miércoles, 22 de noviembre de 2017

A transcendência dos princípios universais na arquitetura.

A transcendência dos princípios universais da arquitetura.
Jorge Villavisencio.

Com o passar do tempo temos tomando mais ênfase nos princípios universais claro baixo a ótica da geometria, a forma, e o percurso na arquitetura e urbanismo, assunto que trataremos neste breve ensaio.

Pensamos que o princípio universal está vinculado à própria ideia conceitual do pacto global em querer entender ou visualizar princípios básicos que sejam comuns a todos, que nem sempre se consegue, porque temos pontos de vista diferentes, que não são comuns a todos, mas sem duvida isto acontece na vida comum, mas na arquitetura o assunto é diferente, temos fatores da causa e efeito que está vinculado a Lei do Retorno (ação e reação) – o que queremos fazer ou qual é a nossa intensão.

“Existem ideias e conceitos universais que transcendem os estilos e épocas, afetando a arquitetura de diversas maneiras... podem descrever a arquitetura ou definir a maior parte da arquitetura”. (Farrelly, 2014:138)

Sempre é de bom tom lembrar o dito pelo arquiteto Oscar Niemeyer, ao dizer: “que a arquitetura não e questão de estilos, o ela é boa o ela é ruim” é isto tem relação direta com a citação de Lorraine Farrelly, o tempo tem demostrado que a arquitetura e suas obras podem sim ter elementos importantes de estudo, de pesquisa para outros projetos como estudo de caso, porque são projetos que através do tempo fazem parte da vida cotidiana dos acadêmicos da arquitetura e urbanismo.

Existe também um poder filosófico muito intenso, para o arquiteto e pesquisador Wiley Ludeña (2009) indica que os “Referentes” são importantes para na toma de decisões na conceptualização do partido arquitetônico, e fixa uma Matriz Filosófica que se baseiam em quatro pontos: Referente Biológico: humano ou animal; Referente Inorgânico: cavernas, pedras, mundo das tecnologias, mecânicas e outros; Referente Cultural: artes – pintura, escultura, poesia, literatura e outros; e o Referente da Arquitetura: como forma e imagem.

“Compensando o movimento da imagem projetada na retina do olho, existe um feedback que proporciona a informação dos impulsos motores que controlam o musculo dos olhos até os centros cerebrais que controlam a visão.” (Arnheim, 2001:103)

Com isto podemos pensar que a imagem e a própria forma conduzem a uma nova experiência visual, um retorno que vem a nossa mente que nos dá emoção seja esta positiva ou negativa, o retorno dessa experiência visual como referente da arquitetura tem esse valor agregado, que influenciam nossa forma de pensar.

O primeiro ponto se baseia na “geometria”, nesse contexto existe um ordem na organização do espaço, que é um sistema que organizam nossa maneira de pensar como é a simetria, como eixos onde dividem espaços de um lado para outro, podemos pensar que o referente humano, como exemplo si dividimos nosso corpos no eixo central (no meio), no sentido vertical temos dois olhos, duas orelhas, dois barcos, duas pernas e assim vai. Mas existem outras como e a proporção, a escala visual e humana, eixos, hierarquias, ritmo repetição, transformação entre outros.

“A proporção se refere a relação entre as partes e o todo. No caso da arquitetura, a proporção representa a relação da escala com a hierarquia de uma edificação ou de seus elementos em relação a forma total.” (Farrelly, 2014:138)

A através do tempo a abstração tem colaborado, é muito, com a arquitetura vejamos como o arquiteto e professor Elio Martuccelli o explica:

“... assim como uma geometria imbuída em uma abstração Às obras abstratas constitui um suposto mundo melhor, não reproduzem o que tem, inventam um novo. Escapolem da imitação do belo do natural, para reproduzir uma verdade artística, pura e autônoma. Se a abstração e parte da modernidade então devem ter características: universal, impessoal, racional, objetiva, sistemática”. (Martuccelli 2000:39)

O segundo ponto está relacionado com a “forma”, penso que usando termos simples podemos ter caraterísticas sobre a forma ou volume, mais existem formas que são mais dinâmicas como as formas orgânicas, outras talvez mais escultóricas que estão vinculadas a própria aparência externa na edificação.

Para o filosofo Georg Friedrich Hegel explica que a beleza da forma está relacionada com três aspectos: a primeira com a regularidade, a segunda com a simetria de conformidade a uma Lei (Gesetzmässigkeit) que se distingue pelas formas precedentes, e por ultimo a terceira com a harmonia.

Vale dizer que si os elementos que constituem a forma do objeto conforme o explica Hegel “de uma combinação igual, ao que é desigual” tem um valor mais profundo quando esse visitante que observa o objeto sente que ele é “correspondido”. E claro entendemos que isso depende das propriedades da forma, é de como o sujeito procura certa identidade para que seja correspondido.

O ultimo ponto trata do “percurso”, muitos projetos de arquitetura seu partido arquitetônico se baseiam no percurso, de como essa obra vai tomando apropriação do espaço com relação ao lugar, aonde condicionantes com da topografia vai tomando uma iniciativa espacial na condução do projeto.

Inclusive o termo conceitual da “promenade”, pensamos que é muito próprio da modernidade, a procura da percepção do novo, mais como seria possível conhecer o novo sem entender a promenade (conotação de visão ampla), as diferentes visões e percepções que nos entrega esta ferramenta de visão. Não nos referimos a uma hipótese, mais confirmamos os pensamentos visionários que cada pessoa possa ter com percepções diferentes, não existira pensamento de vanguarda si todos pensássemos igual, o importante são das “diferencias” e o que enriquece os pensamentos na cultura está ligada nas formas como percebemos a arte.

A “promenade” na arquitetura tem essa virtude de ordem qualitativa, mais cada um tem sua própria percepção, essa sensibilidade já depende de cada um – e subjetivo, por isso:
“... é preciso aliar a sensibilidade pessoal do observador, que se torna cada vez mais afiado no próprio exercício da vivencia e observação das obras de arte...” (Canton, 2012:20).

Esta sensibilidade espacial na observação do objeto tem considerações importantes na vida cotidiana das pessoas, e claro influenciam no modus vivendi.


Goiânia, 22 de novembro de 2017.

Arq, MSc. Jorge Villavisencio.



Bibliografia:

ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitectura, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2001.

FARRELLY, Lorraine; Fundamentos de Arquitetura, Editora Bookman, Porto Alegre, 2014.

LUDEÑA, Urquizo Wiley, Arquitectura. Repensando a Vitruvio y la tradición occidental, Universidad Nacional de Ingeniería, Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Artes – Instituto de Investigaciones, Lima, 2001.

MARTUCCELLI, Elio; Arquitectura para una ciudad fragmentada, Centro de Investigación, Universidad Ricardo Palma, Lima, 2000.

CHING, D. K. Francis; Arquitectura Forma Espacio y Orden, Editora Gustavo Gili S. A., Barcelona, 2002.

CANTON, Katia; Do Moderno ao Contemporâneo, Editora Martins Fontes – terceira tiragem, São Paulo, 2012.

Villavisencio, Jorge: A beleza exterior e a forma abstrata segundo Georg Friedrich Hegel, Goiânia, 2014.
http://jvillavisencio.blogspot.com.br/2016/04/a-beleza-exterior-e-forma-abstrata.html



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