Critica: Jorge Villavisencio
F.01 – Hotel Camino Real (1968) – Legorreta
Fonte: site oficial de Legorreta Ass.
Talvez Legorreta tenha como base não só a questão formal, mais sim os elementos estruturais que faz da convivência de uma parceria entre a questão espacial e a própria sustentação estrutural da obra. Mais acho que também este imbuído nas aplicações no seu entorno, vale a pena ressaltar que existe uma ligação intima na produção imperiosa do local/regional, atitudes como essa familiariza com os edifícios dentro dos padrões reconhecidos da própria cultura, que são assuntos tão importantes (assim penso) para o bom desenvolvimento e regate da paisagem. Um projeto que não se vincula com as necessidades culturais, tem muita probabilidade de ter baixos resultados dentro do entorno urbano, um projeto às vezes tem como aderir aspectos com relevâncias “monumentais” que é uma das características de Legorreta, atrelar edifícios com a vida cultural da cidade facilita um maior entendimento entre as partes, o dialogo fundamenta a boa arquitetura, alem que considero que seja mais expressivo.
F.02 – Edifício Terracota (2011) – Legorreta
Fonte: site oficial de Legorreta Ass.
Para Legorreta suas obras tinham uma relação e paixão pela cultura mexicana, tanto assim que ele declara nas varias entrevistas que forem feito na sua vida, e claro da rica cultura mexicana tem muita amplitude, estou me referendo ao passado préhispânico, penso que também influencio a Barragan e Villagrán, como tinhas explicado anteriormente ambos arquitetos influenciam a Legorreta. Talvez por seu trabalhado, e das boas relações em outros países inclusive no Brasil (ver imagem F.03) teve nele um renome internacional, e claro por apresentar obras que tenham repercussão internacional, mais nem sempre com o caráter “monumental” ou de “poder” como é qualificado a Legorreta.
F.03 – Residência em Itacaré – Bahia (2010) – Legorreta
Fonte: site oficial de Legorreta Ass.
Podemos interpretar que seus trabalhos têm características natas de uma arquitetura moderna com alcances internacionais, aproveita bem a paisagem local e a translada para como uma arquitetura de “poder”, que era parte da historia dos CIAM. O uso do concreto armado nos entrega esta característica – centro de seus trabalhos – uma boa consonância da estrutura com a estética da edificação, alem da boa proposta de cores nas suas edificações, cores cálidas e claras nos dão pinceladas de sua personalidade de vivencia e da paisagem. Considero que sua percepção com sua integridade vivida têm uma relação com sua arquitetura.
Legorreta, possuído e identificado com uma arquitetura que procura lugar – pertencia – nem sempre todos seus projetos tem essa virtude, o ambiente e o edifício têm que realizar condutas amigáveis, isso é: que o edifício além que faz parte da cidade tem considerações “harmônicas”, a poesia se faz presente, numa articulação espacial, formal, às vezes os recursos utilizados nas questões funcionais, participam da estética do edifício, este e o caso do Edifício do Interbank de Lima (2000-2001) de Hans Hollein, onde existe um volume em suspenso, neste setor funcional restringido não participam outras áreas, como separar um campo de trabalhos especifica, mais este quando e visto por fora o balanço, cria peculiaridades espaciais, a “utilidade da função na questão formal, isso é consonância da arquitetura de uma edificação.
“As mega formas concebidas como cidades em miniatura também podem ser usadas para enfatizar a estrutura da topografia existente e estabelecer lugares identificáveis. O arquiteto mexicano Legorreta demonstrou essa abordagem em diversas ocasiones, desde a formação escalonada de seu Hotel Camino Real em Ixtapa, com vista a praia (1981), ate a montadora Renault que ele construiria em 1985.” (Frampton, 2008:427-428)
F.04 – Hotel Monterrey – México (2007) – Legorreta
Fonte: site oficial de Legorreta Ass.
“Como em muitas outras coisas, o regionalismo em Latinoamerica expressa diversos “regionalismo”, mais sempre tem vigente o componente do ambiente, a paisagem, e a história, os materiais e o modo de vida local, estes como dados básicos de seu desenho.” (Gutierrez, 1998:112)
Goiânia, 27 de Janeiro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio
Bibliografia
FRAMPTON, Kenneth; Historia crítica da arquitetura moderna, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2008.
GUTIERREZ, Ramón (org), Arquitectura Latinoamericana en el siglo XX, Epígrafe S. A. Editores, UPRP-Lima, 1998.
Outras informações:
http://legorretalegorreta.com/
http://www.archdaily.com.br/18732/ricardo-legorreta-1931-2011/
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