miércoles, 16 de marzo de 2011

Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) Rio de Janeiro: e sua arquitetura de visão moderna.

Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) Rio de Janeiro: e sua arquitetura de visão moderna.
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio

O presente ensaio é sobre a arquitetura do importante edifício do Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) localizado na antiga Capital do Brasil na cidade de Rio de Janeiro, tem considerações conotativas baseadas principalmente na sua arquitetura e de suas relações de ordem abstrato e histórico, este se deve a suas origens de como foi seu conceito formal/funcional, e evidente que este edifício cumpre um papel preponderante na arquitetura moderna brasileira e internacional, e da excelente visão em prospecção do Ministro Gustavo Capanema (1900-1985). Hoje o edifício é conhecido como Palácio Gustavo Capanema.


F.1 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

Como primeira medida a presença de Capanema neste processo teve considerações muitos amplas de juízo (valorações) atribuídas nas relações da arquitetura moderna e procura de imediato como podia aproveitar a situação, se consegue construir a primeira obra de caráter monumental (Bruand 2008:81) mais o momento histórico da arquitetura moderna de considerações internacionais traz com premissa estes conceitos de primazia da época tanto Gropius como Mies van der Rohe tinha proposto varias obras como escolas, indústrias, usinas, etc. Mais a presença de Le Corbusier na segunda estadia no Brasil por volta do ano de 1935 teve considerações mais amplas já que tinha participado de vários projetos de Palácios, assunto de pertinência visionaria do Ministro Capanema. Penso que não foi tão fácil já que no ano de 1935 tiverem participado no concurso de anteprojetos arquitetônicos, mais a presença de Capanema foi fundamental já que ele solicita ser parte do júri, alem e claro da pressão por parte dos academistas da Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro.


F.2 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

A importância do arquiteto Lucio Costa teve papel fundamental neste processo, já que foi encarregado para falar com Capanema da acuidade da contratação de um consultor, com escolha foi o arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965) no entanto, como o empreendimento que tinha como objetivo primordial da vinda de Le Corbusier: o Ministério da Educação e Saúde. Desta vez a ligação do mestre Le Corbusier pode produzir todos os frutos, materializando-se na construção do edifício que iria assumir papel decisivo no desenvolvimento da arquitetura brasileira o mesmo internacional (Bruand 2008:83).

Também a presencia de Lucio Costa e dos arquitetos cariocas funcionalistas como Reidy e Moreira que apresentarem anteprojetos anteriormente de forma individual, A fragilidade e a falta de pujança que caracterizavam até então a arquitetura funcionalista brasileira eram de conhecimento de seus principais arquitetos, razão porque desejavam a vinda de Le Corbusier, que poderia arrancá-los da rotina que estavam submetidos (Bruand 2008:83)


F.3 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte: Google Earth (2009)

A vinda de Le Corbusier trouxe os frutos esperados, mais na minha maneira de ver penso que a procura de uma arquitetura internacional e monumental que tinha essas argüições, estes eventos eram comuns e quiçá interpretados pela historia da arquitetura, a realidade estava presente os termos racionais, funcionais, estéticos, industriais eram levados (visão de progresso, calculo e avance) pela importância produzida no espaço-tempo e claro como produto das entre guerras mundiais.

Mais a minha percepção do edifício e seu entorno urbano teve em si uma sensibilidade muito ampla já que participação da cidade esta presente e sentimento de “cooperação” do edifício, a cidade circula dentro das competências edilícias. As instalações e funções da cidade – cooperação, comunicação e comunhão, encontro misturas e mobilização – exigem um recipiente onde uma ampla diversidade de atividades possa ter lugar simultaneamente (Mumford 2008:410-412)
O efeito do principio corbusiano se faz presente com o ideal de esta magnífica obra do edifício sobre “pilotis”, princípios ditos na Carta de Atenas de 1933 – sobre nas utopias urbanas.


F.4 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

Le Corbusier como convidado por Capanema para ser participe/orientador do projeto arquitetônico leva a seus autores o grupo de arquitetos brasileiros a imbuir-se nesta relação edifício-cidade. Essa concepção dos pilotis, eu a tinha exposto há muito tempo a Auguste Perret e era uma concepção de uma ordem, porém podia responder a uma necessidade verdadeira. (Le Corbusier {1923} 2009:37). Posteriormente na segunda metade dos anos 50 se consolida estes princípios urbanos com a construção da nova capital Brasília.


F.5 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

Si bem e certo que a equipe brasileira foi coordenada pelo mestre Le Corbusier (1887-1965) baixo a idéias do Esprit Noveau, teve conotações baseados em três conceitos que são: a preocupação com os métodos de trabalho; problemas formais; a valorização dos elementos locais (Bruand 2008:90-91) estes conceitos forem plasmados no projeto arquitetônico que duro nos anos de 1935 a 1936. A realização da obra durou 4 anos, entre os anos de 1939 a 1943.
Mais as equipe de jovens arquitetos brasileiros que realizarem o projeto de arquitetura forem: Lucio Costa (1902-1998); Affonso Eduardo Reidy (1909-1964); Ernani Mendes de Vasconcelos (1912-1989); Carlos Leão (1906-1983); Jorge Machado Moreira (1904-1992); Oscar Niemeyer (1907-), este ultimo substitui a Lucio Costa para o termino final do projeto. Não podemos esquecer a participação do artista plástico Candido Portinari (1903-1962) e do arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994).


F.6 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

E evidente que esta obra tem condições especiais alem das formais dos prismas puristas (sólidos platônicos) de formato ortogonal, vejamos algumas delas: o uso do brise-soleil proposto por Le Corbusier no ano de 1933 em seus projetos para a cidade de Alger (Bruand 2008:87) na fachada norte, diferente da fachada Sul (ver imagens F.1 e F.2); a questão funcionalista foi resultado da planta livre a traves de uma estrutura bastante cartesiana – a localização da estrutura em forma de “planta livre” permite que dentro dos ambientes – especificamente da funcionabilidade da obra pudesse ter a “flexibilidade” esperada. Alem que as divisões em alguns dos casos forem a meia altura, provocando assim uma integração entre as pessoas que trabalham nesse setor.

Como tínhamos explicado anteriormente a liberação da planta sobre “pilotis” facilito a integração com o entorno urbano e a cidade. Le Corbusier previa três volumes distintos, todos, todos sobre pilotis: o bloco principal, a sala de exposições (perpendicular ao bloco principal) e o salão de conferencias (situado transversalmente a sala de exposições).Este desenho foi utilizado como ponto de partida, e as formas sugeridas pelo arquiteto consultado foram cuidadosamente conservadas... (Bruand 2008:88).

Podemos ver os partido arquitetônico teórico-conceitual das primeiras propostas de Le Corbusier forem mantidas pela equipe de arquitetos brasileiros. E evidente que a assessoria/orientação de Le Corbusier tinha questões conotativas mais amplas que fazer um projeto, penso que tanto ele, como a equipe brasileira tinham convicção que o Projeto do Edifício do Ministério de Educação e Saúde trairia uma nova forma de pensar da arquitetura moderna, assunto que a historia da arquitetura registra este fato não só no ambiente no espaço brasileiro, mais essa busca incessante do internacionalismo da nova arquitetura.


F.7 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

Devemos registrar os trabalhos dos painéis das pinturas do artista plástico Candido Portinari (ver imagem F.7), que deu certo ar de prestança e vanguardismo provocado, forem vários painéis finamente trabalhados entorno ao edifício, e como nos sabemos cumpria a função de proteção nas paredes externas.
Os princípios, que sistematicamente defendia e que há vários anos os arquitetos de vanguarda haviam adotado sem reservas, não se reduziam a um conjunto de idéias essencialmente abstratas, adquiriam uma vida nova e uma flexibilidade até então desconhecida, quanto o autor levou a pratica as inúmeras aplicações que dele se podia fazer. Tanto sobre o ponto de vista especifico do Ministério de Educação e Saúde, a contribuição de Le Corbusier permite extrair... (Bruand 2008:89).


F.8 - Ministério de Educação e Saúde (1936) – Rio de Janeiro
Fonte Fotográfica: Jorge Villavisencio (2011)

Assim toda a equipe de arquitetos brasileiros participantes puderem extrair as essências como o explica Yves Brunad. Lembremos que era na década dos anos 30 a arquitetura procurava novas formas de pensar, penso que saindo um pouco do racionalismo das obras da época, a busca de uma forma abstrata deu esse novo sentido – poderia se pensar que esta obra abre um novo marco da arquitetura brasileira e internacional, outros países em America do Sul se inspirarem nesta obra, como exemplo do caso do Ministério de Educação na cidade de Lima nos inícios dos anos 50, obra do arquiteto peruano Enrique Seoane Ros.

Lembremos também que posteriormente a esta obra do professor Oscar Niemeyer inicia seu primeiro trabalho individual do projeto moderno da Pampulha em Belo Horizonte, que teve considerações que forem plasmadas nesta visão moderna e de forma abstrata de fazer arquitetura. Obviamente nas conotações imbuídas de Le Corbusier trouxe como conseqüência este novo espírito, que na minha visão são atemporais, por isso é que este tipo de obra será como tema de estudo e analise que discorreram como base das essências da historia da arquitetura moderna.

Goiania, 16 de Março de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio

Bibliografia

BRUAND, Yves; Arquitetura contemporânea no Brasil, Editora Perspectiva, São Paulo, 2008.
MUMFORD, Lewis; A cidade na historia: suas origens, transformações e perspectivas, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.
LE CORBUSIER; Por uma Arquitetura, Titulo Original em Frances: Vers une Architecture {1923}, Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.

lunes, 7 de marzo de 2011

Evento en Lima-Perú - CICLO DE CONFERENCIAS: HOMBRE Y CIUDAD EN LA GRAN LIMA

CICLO DE CONFERENCIAS: HOMBRE Y CIUDAD EN LA GRAN LIMA



El Centro Cultural Inca Garcilaso de la Cancillería del Perú viene organizando un ciclo de conferencias alrededor de Lima. Se trata de una mirada crítica en torno a un espacio llamado Lima, comprendiendo temporalmente, desde el mundo prehispánico hasta hoy, buscando una reflexión en torno al devenir de nuestra ciudad y su arquitectura, considerando el aporte de la historia. El evento se realizará durante el mes de marzo en la sede del centro cultural y el ingreso es libre.

Programa:

1. Arquitectura de Lima prehispánica: Historia y Conservación
José Canziani
Miércoles 09 de Marzo, 7:00 p.m.
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2.. Cartografías urbanas alrededor de Lima Virreinal
Isaac D. Sáenz
Miércoles 16 de Marzo, 7: 00 p.m.
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3. Lima de 1900: Arquitectura para un nuevo siglo
Elio Martuccelli
Miércoles, 23 de Marzo
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4. La Lima de hoy y su futuro.
Augusto Ortiz de Zevallos
Miércoles, 30 de Marzo, 7: 00 p.m.


Lugar:
Centro Cultural Inca Garcilaso
Ministerio de Relaciones Exteriores del Perú
Jr. Ucayali 391
Lima 1
Teléfono: (511)6232656 (511)6232656
Website: www.ccincagarcilaso.gob.pe/conferenciasprox.asp

Fuente:
http://www.iberarquitectura.blogspot.com/

miércoles, 2 de marzo de 2011

Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspiradoras de Walter Gropius

Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspiradoras de Walter Gropius
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio


Para a realização deste ensaio sobre a importante Escola de Arquitetura da Bauhaus na Alemanha tem conteúdos que sobrepõe aspectos teóricos dos pensamentos sobre a arquitetura e urbanismo e do enigmático professor o arquiteto Walter Gropius (1883-1969), a nossa maneira de ver é indissolúvel falar da Bauhaus, sem mencionar a Gropius, uma apreciação de ligação nas essências no espírito amplo das condições educacionais, penso que seja com fundamentos epistemológicos. É impossível que na historia de Gropius, separar um momento teórico do momento criativo ou pedagógico (Argan, 1957:11).

Fabrica da Fagus (1911-1912) em Alfeld de Walter Gropius e Adolf Meyer
Fonte: Modern Architeture (1969)

Nos inícios do ano de 1919 Walter Gropius assume a direção da Escola de Belas Artes de Weimar, esta foi fundada por Henri van de Velde (1883-1957), a Idea e de unir as diferentes correntes criadoras das artes. O seu objetivo era criar uma nova unidade entre as artes e ofícios (Tietz, 2008:33) e se forma a Escola de Arquitetura da Bauhaus em Weimar. Quando nos referimos a o inicio dos “fundamentos epistêmicos” penso que tem uma relação direta na maneira de pensar de Gropius que não só atinge só as artes, mais como pensamento “unitário” com especificidades sociais, econômicas, psicológicas...etc. Que imbui todo este pensamento teórico sobre a projeção arquitetural (Ludeña, 1989) com realizações com fundo pedagógico educacional. Do status pedagógico relativo das belas-artes, com Gropius defendendo a relativa autonomia das ultimas (Frampton 2008:147).

Estes processos em querer ter um caráter abrangente que não só tem condições culturais na arquitetura e na pintura. As praticas manuais e sensitivo visual este em intima interdependência com duas classes teóricas: o conjunto de idéias artísticas segundo as quais o produtor se ajusta consciente o involuntariamente... e as teorias que produzem as ciências humanas ocupadas nas artes e que incidem na produção... (Acha, 1979:81)

Escola da Bauhaus – Dessau – Walter Gropius
Fonte: Modern Architeture (1969)

Nas teorias sobre o ensino dos ofícios pretende preparar o desing para a produção em serie. Partindo dos instrumentos mais simples e das tarefas menos complicadas. Ele (o aprendiz da Bauhaus) vai aos poucos adquirindo capacidade de domínio dos problemas mais complexos e trabalhar com maquinas, ao mesmo tempo em que se mantém em contato com todo o processo de produção, do começo ao fim (Frampton 2008:150)

O ideal para a Bauhaus e que seus alunos conhecesse as “partes” da projeção arquitetural, desta forma poderia se entender a “unidade”, claro como elemento básico acadêmico, mais sim articular nas profundezas evidentemente com cavado epistemológico poderia intuir e imbuir-se a questionamentos de entidades “culturais” – quiçá uma visão do mundo mais consciente com as necessidades reais sujeito-objeto, uma racionalidade de extrema urgências, ungidos pelas guerras mundiais, nem sempre evitando uma serie de artífices que poderiam estar presentes, a organização que fundamenta os “ofícios” como necessidade de subsistência do ser, mais com aprimoramento reais e concretos nas técnicas que no futuro tem partituras que fundamenta a questão da “cultura”.

Escola da Bauhaus – Dessau (1912) Walter Gropius
Fonte: Giulio Argan (1957)

Si bem é certo que tanto das condições de essencialidade de Walter Gropius e de Le Corbusier tinham valores intrincados como acepções e condições que forem se aprimorando se no espaço-tempo da arquitetura moderna como “projeto” e não como atualmente como pensamento posmoderno de “perspectiva” que são assuntos muito diferentes, a busca de hoje e de pensamento na busca incessante de que um não conhece – rumo ao desconhecido – como se fossem pequenas e insuficientes tendências as inspirações de alguns arquitetos ou escritórios de arquitetura contemporâneos, na minha maneira de ver mais “preocupados pelo lado formalista” mais não estamos criando consciência ou cultura como projeto que se teve a modernidade, e inclusive personalidades de pensadores contemporâneos como Bell, Lyotrad, Habermas, Picó, Quijano entre outros tem explicado as diferencias entre o moderno e posmoderno, claro cada um com seu ponto de vista especifico [queremos dizer: questões imbuídas de especificidade própria dos pensadores] mais também não aclaram a direção o rumo que temos como ações posmoderna, mais bem como escavando pensamentos na busca de uma perspectiva que a posterior possa encontrar um modelo de projeto.

Tanto a escola da Bauhaus como Le Corbusier tinham claro que o primeiro seria o coletivo e segundo o individual, pensar e atuar desta maneira além criar um ambiente mais correto com as aspirações sociais – que era o que povo aclamava – como pensamento de vanguarda. Passando do término pedagógico aos sociais, trata-se de cobrir a distancia entre a cultura e a produção através da Revolução Industrial (Benevolo 2009:406) em termos a revolução e a maquina foi o momento de maior expressão e necessidade do povo. O interessante foi este recobrimento intelectual que foi desmitificado através das formas de fazer as artes, pero em formas grupais ou coletivas.


Escola da Artes – Weaton, Inglaterra (1937) Walter Gropius – M. Breuer
Fonte: Giulio Argan (1957)

No contexto artes-arquitetura se fundamenta pelo conhecimento profundo das condições espaciais em que para Giulio Argan aproveita (claro neste caso de forma do pensamento da Bauhaus) pero bem intuitiva, nas questões na “intelectualidade espacial” e coloca como exemplo Si cada divisão ou subdivisão corresponde a certo complexo de atos necessários e si todos os seus atos da sua vida que estão integrados pela função são igualmente necessários, todo compartimento espacial de uma planta racional tem um valor absoluto, é uma – unidade. A perfeita racionalidade de uma planta reconhece porque os espaços estão divididos qualquer que seja sua extensão de escala, entre se nivelam como valores espaciais absolutos; porque a mesma finalidade e claridade espacial volve-se encontrar em cada unidade; porque nenhum hiato (laguna) são espaços inertes ou formalmente imprecisos subsiste de forma concisa a economia da planta (Argan 1957:71). Estas questões da racionalidade espacial são momentos que são históricos nas essências pragmáticas que terminam sendo dominantes dentro da arquitetura, e não só se refere a questões de ordem projetual, mais com visão na busca de uma economia atrelada ao espaço criado.


Livro de Giulio Argam – Walter Gropius y el Bauhaus de 1957.

A desvinculação de Gropius com a historia da arquitetura foi oprimente para ele, tantos assim que ele teve que reconhecer a insuficiência “pensamento europeu” com uma experiência mais compressiva e muito distinta de seu temperamento. Ao ficar mais perto Wrigth não só tem um sentido de polemica de luta interior, encontra-se em todas as atitudes de Gropius, esta agudeza do “espírito critico” conclui na consciência mais clara sobre a historia. (Argan 1957:82-24). Em principio a critica da arquitetura busca encontrar as fenomenologias, (ajuizamentos/valorações de ordem de visões/percepções - seja positivo ou negativo) mais estas vinculadas nas teorias e na própria história da arquitetura, não conhecer ou desconhecer estes fatos das disciplinares como “partes” não se poderia fazer critica da arquitetura como um “todo” ficaria sem consistência, analogamente quando dizemos que a arquitetura esta composta por partes, para que posteriormente conheçamos [digo: entendamos, sensibilizemos de maneira arquitetural] o “todo”, que ao final de contas é a experiências compreensivas dos fatos “unitários”. A critica deve considerar se em términos de táticas e intenções, não em termos dos meio empregados (Attoe 1982:14)

Universidade de Harvard (1948) - Walter Gropius (maquete)
Fonte: Giulio Argan (1957)

A Bauhaus foi um exemplo típico de uma escola democrática baseada no principio da colaboração entre professores e alunos, ... o ensino pratico, chama a organização sobre a base unitária do som, da cor e da forma, estas integrava atitudes físicas e psíquicas dos seus alunos. Ela substituía a todo ensino humanístico ou catedrática; sua finalidade era habituar na percepção exata e clara dos fatos formais e imbuir ao aluno a uma espontânea disposição de enquadrar todo dado da experiência de um nítido contorno formal (Argan 1957:42-43)

E evidente que a escola de artes e ofícios da Bauhaus e seu mentor Walter Gropius tem uma influencia importante na arquitetura moderna e também contemporânea (assim penso) a forma de pensamentos se desdobram no tempo-espaço como uma espécie de feedback que vai e volta segundo seja as condições, ou de busca de condições que sejam relevantes na criação projetual, estas tem influído na arquitetura Latinoamerica como exemplo a Escola de Arquitetura, Urbanismo e Artes (1955) da Universidade Nacional de Engenharia de Lima, Peru – FAUA/UNI, projeto do Arquiteto Mario Bianco.

Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes – FAUA/UNI (1955) – Mario Bianco
Fonte: Fotografia (2010) Arq. Ilka Tancredi

As colocações sempre pertinentes do critico de arte italiano Lionello Venturi sintetiza bem o pensamento da Escola da Bauhaus e diz: A Bauhaus... constitui algo mais que uma escola de arte, é ponto de encontro de vários artistas, ligados a um interesse comum por uma arte nova, que se plasmaria de forma abstrata, a expressão positiva de uma consciência não só social mais sim unitariamente internacional: a expressão direta de uma realidade histórica de uma Europa democrática e socialista (Venturi, 2004:368)

Walter Gropius como inovador com relevâncias adequadas no seu tempo de ações projetuais aplicadas na indústria como mobiliário, maquinarias, locomotoras (diesel), acessórios, etc. A Bauhaus começou a orientar-se cada vez mais para um fabrico industrial (Düchtin, 2007:73)
E de aplicações no uso de estruturas em aço onde permite aplicar peles (fachadas) em vidro exemplo da Fabrica Fagus (1911-1912) com evolucionismo e utilização nas artes plásticas tem em si considerações muito amplas, ... a concepção de síntese estava demasiado ligada a ideai romântica de – obra total – para se adaptar a orientação cada vez mais funcionalista da Bauhaus sobre o plano de desing e da arquitetura (Düchtin, 2007:73)

Penso que existe uma espiritualidade que esta imbuída no pensamento da Bauhaus, de comprometimento social e cultural, que vai alem das fronteiras funcionais ou estéticas, uma filosofia de vanguarda com considerações conotativas com fundos epistêmico e acadêmico que derem no tempo-espaço, ações de pertinência de visões e percepções diferenciadas, por isso e matéria de estudo em todos os tempos de sua influencia atemporal na arquitetura e urbanismo.

Goiania, 22 de Fevereiro de 2011
Arq. Jorge Villavisencio

Bibliografía
ARGAN
, Giulio Carlo; Walter Gropius e El Bauhaus, Editorial Nueva Visión, Buenos Aires, 1957.
ACHA, Juan, Arte y Sociedad Latinoaméricana: Sistemas de producción, Ed. Fondo de Cultura Económica, México, 1979.
TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editado H.F. Ullmann Tandem Verlag GmbH, Colônia/São Paulo, 2008.
FRAMPTON, Kenneth; Historia crítica da arquitetura moderna, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.
BENEVOLO, Leonardo; Historia da arquitetura moderna, Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.
ATTOE, Wayne; La critica em la arquitetura como disciplina, Editorial Limusa, México, 1982.
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.
DÜCHTING, Hajo; Wassily Kandinsky: A revolução da pintura, Editora Taschen Gmbh, Colônia, 2007.
HOFMANN, Werner; KULTERMANN, Udo, Modern Architeture, The Viking Press Inc., New York, 1969.
VENTURI, Lionello; Historia de la Crítica del Arte, Random House Mondadori S.A., Barcelona, 2004.