

8. Morar com dignidade é um direito de todos

Tema: ASSISTÊNCIA TÉCNICA À MORADIA

- Divulgar e implementar a assistência técnica gratuita para as famílias de baixa renda assegurando o direito à construção de moradia digna e o direito à assistência de um profissional qualificado;
- Operacionalizar a Lei da Assistência Técnica à Moradia para Famílias de Baixa Renda (Lei 11.888/2008) conforme previsto na legislação, garantindo à população serviços de profissionais habilitados, tanto em novos assentamentos como em projetos de regularização fundiária e urbanística.

9. Concursos públicos de projetos para obras públicas

Tema: CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA E DE URBANISMO

- Exigir a realização de concursos públicos de arquitetura e urbanismo abertos à todos os profissionais ou equipes qualificadas tecnicamente para estudar, avaliar e propor soluções para a cidade;
- Eliminar a prática de contratação de projetos através de licitações de menor preço e as questionáveis e antiquadas contratações de “notório saber”;
- Valorizar concursos públicos como instrumento para a conquista de cidades mais sustentáveis, justas e belas.

10. Arquiteto é o profissional que faz edifícios, praças e parques, cuida do patrimônio, planeja a cidade...

Tema: ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL

- Reconhecer as atribuições legais do profissional arquiteto e urbanista de atuação no projeto e execução de edificações, espaços e equipamentos públicos, projeto urbano, planejamento urbano, patrimônio cultural e natural;
- Valorizar o arquiteto como o profissional que adquire, por formação, a capacidade para propor, em conjunto com outros profissionais e a sociedade, as melhores soluções para a estruturação do espaço urbano em diferentes escalas.

Fonte: Instituto de Arquitetos do Brasil ‐ Departamento do Rio Grande do Sul CENTRO CULTURAL IAB‐RS / SOLAR CONDE DE PORTO ALEGRE / secretaria IAB‐RS: (51) 3212‐2552


No cabe que neste decálogo encontramos uma serie de produtos que são sensíveis e questões que devem ser levantas com o proposito de re-ordenar ou re-vitalizar os pensamentos de como devemos atuar em nossas cidades.
É desta forma como devemos atuar os arquitetos e urbanistas, como diz Lewis Mumford em seu livro A Cidade na Historia (p.662) sobre o destino das megalópoles “...chegamos a toda uma série de processos terminais, e seria simplicidade da mente acreditar que tem qualquer perspectiva de continuar a existir indefinidamente.”, claro esta cita reverte uma “provocação”, porque como sabemos as cidades sempre existiram, com deficiências, porque como sabemos a arquitetura e o urbanismo tenta solucionar os problemas que são inerentes do convívio dos cidadãos.
Lembro também das palavras do mestre Oscar Niemeyer, onde as cidades “não podem crescer indefinidamente, e deveria criar um cinturão verde com o proposito de limitá-la”.

Mais como sabemos o êxodo rural na busca de cidades que tenham “conforto” urbano que seja permissível a levar a vida com qualidade, ate com certo pensamento utopista, mais é possível, algumas cidades como nos países baixos na Europa tem conseguido viver com certa visão de conforto e qualidade, e claro com visão “sustentável”, que é assunto na temática contemporânea, estar fora deste processo de visão e inadmissível.

Penso que “pautar” é necessário porque oferece oportunidades com visão “prospectiva”, o grupo de trabalho do IAB-RS tem se esforçado em querer pautar as necessidades talvez básicas, mais forçosas para colocar nas discussões e debates que são necessários com miras ao futuro, mais e bom termo lembrar que o futuro é agora, por isso das prioridades são colocadas com o intuito talvez de procurar novas perspectivas.

Goiânia, 24 de Agosto de 2012
Arq. Jorge Villavisencio

sábado, 11 de agosto de 2012

ÍNDICE: Blog - arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (6° Parte)

ÍNDICE: Blog -  arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (6° Parte) Índice – (Março 2009 a Dezembro 2013)



2013
Dezembro 2013
205. A comutação entre o diálogo e o desenho. 14/12/13
Novembro 2013
204. Percepções contemporâneas da publicação de revistas de arquitetura e urbanismo. 05/11/13
Outubro 2013
203. Perspectivas dos arquitetos e urbanistas do Brasil. 28/10/2013
202. A intenção entre a teoria e a pratica da arquitetura. 12/10/13
Setembro 2013
201. A função da cidade mundial. 04/09/2013
Agosto 2013
200. Questões de mobilidade urbana a ser repensadas. 28/08/2013
Julho 2013
199. Eventos em Sudamérica sobre Arquitetura Hospitalar. 31/07/2013
Maio 2013
198. Michel Foucault: o nascimento do hospital moderno. 02/05/2013
Abril 2013
197. Arquitetura Hospitalar em Buenos Aires. (2013). 08/04/13
Março 2013
196. 10 motivos para contar com a ajuda de um arquiteto. 03/03/13
Fevereiro 2013
195. Hugo Segawa em Goiás. 25/02/13
194. Evento FAU/PUCP 2013. 24/02/2013
193. Ambiência na saúde: informação sobre o curso. 04/02/13
Janeiro – 2013
192. Adolfo Córdova: e suas percepções sobre a arquitetura do Perú. 23/01/2013
191. O sentido da modernidade brasileira. 13/01/13

2012
190. Niemeyer é seu legado de cultura arquitetônica. 07/12/12
Novembro – 2012
189. Cidades, edifícios: aspectos tecnológicos – infiltrações... 12/11/12
Outubro – 2012
188. Casa do Baile na Pampulha em Belo Horizonte: um... 01/10/12
Setembro – 2012
187. Ensino da arquitetura (Segunda parte)... 24/09/12
186. Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro... 10/09/12
Agosto – 2012
185. Le Corbusier: e suas propostas de cidades... 27/08/12
184. Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea... 24/08/12
183. ÍNDICE: Blog - arquitecturavillavisencio – Arquitetura... 11/08/12
182. RIO+20: na busca de novas perspectivas. 05/08/12
Julho - 2012
181. O parque das Oliveiras de San Isidro – Lima: num..., 16/07/12
Junho – 2012
180. Giedion: na visão inspiradora de prospectiva moderna, 15/06/12
179. Olhar para o futuro: Agenda 21 – mais o futuro é agora, 07/06/12
Maio – 2012
178. Mindlin: na procura do equilíbrio moderno da arquitetura, 29/05/12
177. Arquitetura moderna e contemporânea brasileira: es...,03/05/12
Abril – 2012
176. Goiania y su Centro de Cultura “Oscar Niemeyer”, 23/04/12
175. Attilio Correa Lima: nos primórdios da arquitetura..., 13/04/12
174. O intrinsico da criatividade na arquitetura, 08/04/12
Março – 2012
173. São Paulo: onde todo começo do passado ao presente..., 24/03/12
172. Cusco: a cidade das varias percepções, 11/03/12
Fevereiro – 2012
171. Inclusão urbana, na visão de Paulo Ormindo de Azevedo, 26/02/12
170. Glusberg: idealizando um constructo, 10/02/12
Janeiro – 2012
169. Legorreta: uma arquitetura contemporânea com entusiasta, 27/01/12
168. Souto de Moura e seu Pritzker, 11/01/12

2011 
Dezembro – 2011
167. Arquitetura: redes, imagens e o imaginário, 27/12/11
166. Zaha Hadid e sua inquietude sobre a arquitetura, 01/12/11
Novembro – 2011
165. Paraná na Exposição Brasileira em Barcelona, 24/11/11
164. Seoane Ros e seu edifício da Diagonal: na procura ..., 13/11/11
163. Trianon Paulista: a área verde cosmopolita que pre..., 02/11/11
Outubro – 2011
162. Unidade na Diversidade: Candidatura para o Conselho de Arquitetos e Urbanista do Brasil, 09/10/11 161. Peter Behrens: o impulso lírico sobre a semiótica, 02/10/11
Setembro – 2011
160. Estruturas tensionadas e sua versatilidade da forma,17/09/11
159. Machu Picchu: a importância do primeiro centenário, 01/09/11
Agosto – 2011
158. A invenção do espaço construído, 16/08/11 157. Piura: e sua mirada na procura da prospecção urbana, 07/08/11
Julho - 2011 
156. Índice – (Janeiro 2011 a Julho 2011) Blog: arquitecturavillavisencio – Terceira Parte.
155. Elder Rocha Lima y su guía arquitectónica sentimental 24/07/11
154. Roberto Segre: sus visiones de la arquitectura Latinoamericana 14/07/11
153. FAUA/UNI: o decálogo dos 100 anos intensos do ensi... 01/07/11
Junho – 2011
152. Goiânia e sua representação da historia arquitetôn... 11/06/11
151. Holanda: percepções preventivas no espaço urbano e... 02/06/11
Maio – 2011
150. Circuitos da Arquitetura Moderna Brasileira na cid... 24/05/11
149. Pampulha: o pensamento de visão moderna da arquite... 14/05/11
148. Edifício Martinelli: o processo de verticalização... 06/05/11
147. Estatísticas, arquitetura, urbanismo e textos: alg. 01/05/11
Abril – 2011
146. Vidro na arquitetura: visão de síntese utilitarista 20/04/11
145. Arquitetura Hospitalaria na cidade de Buenos Aires... 11/04/11
144. Belém: uma questão de identidade arquitetônica 02/04/11
Março – 2011
143. Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) Rio de Janeiro 27/01/11
142. Evento en Lima-Perú - CICLO DE CONFERENCIAS: HOMBR... 07/03/11
141. Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspirado... 02/03/11
Fevereiro – 2011
140. Sustentabilidade: a arquitetura na vivenda unifamiliar 15/02/11
139. Kandinsky: e suas relações com a Escola das artes 06/02/11
Janeiro – 2011
138. Catedral de Rio de Janeiro e seu lado formalista 27/01/11
137. Desastres naturais: historia urbana de Lima do séc. 13/01/2011
136. Sustentabilidade é a busca da XI Conferencia das Cidades 04/01/11
135. Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (2° Parte)

2010
Dezembro - 2010
134. Conselho de Arquitetos e Urbanistas do Brasil – CAU. 21/12/10
133. James Stirling e o inquietante mundo dos estilos arquitetônicos. 15/12/10
132. Michel Foucault y sus teorías de la arquitectura hospitalaria: analogías en la busca de nuevos conceptos espaciales. 04/12/10
Novembro – 2010
131. O expressionismo na busca da plasticidade do movimento moderno do estilo “De Sitlj”. 24/11/10 130. Kenzo Tange (丹下健三): arquitetura moderna. 14/11/10
129. Conceitos das teorias da arquitetura moderna de Le Corbusier. 04/11/10
Outubro – 2010
128. Escola de Chicago – entre o lado formal e as novas tecnologias construtivas modernas. 19/10/10
127. Rafael Marquina – visualizando sua arquitetura hospitalar. 13/10/10
126. Mario Vargas Llosa – Premio Nobel na Arte da Literatura. 10/10/10
125. Adolf Loos – arquiteto moderno funcionalista. 03/10/10
Setembro – 2010
124. Arquitetura Hospitalar em Latino America 24/09/10
123. Arquitetura – construção ecológica. 23/09/10
122. Art Nouveau – Arquitetura Moderna 19/09/10
121. Historiografia da arquitetura moderna (1 Parte) 11/09/10
120. Índice (06/03/2009 a 07/09/2010) blog: arquitecturavillavisencio 07/09/10
119. Louis I. Kahn: arquitetura moderna 05/09/10
Agosto - 2010
118. Art Déco: arquitetura moderna do século XX 24/08/10
117. Urbanismo moderno no Brasil 17/08/10 116. De Idea a Ideal – sustinere. 15/08/10
115. Cartesiano e o Sustentável 12/08/10
114. Mies van der Rohe magnetismo da sua arquitetura mo... 09/08/10
113. Arquitectura: Edificio de la Facultad de Arquitect... 04/08/10
Julho - 2010
112. Enseñanza de la Arquitectura (Primera Parte) 31/07/10
111. Arquitectura: Galería del Rock (1963) de São Paulo... 18/07/10
110. Le Corbusier - Charles Édouard Jeanneret-Gris 11/07/10
109. Sustentabilidad: arquitectura y urbanismo 04/07/10
Junho - 2010
108. COPAN – entre o côncavo e o convexo. 28/06/10
107. Ensino da Arquitetura: FAUA/UNI nos seus primeiros... 20/06/10
106. Urbanismo: Cartografia e o Imaginário Urbano. 08/06/10
105. Carta de Atenas – 3 Parte. 01/06/10
104. Arquitetura: condições contemporâneas sobre o meio...
Maio - 2010
103. IAB – Goiás 14/05/10
102. A metodologia do projeto arquitetônico 11/05/10
101. Arquitetura e a Pintura contextualizam: a visão de... 06/05/10
100. Brasília – do passado ao presente. 01/05/10
Abril - 2010
99. João Filgueiras Lima – Lelé em Anápolis 2010. 22/04/10
98. Frank Lloyd Wright 18/04/10
97. Processo Arquitetural 11/04/10
96. Sustentabilidade Urbana 06/04/10
95. EREA GOIÂNIA 2010 05/04/10
Março - 2010
94. Carta de Atenas – 2 Parte. 29/03/10
93. Carta de Atenas – 1 Parte. 28/03/10
92. A historia da preservação - HTC 25/03/10
91. O que é certo e o que está errado no ambiente físi... 25/03/10
90. Arquitetura Sustentável No. 02 19/03/10
89. Arquitectura Sustentable o Sostenible 19/03/10
88. Método e intenção na concepção arquitetônica 01/03/10 de
87. Fatos e Modelos na arquitetura 01/03/10
86. Uma abordagem possível à gestão do desenho 01/03/10
85. A arquitetura de Rafael Moneo. 01/03/10
Fevereiro - 2010
84. Percepção e construir o conceito 27/02/10
83. As Contradições Culturais do Capitalismo 27/02/10
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domingo, 5 de agosto de 2012

RIO+20: na busca de novas perspectivas.

RIO+20: na busca de novas perspectivas.
Critica: Arq. Jorge Villavisencio

No mês de junho de 2012 se realizo a Conferencia sobre das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na cidade de Rio de Janeiro. O RIO+20 que na realidade é uma readequação da partitura do que foi visto na Agenda 21 esta que foi realizada na mesma cidade no dia 14 de junho de 1992. Sem duvida tendo transcorrido 20 anos, o momento e as realidades em termo globais são diferentes, mais considero que os temas apresentados – em termos de síntese foi uma revisão das metas propostas na Agenda 21 de 1992.

F.001 – Área tropical, no bioma da folha seca isto favorece a mata ciliar.
Fonte: Time Live (1965)

No inicio dos trabalhos da Conferencia forem conteúdos generalistas e de fato não tiveram os “consensos” esperados, primeiro porque nas metas planejadas na Agenda 21 – não tiverem resultados previstos nas questões ambientais; segundo que foi em forma “redundante” de hoje as economias globais em especial as de Europa Central e nos Estados Unido não são as mesmas, e claro das não participações pelos Presidentes de Alemanha e Estados Unidos, como si fosse algo de tanta importância, porque ao final de contas as delegações desses países participarem, então sim forem representadas.

A terceira foi de chegar a “consensos”, o que não aconteceu já que o país anfitrião (Brasil) teve que tomar as coordenações antes da chegada dos presidentes. E oportuno dizer por mais que o país anfitrião proporcionem as “condições” para o evento, nem sempre consegue chegar a algum assunto netamente conclusivo, mais bem penso que chegam alguns “avances” que despertem o interesse e claro especialmente dentro da esfera “cultural”. Sem sombra de duvidas o processo e o proceder das formas como se realiza a “cultura” em forma consensual ate espontânea são as verdadeiras essências do proceder porque nos pensamentos analógicos quem faz e o “povo” no sentido amplo e a grande resposta que todos esperamos, o respeito ao meio ambiente é traduzido em “poder cultura” a máxima expressão que sociedade espera.

F.002 – As mares do vai e vêm – algas marinhas isso favorece as margens dos litorais.
Fonte: Time Live (1965)

Mais na arquitetura e no urbanismo tem como promover visões com miras para a “sustentabilidade” nesta questão ambiental, claro dentro de uma morfologia urbana, esta é, dentro que estas sejam adotadas nas políticas urbanas como de ordenamento territorial e do planejamento urbano, penso que bem definidas por Liza Maria Souza de Andrade onde diz: “um maior equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e conservação do solo dedicado à atividade agrícola e florestal, assim como as zonas verdes destinadas ócio; conservação do solo, dos ecossistemas e dos entornos naturais; mescla de funções urbanas e equilíbrio entre habitação e trabalho; diversidade social nos bairros e nos próprios edifícios; proteção da qualidade do ar e da água; redução de moléstias causadas pelo ruído; gestão de resíduos e por ultimo preservação dos conjuntos urbanos de interesse e do patrimônio histórico e imobiliário” (Reabilita, Marta Bustos Romero, p.388 – FAU/UNB. Brasília, 2009).

F.003 – O equilíbrio da explosão – a lava vulcânica nascem às esporas, Vulcão Nyamlagria no Congo, África.
Fonte: Time Live (1965)

Penso que esses apontamentos são (assim penso) a forma correta de atuar nas questões do urbanismo e da própria arquitetura, poderia dizer que o indicado pela arquiteta Liza Andrade traduz bem a forma conceitual de síntese de alguns lineamentos, mais tem que ter a bondade política que nem sempre são os interesses dos nossos políticos, o poder econômico de umas poucas minorias em muitos casos faz prevalecer acima das maiorias.
Como bem o expõe o filosofo Jean-François Lyotard em seu livro a Condição Pôs moderna onde diz “que a condição pós moderna assume um laço social como vinculo múltiplas com pregas cada vez mais intrincados e incompreensíveis que tem formas constantes e mudança. E que as características deste laço social obstaculiza a consolidação dos grandes relatos entre a historia e a ciência...”. Como e lógico estas constantes mudanças que são provocadas por um dês-norteamento de percepção das pessoas, mais no caso ambiental temos sim alguns avances no sentido que pelo menos existe uma preocupação com miras para a sustentabilidade ambiental do planeta.

F.004 – Ritmos, ciclos e relógios – certos mecanismo medem exatamente a posição do sol e relacionam o ritmo do nosso planeta.
Fonte: Time Live (1965)

Mais nos temas discutidos no RIO+20 existe um pensamento que alertam contra o “catastrofismo” estes apontados pelos experientes e importantes científicos como: William Happer (Universidade de Princeton) onde sintetiza que o aumento de gás carbônico na atmosfera pode até aumentar a agricultura – e que não faz sentido de uma catástrofe; o de José Bueno Conti (USP) onde assevera que o homem interfere no clima – mais só em escala local; o professor da MIT (instituto de Tecnologia de Massachusetts) Richard Lindzen onde diz: que as mudanças climáticas fazem parte da historia da terra, “o homem tem pouca influencia sobre isso e não há muito que fazer para mudar o que esta acontecendo”.

F.005 – A natureza morta e as plantas ressecas são lembranças de uma vida no deserto, lugar de Novo México – Será que nosso planeta merece isso?
Fonte: Time Live (1965)

Também o importante cientifico ambientalista – alguns o consideram como o guru desta área James Lovelock, onde ele chego afirmar que seria muito tarde para salvar o planeta. Mais agora Lovelock admite que as mudanças climáticas “não e tão rápida nem catastrófica como imaginava”. Mais sem duvida não são tão catastróficas (ver imagem F.005), mais deixam o que pensar?, no Rio + 20 expressam que se precisaria 1.3 trilhões de dólares para amenizar o dano causado, tanto assim que USA e Alemanha não estão comprometidos, mais a diferença da China num esforço econômico em quere amenizar.

Mais entendamos que a economia e uma parte da problemática e que só com tríplice que é: “ o ambiental, o econômico, e o social” são as esferas que devem estar interligadas como visão integra e não deve ser vista de forma parcial, talvez como alguns querem? Também considero que em parte do dito por Lovelock, Happer, Lindzen, Luís Carlos Moión e Bueno Conti, tem fundamento com a caracterização de afeções de nível “regional”, só como exemplo no cerrado central do Brasil a chuva passou de 120 mm. para 200 mm., esta significa que como as cidades desta região não estão preparadas para receber inundações, talvez por pela falta de infraestrutura apropriada para poder afrontar estas calamidades, assim como visto em estes ultimo tempos na cidade de Petrópolis ou Santa Catarina.

Penso que devemos preparar para os desastres mais que cada vez ser tornaram mais frequentes. Trabalhos científicos, publicações, textos, livros, conferencias, palestras, são médios expressivos – porque estamos de acordo que a “prevenção” e melhor forma de evitar estas possíveis catástrofes, não e possível que cada vez que aconteçam umas destas, recém pensemos como remediar, e como pensar si a cidade e sua arquitetura tivesse feitos de “puxadinhos” – o planejamento tem que prever estas formas com visão “prospectiva” mais coerente com nossa realidade contemporânea, rever pensamentos do passado que possam estar presentes, mais concordantes, mais harmônicos com as verdadeiras necessidades no preservar e cuidar para as gerações futuras, não tem como não ser assim.

F.006 – A recuperação da vida do homem, da fauna e da flora – Não tem duvida que a “sustentabilidade” se da no “preservar e cuidar”, uma consciência que deve estar na cultura do povo.
Fonte: Time Live (1965)

A “cultura” como maior expressão dos homens que se derem no tempo-espaço – o verdadeiro “poder” de todos e não de alguns como se pensa interesses de todos para um planeta que busca sua própria sustentabilidade, penso que no Rio + 20 si bem e certo que não se cumpriu com as metas estabelecidas na Agenda 21 (1992), pelo menos crio “consciência” ambiental, isso já é um grande ganho. Tanto assim que se pensa criar uma “Organização Mundial Ambiental”, no Rio + 20 estiverem 193 países representados, e como sabemos o Ministro Antônio Patriota diz que este deve evoluir de baixo para acima, claro as bases que da sustento para que nos represente, isso e forma correta, e não de cima para baixo, como alguns países que praticam essa politica que esta errada, escutar “ouvir” e pertinente e necessário para poder vislumbrar novas possíveis fontes de inspiração, é sem duvida a arte de projetar tem essa virtude – “buscar novas perspectivas” – titulo do nosso ensaio.

F.007 – As muitas regiões do nosso planeta tem caraterísticas similares – nesta imagem acima se refere nas savanas (pampas) da África, mais poderiam ser na América do Sul ou na Austrália.
Fonte: Time Live (1965)

Para terminar e bom lembrar o que foi dito na conferencia do Rio + 20, que a reunião foi pouco ambiciosa e inócua, mais não atrapalha o futuro, às vezes e necessário ser um pouco mesurado, primeiro por serem o país anfitrião, mais o que faltou e “previsão”, si existia a possibilidade de não chegar a um acordo, antes da chegada dos presidentes, teríamos que ter um plano alternativo, pareceria que se desbarato, faltou previsão, si se sabia do cenário que estamos vivendo em espacial da crise econômica que de alguma maneira afeta a todo o planeta, mais nas outras duas bases deste tripé o ambiental (que esta dentro da mirada cultural) e o social ainda esta de pé com as produções que ainda são possíveis de enfrentar e verificar, tanto assim que no ano 2015 pensa-se reunir para ver si as metas que forem discutidas, e claro não esperar mais 20 anos para ter outra conferencia, e certo que o Brasil tem enormes ganhos pelas estas duas experiências no Rio de Janeiro.

Mais quedam muitas duvidas dos relatos e discursos que forem tratados no Rio + 20, em nossa opinião: metas não definidas, a procura de uma visão clara onde queremos chegar, não tem financiamento, em fim poderia enumerar uma serie de contrapartidas, mais pensado de forma mais positiva – o positivismo como maneira cientifica de encarar a problemática – demostrar são formas do ser racional, mais ver, olhar em ambos os lados o certo e o errado, e não pensar que tudo o que se diz esta certo, tem muito assunto que esta certo mais precisa ser “re-pensado”, e o que esta errado e se demostra que esta errado através do positivismo deve ser descartado, mais ter o conhecimento que esta errado, são os discursos contemporâneos, reestruturar o que esta sem lineamentos claros e inócuos são evidencias de pouco conhecimento cientifico, temos muitas hipótese, muitas interrogantes, então temos ate por obrigação colocar na praticas as investigações (pesquisas) que sejam demostradas através das teses, sabemos que não e uma tarefa fácil, mais nada e fácil quando se trabalha com a razão, e um principio moderno, legal e realista de encarar o futuro que ao final e de todos.

F.008 – Na revista do Time Live do ano de 1965 (versão em espanhol), inicialmente publicada em inglês no ano de 1963, já fazia algumas advertências de como devemos olhar para nosso planeta os textos de Peter Farb esta publicação esta dividida em oito capítulos que são: O tecido que abrange tudo; Coexistência da comunidade; Os porquês dos seres vivos estão donde extam; Ritmos, ciclos e relógios; Auxilio mutuo entre dentes e unhas; Os aptos e não aptos; O aumento e o descenso das populações; O homem contra a natureza – Os principais biomas do mundo.
Fonte: Time Live (1965)

Quando falamos da questão sobre o médio ambiente e da ecologia, que no final é o estudo das relações entre os organismos e seu meio, e entre esses mesmos, e sem duvida será o meio mais popular que a ciência possa estudar nos próximos anos, o homem tem-se dado conta que não pode ser mais um ente em que explora indiscriminadamente aos outros, neste caso a natureza e suas riquezas, temos que ser realistas, temos que adaptar-se a natureza, modificar tem consequências altas e sem sustentabilidade, temos que pensar em energias limpas e renováveis, temos que criar uma cultura que cria um profundo respeito ao meio ambiente, temos que ser mais honestos com o futuro do planeta, a natureza ela é sabia e sabe muito bem seus caminhos, assim sempre foi, assim sempre será.

Nosso olhar e para o futuro onde seja mais concordante com as necessidades dos povos, e não se trata só de deixar ambiente sano para as gerações futuras, mais sim cumprir com nossas obrigações de cidadãos. E nos arquitetos e urbanistas que construímos cidades e edifícios, temos um importante papel na sociedade, alias implementar cultura ambiental e tecnologia de ponta que respeite a natureza é um comum denominador, como pensamento contemporâneo que busca perspectivas mais prospectivas.

Goiânia, 5 de Agosto de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia

FARB, Peter; Ecologia – coleção de la naturelaza em español, Ed. Offset Multicolor S. A., Mexico DF., 1965. [Titulo original em inglês: Living Earth publicado por Harper & Row, Time Inc., New York, 1963}

BUSTOS Romero, Marta (org); Reabilita – Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística, Universidade Nacional de Brasília, Brasília DF., 2009.

Jornal Opção; pag. A-26 – Economia de 24 a 30 Junho de 2012, Goiânia, 2012.

GUTIÉRREZ, Ramón; Arquitectura Latinoamericana em el siglo XX, Epígrafe S. A. Editora, Editoriale Jaca Books, Milão, 1996.