lunes, 10 de septiembre de 2012

Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro

Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro
Arq. Jorge Villavisencio

O historiador e poeta Paulo Bertran Wirth Chaibub (1948-2005) nascido na cidade de Anápolis, aquele da palavra inventada por ele “cerratense” para designar nesta parte do centro oeste brasileiro – o cerrado, como sabemos Bertran realizo uma basta pesquisa não só como uma historia do lugar como temos mencionado, sino nas formas de comportamentos e atitudes desta parte do Brasil.

                                     
SAUTCHUK, Jaime; Paulo Bertran: O Cerratense; apoio: Graça Fleury, Maria Helena Wirth, Instituto Bertran Fleury; Ed. IDESA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental, SECULT, Goiânia, 2012.

Bertran tem lado artístico peculiar que faz parte de sua vida – a poesia sempre teve um lugar especial, pelo menos o que temos percebido nos seus textos. Mais sempre o quase sempre “valorando” a região, mais também contando algumas passagens de sua vida pessoal, em espacial de seus antecessores, a percepção que temos é que a família se torna fundamental, na maneira de expressar nas suas poesias como as que conta: “Meus Avós” ou dos “Fazendeiros Enxangues”, mais a “Mãe Terra”; “Serra Dourada:Pré-escrito com Areias e Casas”; “O ofertório das chuvas” entre outras faz parte do sentido de sua pesquisas.

A apesar de que seus estudos de bacharelado em Economia na Universidade de Brasília que poderia também ser em artes (poeta e musico que ele era), teve uma visão positivista, pouco depois continuo sua pós-graduação na França, “Pessoalmente, era uma enciclopédia ambulante, multidisciplinar, pois se embrenhava em todos os campos, da geologia, a geografia, da biologia, a botânica, da literatura, da arquitetura, das festas populares aos ritmos e danças – nada escapava ao seu meticuloso crivo.” (1)

Sem duvida uma cultura que lhe permitiu levar a determinados meta-pensamentos, que forem repassados através de seus textos, e claro das pessoas que conviverem com ele. Alguns de seus importantes trabalhos foram de esclarecer o Tratado das Tordesilhas (1494), percorreu toda essa imensidão do espaço desde Belém do Pará ate o litoral sul. Também fez uma pesquisa na cidade de Lisboa sobre o “Projeto de Resgate da Documentação Histórica da Capitania de Goiás”, só para lembrar que cidade de Goiás foi à antiga capital do Estado de Goiás, só a mudança da capital do Estado se realiza em 1933 no plano urbanístico realizado pelo arquiteto e urbanista Attilio Correa Lima. Curiosamente no mesmo ano se realiza a Carta de Atenas (1933) onde patuá com o pensamento do L´Esprit Nouveau todo isso aconteceu no Congresso Internacional de Arquitetura Moderna – CIAM.

Dentre seus escritos temos livros como: Formação Econômica de Goiás (1978); Uma Introdução Econômica do Centro Oeste (1988); Memoria de Niquelândia (1985); Historia de Niquelândia (1998); Noticia Geral da Capitania de Goiás (2 volumes – 1997); Historia da Terra e do Homem no Planalto Central (1994); Cerratenses (Poesias – 1998); Goiás (1722-2002); Cidade de Goiás: Patrimonio da Humanidade (2004); Memorial das Idades do Brasil (coautoria Graça Fleury – 2004); Palmeiras de Goiás: primeiro século (2005); Sertao do Campo Aberto (2007).

Também teve homenagens com seu nome estampado com selo (emissão personalizada) da Casa do Correios do Brasil; Troféu Chama Viva (in memoriam) da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (2005); Premio Brasileiro Imortal pela Academia Brasileira de Letras (2008); Medalha da Ordem do Mérito Anhanguera – Governo do Estado de Goiás (2005); Premio Altamiro de Moura Pacheco - Assembleia Legislativa de Goiás (2011) e Comenda Padre Silvestre Alvares da Silva – Prefeitura de Jaraguá (2011).

“Um dia, no sertão,
o estio, vira boi e poesia

Oco do mundo
Buritizais na contra-luz

A vida a cantar
Cantar para subir a Serra.”

(poesia – Paulo Bertran)

Gostaria de terminar este pequeno texto valorizando a obras do ilustre poeta, historiador e pesquisador desta região do Planalto Central do Brasil – o cerrado, sem duvida Paulo Bertran teve um “espírito” muito persuasivo em querer fazer conhecer seu espaço natalício, isso talvez tenha um valor agregado, em valorar está região do Brasil, também por ter visto o nascimento da capital federal Brasilia, a nossa maneira de ver teve influencia nas suas pesquisas além da publicação de seus vários livros faz que sua sensibilidade espacial seja percebida nos seus textos. Valorar estes espaços e ter compromissos pessoais com a vida – ou ter-lha dignamente faz que tenha sentido ter vivido com intensidade. Valeu Paulo. Tenho certeza que outros “cerratenses” viram para continuar a semente que você e tantos outros ilustres cidadãos plantarem nesta parte do mundo.

Goiânia, 10 de Setembro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio.

(1) SAUTCHUK, Jaime; Paulo Bertran: O Cerratense; apoio: Graça Fleury, Maria Helena Wirth, Instituto Bertran Fleury; Ed. IDESA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental, SECULT, Goiânia, 2012. (p.14)

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