Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio
No ano de 1925, nasce à idéia da arquitetura denominada Art Déco, na Exposição Internacional de Artes Decorativas das indústrias modernas (Paris), é evidente que em esta exposição incide nas artes plásticas, moda, cinema, arquitetura um estilo de expressão artística que procura “estilo elegante, funcional e moderno e de estilo simples” (Venturi 2004:330-331), mais devo incidir que quando nos referimos à arte, nos estamos referindo à arte da arquitetura, porque “a arquitetura é arte”. Também devo esclarecer a imbuírem na fundação da cidade de Goiânia, que foi berço desta arquitetura da época, quiçá que de agudeza desta sensibilidade vivida por mim através do tempo-espaço em Goiânia, e dos ensinamentos dos anos 70 do meu professor de planejamento arquitetônico o arquiteto Jorge Felix de Souza.
Foto 02: Planta Baixa do Teatro Goiânia (1942) Jorge Felix de Souza – Fonte: IPHAN, 2004.
A idéia da arquitetura Art Déco chega a reformular alguns conceitos da estética (filosofia da arte: entendemos que a estética intenta entender o gosto o a beleza da época, como ajuizamento valorativo das posições positivo o negativo) nesta posição do Art Déco o elemento decorativo passa ser eliminada, e deixa passo a limpeza simples das volumetrias, estas formas de expressão faz justiça as idéias racionais da arquitetura francesa da época em contraposição com as ideais da escola alemã de propostas pela importante escola da Bauhaus, através de seu expoentes como Walter Grophius e Mies van der Rohe, considero que não só (assim penso) que era uma negação da uma escola com a outras, mas bem, no Art Déco agregava uma sensibilidade e de aprimoramento como o sucedido com arquitetura neoclássica e romântica ente os séculos XVII ao XIX.
Foto 03: Vista Estação Ferroviária de Goiânia (1950) Rede Ferroviária Federal S.A. –Fonte: Contato Comunicação, 2006.
Mais a arquitetura Art Déco e a Escola da Bauhaus partem do mesmo principio “a estrutura funcional e das técnicas construtivas” (Frampton 2008), e inclusive a composição tripartite clássica - embasamento, corpo principal e coroamento, assunto as veces não percivido com a mesma intensidade de outras tendencias da arquitetura, mais elas estabam presentes en forma mais discreta, porque não procurava um divorcio, mais bem de objetivos iguais mais de formas diferentes, então caimos de novo com o ajuzamiento da obra de arte, que no fundo todos sabemos é o procura a critica da arquitetura. É importante resaltar que en termos historicos da arquitetura no espaço-tempo o “modernismo” tambem estava presente neste momento historico o modernismo procurava o movimento ideologico, social e politico, de diferentes formas expresivas “muito diversas”, mais considero que o Art Déco procuraba mais o lado formal da arquitetura com uma presssiçao geometrica que era inegavel na sua arquitetura que podria resumirse em sobridade e simetria (preceptos vitruviano) mais como temos dito no incio com uma limpeza decorativa ou ornamental.
Foto 04: Liceu de Goiânia (1937) Atílio Correa Lima – Fonte: IPHAN, 2004.
Art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar as linhas retas, e uma horizontalidade e centralidade como tambem en um escalonamento formal, todo esto de su arquitetura como signos de poder.No Brasil seus maximos exponente forem Rino Levi (1901-1965) e Atílio Correa Lima (1901-1946), este ultimo alem que projetou varias obras na fundação de Goiânia, realizo o Plano Piloto, com os conceitos utópicos de Carta de Atenas de 1933. Também devo ressaltar que a arquitetura Art Déco teve muita aceitação em vários lugares do mundo, baixo o discurso racionalista da monumentalidade dos anos 1930 e 1940, no intervalo das duas guerras mundiais, uma arquitetura que entrelaça a história da arquitetura brasileira e do mundo, como temos dito como centro de poder.
O Art Déco expressado em sua arquitetura invade seu lado formal, mais também no seu lado tecnológico de “avance”, lembremos que modernidade tem como princípios o progresso embasado no “calculo e no avance” (Lopez Soria: 2008), a utilização de novos materiais e das formas construtivas geram uma forte proposta tectônica e não só no lado formal da arquitetura como das importantes obras nos Estados Unidos Empire State (1931) de Shreve, Lamb e Harmon arquitetos associados, Rockefeller Center(1930-1940) de Raymond Hood ambos na cidade de New York, em que expressam os referidos signos de poder, como também das novas técnicas construtivas deste tipo de edifícios.
Foto 05: Empire State (1931) de Shreve, Lamb e Harmon arquitetos associados, New York Fonte: Site Oficial do Empire State
Considero que no Art Déco apresenta uma austeridade, evidentemente forçada pela primeira guerra mundial, mais o interessante que não perde os signos de poder expressada em sua arquitetura, alem e claro da idéia de uma arquitetura que não são próprias do continente Europeu, mais é assimilado nos contextos da America do Norte e do Sul, uma estética que procura a racionalidade, que nos orienta num sentido de “arte mundial” com ênfase nas novas técnicas construtivas que delineia um progresso, fatos inegáveis no Brasil da arquitetura Art Déco de Levi e Correa Lima, como vitrine da modernidade que forem reforçadas na VII Feira Internacional de Amostra no ano de 1934 na cidade de Rio de Janeiro, onde “o Art Déco confundia para uma solução formal menos rebuscada” (Segawa: 1998:62), mais esta proposta teve condições de difusão da arquitetura em Goiânia, mais tiverem outras cidade como na obra da Prefeitura de Belo Horizonte (1936-1939) de Luis Signorelli, o do viaduto o Boa Vista (1930) em São Paulo, projetado por Oswaldo Bratke (1907-1997), também em Rio de Janeiro e edifício A Noite (1930) do arquiteto Elisario Bahiana “de uma arquitetura integrada com a estrutura do edifício” (Segawa 1998:64). E inclusive da recém nomeada a oitava maravilha do mundo moderno o Cristo Redentor (1931) na cidade de Rio de Janeiro, o do emblemático Elevador Lacerda (1929) em Salvador de Fleming Thiesen ambos com tipologia arquitetônica Art Déco.
Mais considero que ressaltar o fato dos signos de poder através das grandes obras em sua verticalidade e monumentalidade das propostas dos arranha céus, e o que configura nas cidades – skycraper, obras de importante valor histórico que de fato modifica a ambiencia urbana, que nestas obras basicamente verticalizadas de grandes estruturas que abruptamente rompem com o horizonte, uma espécie de corrida que se da em America do Norte e também na America do Sul com como no edifício Kavanagh (1935) na cidade de Buenos Aires.
Foto 6: Cidade de Lima: arquitetura de “estilo buque” e “Art Déco”. Fonte: Arq. Dr. Elio Martuccelli Casanova
Em alguns casos como na cidade de Lima no Perú apresenta uma variação do estilo Art Déco, mais o interessante (assim penso), que tem um componente a mais, que a inclusão de uma arquitetura indígena ou índio, “De este ultimo estilo começa também nos inícios dos anos 30 a suas influências em Lima. No ano de 1933 Augusto Gusman projeta a edificação Aurich no Passagem Olaya de características Art Decó, mais conseguiu inserir plasticidade Prehispanica” (Martuccelli 2000:76), sobre isto penso que no caso da arquitetura peruana em alguns casos tem procurado apresentar na sua arquitetura moderna (de naquela época) certas peculiaridade, a inclusão não só do estilo como neste caso o Art Déco, mais acrescentou um valor agregado (ver imagem superior) que foi o pensamento indigenista apresentado por Piqueras Cotoli, Vinatea Reynoso, Camino Brent, Marquina, e a minha maneira de ver (assim penso) o notável arquiteto peruano Seoane Ros e tantos outros que superem incluir nas diferentes artes na pintura, escultura,literatura e na arquitetura o que é o “nativo” o existente com anterioridade na descobrimento da America (livres do pensamento do ocidente). Assunto que considero que entrega a uma personalidade arquitetônica profunda revisão de nossos pensamentos, que enxergue a visualizar “a idéia de uma arte inspiradora moderna”, titulo deste artigo.
Mais estou ciente que a arquitetura sempre conseguirá expressar de diversas formas que influi a nossa maneira de projetar, e no caso do Art Déco o elemento geométrico de suas formas de visão racional será tema de analise e discussão como proposta histórica arquitetônica e tectônica do passado, que imbui (inspira) na percepção do presente-futuro.
Goiânia, 24 de Agosto de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio.
Bibliografia
ROCHA, Renato (org); Arquitetura de Goiás: 74 anos de Goiânia, Ed. Contato Comunicação, Goiânia, 2006.
FRAMPTON, Kenneth; História crítica da arquitetura moderna, Martins Fontes Editora, São Paulo, 2008.
MARTUCCELLI, Elio; Arquitectura para uma Ciudad Fragmentada, Ed. Universidad Ricardo Palma, Lima, 2000.
SEGAWA, Hugo; Arquiteturas do Brasil, Ed. Universidade de São Paulo, 1998
FERNANDES, Celina; Goiania art déco, Ed. IPHAN, Goiania, 2004.
VENTURI, Lionello; Historia de la Crítica del Arte, Ed Randon House Mondadori, Barcelona, 2004.
Hola soy estudiante de arquitectura y necesito informacion sobre la ciudad de belo horizonte. Todo lo que sea posible sobre su fundacion, implantacion e ideas urbanisticas....gracias...dejo mi mail rvv18@hotmail.com
ResponderBorrarRafael entre los libros de Brasil pues buscar (investigar) Arquiteturas do Brasil de Hugo Sewaga, História da Arquitetura Contemporanea de Jürgen Tietz y de los libros internacionales Arquitectura Moderna de Kenneth Franpton, Historia de la Arquitectura Moderna Moderna de Leonardo Benevolo y Después del movimento moderno: arquitectura de la segunda mitad del siglo XX de Josep Maria Montaner, que sería lo basico para la realización de tu trabajo investigativo.
ResponderBorrarOlá, estou seguindo seu blog as informações estão ótimas. Pode me visitar tbm?
ResponderBorrarObrigada
www.claudilicearagao.blogspot.com
Claudilice,
ResponderBorrarTeve a oportunidade de ver teu blog, seguramente nas pesquisas que faz sobre arte que é teu trabalho, encontras uma serie de assuntos, para mim a época que mais marca em todas as categorias das artes e o Art Nouveau, fiz um ensaio neste blog, quiçá poda te servir. Jorge Villavisencio