sábado, 17 de septiembre de 2011

Estruturas tensionadas e sua versatilidade da forma

Estruturas tensionadas e sua versatilidade da forma
Critica: Arq. Jorge Villavisencio



As estruturas tensionadas ou também alguns a denominam como arquitetura têxtil, tem levado nestes últimos anos a sua utilização especialmente nos campos de uma arquitetura e da própria da execução de sua obra – inicialmente poderíamos pensar, mas nos aspectos formais que nos funcionais, mais penso que ambas são instancias que faz que este tipo de proposta possa de alguma maneira estar atrelada uma na outra.

F.1 – Mercado Ver-o-Peso – Belém
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Penso inicialmente a trajetória dos esforços que estas estruturas se apresentam – mais a utilização destas tem varias forma de usos, elas podem ser vistas como uma forma rápida de execução da obra, com uma leveza e plasticidade que faz parte do convívio da arquitetura. Nas membranas que se forma através de suas estruturas de alguma maneira em que as partes de alguma coisa em que se relaciona para formar esse todo, pelas tanto suas formas naturais entre sim formam todas as formas criadas pelo seres humanos que se compõe através de sua estrutura.


Mais lembremos que a arquitetura esta composta por partes-partes e de essas partes podemos compreender as parte-todo (Ludeña, 1997), dentre deste ponto de vistas teórico tem um embasamento profundo do entendimento da forma, nem sempre podemos entender o conjunto da obra sem entender as partes, só para lembrar a obra de Hans Hollein do projeto do Interbank de Lima (2000-2001) o a obra do Museu Guggenheim de Frank Gehry na cidade de Bilbao (1997), claro entre muitas obras que só podem ser analisadas as partes para entender o todo, o conjunto da arte da arquitetura.


F.2 – Mercado Ver-o-Peso – Belém
Fonte: Jorge Villavisencio (2011)


Mais o efeito durabilidade esta presente, mais isso pode ser minimizado - efeito de “manutenção freqüente” entenda que a melhor forma de antecipar certos desconfortos é através de dos programas de usos, e como e lógico aos programar estamos antecipando algum fato que possa ocorrer. Este sistema estrutural pode ser de dos tipos: por compressão e por tração, dependendo da proposta de solução na edificação. Este tem muito com o tipo de vãos que queira se atender, nem sempre outros tios de materiais possam atender, e claro o efeito do “rápido e seguro”.
Porque sem duvida não tem forma sem estrutura, nem estrutura sem forma, e tida a forma na maneira que cumpre uma determinada função (Claux, 2005:137)


F.3 – Estruturas Tensionadas – por compressão com apoio exterior
Fonte: H. Engel


Heinrich Engel no seu livro Sistemas Estruturais, apresenta de forma síntese diversas formas de soluções, sem divida Engel faz um estudo e ensaios minucioso “para os arquitetos” poucas vezes (assim penso) que se apresentam teorias tão persuasivas nos sentido na buscas da própria estabilidade formal, claro sem a utilização excessiva do calculo matemático, acho que a arquitetura busca mais os elementos geométricos da composição da estrutura que ela busca, poderíamos interpretar como o verdadeiro suporte que a natureza nos dá, para sobreviver os animais os vegetais tem resistir pressões e forças exercidas sobre eles e que tem por obrigação absorver estas forças dentro de sua própria estrutura e por isso que “as obras de arquitetura também tem que resistir suas pressões”.


Em toda edificação os esforços estão atrelados as suas composição de esforços em que ela se sustenta, tanto assim que os ensaios de maquetes físicas cumprem um labor relevante no comportamento de sua estrutura e talvez seja menos a questão da estética do edifício já que esta pode se apresentar de maneira virtual.


F.4 – Estruturas Tensionadas – por compressão com apoio interior
Fonte: H. Engel


As criações na busca de forma que sejam mais amenas nas tendências apresentadas no tempo-espaço da época procura de alguma forma estar em sintonia com as realidades da época, mais como pode ser mais convincente no sentido que na se tenham duvidas de sua “estabilidade estrutural”, e isso tem uma relação direta da forma que queira se propuser. O arquiteto estrutura dos espaços em que eles habitam os seres humanos a estrutura também são diferentes elementos em que delimitam seus espaços (Claux, 2005:137), este raciocínio nos leva a perceber da utilidade não só como suporte-base de determinada estrutura nas questões dos esforços, mais bem tem condições como explica Claux de acondicionamento de espaços que cumprem determinadas funções, tantas vezes aplicados nos trabalhos de Le Corbusier e Mies van der Rohe, e tantos outros.


F.5 – Estruturas Tensionadas – sistema de formas com dois arcos centrais para formar pontos altos
Fonte: H. Engel


Estas estruturas tensionadas podem ser utilizadas para as obras de coberturas isoladas, em edificações projetadas ou já existentes, tem a certo ponto uma flexibilidade de ação projetual falicitadora, em para proteção contra intempéries, para integrar um projeto paisagístico, a paisagem como uma parte de esse todo. Também de alguma forma sua utilização seja para adequação de uma iluminação natural.


Na geometria da sua estrutura tensionada pode ser utilizada numa infinidade de variações e combinações para a produção de uma arquitetura com contornos e formas surpreendentes. Durante o dia, o sol proporciona uma iluminação interior difusa, sem revelar transparência quando vista de fora. À noite, a iluminação interna faz com que a lona pareça acesa, como se fosse um “Back Light”, fazendo saltar aos olhos a beleza de suas formas externas. Também e correto dizer que “barbante não empurra”. Porque o sistema estrutural de uma construção são elementos (partes) conectados entre si, que tem como função receber cargas, suportar esforços e transmitir que ditas cargas ao solo, dando garantias que seja estável no tempo.


F.6 – Estruturas Tensionadas – Maquete do sistema de formas de tendas co suportes fixos de ordenação radial
Fonte: H. Engel


As cargas vivas e mortas sobre estas estruturas originam nela esforços de compressão e de tensão, no caso da proposta destas formas da arquitetura têxtil vem mais na tração e tensão ambas são elementos de solução estrutural que se transladam em elementos formais. A transmissão de esforços são sentidos em suas bases (cimentação), sem duvida o projeto de uma estrutura tensionada difere do projeto de uma construção convencional. É seguramente um tipo construtivo em que a “engenharia e arquitetura só conseguem andar de mãos dadas”, e não pode ser de outra maneira as relações de estas duas profissões estão feitos para caminhar de mãos juntas, claro dentro do espírito colaborativo em que tenham influência.


F.7 – Estruturas Tensionadas – Desenho do sistema de formas de tendas com suportes fixos de ordenação radial
Fonte: H. Engel

F.8 – Estádio Olímpico de Munique, Alemanha
Fonte: Revista Achitectural Record, 2004 in: I. Claux


Como as estruturas estão sobre o solo é necessário conhecer a propriedades deste, já que estas serão submetidas aos esforços externos, e dizer colocar pesos acima e precisamos ter segurança que suporte não ocorra problemas (Claux, 2005:139), sem duvida alguma os esforços devem ser feitos os devidos ensaios e cálculos necessários para colocar os “barbantes” sejam estes do material que seja utilizado. Por isso é necessário conhecer a dinâmicas destas estruturas, mais o conhecimento profundo de terminados materiais (espessuras, durabilidade, manutenção, substituição de alguns elementos). As nervuras que dão a forma em alguns casos bastante belos e principalmente leves pelas “estruturas suspensas”.


F.9 – Mercado Ver-o-Peso – Belém
Fonte: Jorge Villavisencio (2011
)


Dentre das varias reflexões escritos neste texto a razão projetual como base firme de uma execução de uma obra física – tem uma importante visão de comportamento das ações formais inseridas nas questões da própria estrutura que deve estar presente tanto nas considerações funcionais e estéticas da edificação, às vezes penso ate de forma de “vislumbrar” relações diretas formais-construtivas que faz parte do convívio do arquiteto, então não poderia entender determinada forma sem ter entendido seu processo da proposta estrutural, esta, claro da base a sustentação de apurada da obra. Penso que estabilidade entrega em si na forma uma conotação de tranqüilidade na execução da mesma, o ato projetual arquitetônico foi analisado exaustivamente, ate conseguir a segurança projetual solicitada, caro em harmonia com as considerações estéticas da edificação de seu tempo.

Goiânia, 17 de Setembro de 2011
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografía
ENGEL
, Heinch; Sistemas Estructurales, Editora Blume, Madrid, 1970.
CAUX, Inés; La Arquitectura y el Proceso de Diseño, Ed. Universidad San Martin de Porres, Lima, 2005.
CHING, Francis; Forma, Espacio y Orden, editora Gustavo Gili, Barcelona, 2002.
LUDEÑA, Wiley; Ideas y arquitectura en el Perú del siglo XX, Editora SEMSA, Lima, 1997.
ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitetura, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2001.


jueves, 1 de septiembre de 2011

Machu Picchu: a importância do primeiro centenário de seu descobrimento.

Machu Picchu: a importância do primeiro centenário de seu descobrimento.
Por: Arq. Jorge Villavisencio



No dia 24 de Julho de 1911 – o arqueólogo norte-americano Hiram Bringham (1875-1956) fez o descobrimento da cidadela de “Machu Picchu”, sem duvida esta magnífica obra pré-colombina da cultura “Inca”, penso que tem importância para a arquitetura e o urbanismo, foco desta critica. Mais e difícil desvincular outros assuntos que faz parte das visões e percepções destes edifícios que agregam em si muitas outras questões que faz parte de vivencia e da experiência – em seu pouco tempo de descobrimento de Machu Picchu, da forma de como incide dentro da cultura contemporânea de America do Sul.


No tem como não falar deste assunto, já que no transcurso de nossa história das Américas que tem pouco mais de cinco séculos, parecera que o Continente Americano tenha nascido na época de seu descobrimento, coisa que não e verdade. Nossa cultura na America do Sul também é milenária, forem vários descobrimentos que dão fé da nossa historia, importantes historiadores e arqueólogos como: Rowe, Lumbreras, Tello, Kauffman, Bringham, Canziani, Alva, entre outros tem feito indicações do dito, fala-se do nascimento pré-hispânico por volta de 5, 000 a.C. época paralela da dinastia oriental Ming da China.

F.001 – Machu Picchu e sua região.
Fonte: Jornal El Comercio (2011)


E aqui vai minha primeira critica, devemos “diferenciar entre descobrimento e nascimento”, porque tenho reparado em varias literaturas, pareceria que nosso estado de “Cultura sul-americana” nascesse da cultura que veio do ocidente. Muitos historiadores, sociólogos, filósofos tem escrito de: Como tem influenciado a cultura ocidental na America? Importantes livros que explicam de maneira consciente suas influências dentro de nosso continente como: Picó, Quijano, Weber, Lopez Soria, Habermas, Lyotard, Bell, Giddens, sem duvida com a seriedade investigativa já explicada, mais eles se refere a suas influências do descobrimento dentro dos aspectos coloniais, e claro como influem/impõe ate hoje na nossa maneira de pensar e atuar.


F.002 – Machu Picchu – vista parcial, o respeito ao meio ambiente - “jamais intentavam o domínio de sua geografia – o importante que se adaptavam a esta”
Fonte: Jorge Villavisencio (1986)


Mais nosso nascimento sul-americano é muito anterior ao nosso descobrimento, (que é um assunto muito diferente) que temos aproveitado como tema desta critica da cidadela de Machu Picchu, penso que nos ajudará a vislumbrar alguns aspectos da nossa cultura que também e o fundo desta provocativa discussão, assim esperamos.


Desde o descobrimento pelo arqueólogo Hiram Bringham em 1911, Machu Picchu é um lugares mais celebres intensamente visitados, objeto de múltiplos estudos e uma ampla serie de publicações,... Machu Picchu constitui um estabelecimento Inca muito especial, com probabilidade do caráter sacro. Canziani, 2009:457).


O nascimento de Machu Picchu data do século XV, o Inca Pachacutec manda construir a Cidade Sagrada de Machu Picchu, estas envoltas das montanhas do Huayna Picchu e do Yanati. “...alguns dados etno-históricos propõe a possibilidade de que este complexo fora de propriedade pessoal do Inca Pachacutec” (Canziani, 2009:458). A extensão deste Santuário e de 32, 592 hectares, como todos nos sabemos na cidade de Lisboa no dia 7 de Julho de 2007 foi proposto/considerado Machu Picchu como uma das novas sete maravilhas do mundo contemporâneo – encravado dentro do Departamento de Cusco, a um altura 2,453 m.s.n.m. num clima de 6 a 24 grados centigrados. Na tradução do idioma quéchua (idioma da região dos Andes) Machu Picchu tem como significado de “montanha velha”, localizado na região sul do Perú, no lado oriental dos Andes. No ano de 1983 e Declarado pela UNESCO como “Patrimônio da Humanidade”.


F.003 – Machu Picchu – vista panorâmica parcial – o domínio do espaço construído.
Fonte: Jorge Villavisencio (1986)


Machu Picchu pode ser considerado um “Centro Religioso, Político e Administrativo”, Alguns historiadores com credibilidade como o ayacuchano Dr. Luis Lumbreras (1936-) sustentam que é uma cidade sagrada pela quantidade de Templos que encontram destro desta, assim como para lembrar ao Inca Pachacutec. Alem dos oito caminhos que convergem. Para o importante historiador chiclayano Dr. Federico Kauffman (1928-) sustenta que é uma cidade como as outras como um projeto do Estado Inca para ampliar suas fronteiras agrícolas. Outros historiadores na definem com uma fortaleza, mais a verdade que se consideramos que as pesquisas/investigações ainda são muito incipientes, tanto assim que só podemos falar dos trabalhos investigativos do século XX, e isso que é um lugar arqueológico que mais se tem escrito sobre ele.


F.004 – Machu Picchu – vista do Huayna Picchu.
Fonte: Jorge Villavisencio (1986)


Sobre o nascimento da cultura Inca, tem muita controvérsia, mais segundo a cronologia elaborada pelo arqueólogo e historiador norte-americano John Howland Rowe (1918-2004), talvez a mais fiável, é que nos anos de 1, 200 d. C. pode considerar-se o inicio da dinastia dos soberanos Incas. (Alva, 2008:49)


Um dos aspectos que me impressiona foi que Machu Picchu foi seu ordenamento espacial urbano, áreas bem delimitadas e definidas tais como espaço sagrado, espaço residencial, assim como o definido entre o urbano e o rural/agrário, avalio que o pensamento dos Incas sobre a “cosmovisão” – baseado com a idéia dos pares, tinham influência na sua percepção projetual na definição dos espaços.


F.005 – Machu Picchu – a concepção dos espaços.
Fonte: Jornal El Comercio (2011
)


Na edificação de Machu Picchu engastada no vale de Vilcabamba, nas margens do Rio Urubamba, faz que tenha uma estrutura de 242 km. de cumprimento. E claro uma das características mais importantes que de fato deu certo foi que “jamais intentavam o domínio de sua geografia – o importante que se adaptavam a esta” – e aqui vai minha segunda reflexão: Porque não aprendemos de nossas culturas ancestrais? – Si nos sabemos que estamos invadindo o espaço natural, e por mau costume de visão/percepção queremos modificar, e claro sabemos que si estamos invadindo o espaço natural, a questão mais acertada e adaptar-se, com convicção de respeito ate por uma questão de consciência de respeito ao meio ambiente, e claro a paisagem natural sé que faz presente como processo histórico do planeta terra.


F.006 – Machu Picchu – a janela do Inca.
Fonte: Jorge Villavisencio (1986)


O legado dos Incas tem sido objeto de pesquisas dirigido ao conhecimento de uma organização econômica, social e política, assim nos aspectos relacionados da cosmovisão, ideologia, tecnologia e a arte. Canziani, 2009:435).


Também o domínio da pedra em suas edificações ainda ate hoje impressionam, mais como nos sabemos forem obras que demorarem varias dezenas de anos, similar aos acontecimentos da construção da pirâmides egípcias. Mais existe uma prensa sensacionalista em querer desvirtuar nossas riquezas tecnológico-construtivo e da forma como forem feitos os trabalhos em pedra (ver imagens F.007 e F.008) e induzir de forma engraçada aos leigos que forem feitos por óvnis ou coisa parecida. Mais tenho certeza que num prazo no muito longo estas questões serão esclarecidas, ate que pareceria que quisessem achatar nossa historia de vida da nossa identidade social e cultura de America do Sul.


Talvez a falta de pesquisas ou também possa ser a falta de interesse das autoridades políticas que tenham como paradigma um significado profundo na busca de uma “identidade histórica” que se sabe ainda muito pouco, penso que a falta de profissionalismo político se faz presente, devo recalcar que “nossa identidade de espaço e lugar” e anterior o nosso descobrimento. Considero que muito provável que conforme se realizem mais investigações sobre estes temas poderemos encontrar algumas outras alternativas de soluções a nosso problemas principalmente aos conflitos sociais, culturais e principalmente na questão do meio ambiente.


F.007 – Machu Picchu – o domínio no trabalho em pedra da cultura Inca.
Fonte: Jornal El Comercio (2011
)


F.008 – Machu Picchu – detalhe de trabalho em pedra.
Fonte: Jorge Villavisencio (1986
)


Talvez nesta critica sobre Machu Picchu possa ser fonte inspiradora para outros olhares da importância da nossa rica cultura de America do Sul, penso que um deste olhares esta no aspecto da sustentabilidade ambiental, o profundo respeito na paisagem que a natureza nos oferece, criar novos espaços edificados, mais como foi feito na Cultura Inca, com respeito a sua percepção/visão da “cosmovisão”. Quem tem que se adaptar ao meio ambiente somos-nos por ter invadido seu espaço natural, penso que todo este relacionada com a questão de “identidade cultural”, muitos pesquisadores tem falado da nossa identidade relacionada com as culturas indígenas, talvez por um pouco de falta de conhecimento, ou também por mediocridade de aversão nas culturas indígenas ou nativas tem dado pouca procura em conhecer. Mais sem duvida nestas ultimas décadas, pelo menos aqui na America do Sul tem procurado ajuizar idéias que sejam concordantes em nossos pensamentos, vemos o caso do nascimento da União das Nações da America do Sul – UNASUR, cujo Tratado Constitutivo foi na cidade de Brasília no ano de 2008. E mais, não penso que o nascimento da UNASUR seja por coincidência na cidade de Cusco no dia 8 de Dezembro de 2004, que teve como membro países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Perú, Surinamés, Uruguai e Venezuela, que fazem parte do Tratado da Comunidade Sul Americana das Nações, e como lugar escolhido a cidade de Cusco, posso pensar em localização geográfica, identidade histórica, riqueza espacial, lugar inspirador, cultura ancestral, entre outros que possam vir a nossas mentes.


F.009 – Machu Picchu – vista parcial da “Andenaria” (plataformas utilizadas para o plantio e conservação das edificações – o muro de arrimo).
Fonte: Ilka Tancredi (1986)


Sem sombra de duvidas a localização geográfica de Machu Picchu e seu Vale de Yucay têm em sim um enigma que este por investigar, claro de forma análoga pela sua “estratégia de localização”, como lugar sagrado que é, assim como sua pertinência na “vigília e proteção”, seus mais de “150 edifícios, que são comunicados por escadas e corredores. Estas construções caracterizavam-se pela pouca decoração, que assemelham com gigantescas figuras abstratas” (Salvat, 2004:9401). Como tínhamos dito a cultura Inca tinha uma elevada condição no conhecimento para criar espaços, sua escala projetual relacional com o meio ambiente penso que estava imbuído neste pensamento, um racionalismo projetual que permitiria “criar sem desperdiçar”, mais a sua vez deixar que suas mentes possam criar ou re-criar outros elementos visuais de forma abstrata, claro com condições de adaptação ao meio ambiente.


Penso que o desafio esta presente na nossa cultura ancestral, que nos da “o poder de identidade” – talvez mais concordante a nossas necessidades atuais e futuras, considero que o momento e pertinente na busca de novas fontes inspiradoras de “raízes profundas”, tanto assim que Samuel Huntington apresenta como alternativa com fortes questões teóricas ao indicar que America do Sul poderia ser considerada entre as oito novas civilizações contemporâneas, na nova reorganização do mundo. Talvez neste texto possa levantar algumas questões que forem esquecidas no tempo-espaço, uma exigência quem sabe contemporânea, claro baseado num profundo respeito de vivencia e convivência entre o homem e seu entorno no meio ambiente.


Goiânia, 01 de Setembro de 2011.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia
ALVA
, Walter; LONGHENA, María; Perú Antiguo: Historia de las culturas andinas, Ediciones Folio S.A., Barcelona, 2008.
CANZIANI, José; Ciudad y Territorio en los Andes: Contribuciones a la historia del urbanismo prehispánico, Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, 2009.
HUNTINGTON, Samuel; ¿Choque de civilizaciones?, (Título original: The Clash of Civilizations), Editorial Tecnos, Madrid, 2006.
PERÉZ, Alicia (Org.); La Enciclopedia, Salvat Editores, Volumen 12, Madrid, 2004.
Jornal El Comercio – Edição Especial sobre Machu Picchu (24/07/2011), créditos das imagens: F.001 – F.005 – F.007; Lima, 2011.