domingo, 19 de septiembre de 2010

Art Nouveau – Arquitetura Moderna

O eclético da arquitetura moderna do Art Nouveau
Ensaio: Arq. Jorge Villavisencio
Na configuração da historia da arquitetura moderna o Art Nouveau nasce como uma realidade no século XIX, penso como expressão do momento social-cultural das condicionantes que se vinham desenhando da época do iluminismo do século XVIII, que segundo meu conceito do momento da “racionalidade de arquitetura”, ponto base para o entendimento do espaço criado das novas formas de ver a arquitetura, e evidente que a modernidade cria-se por varias condicionantes neste caso do pensamento Art Nouveau tem conotações progressistas, poderíamos afirmar como um novo estilo de arquitetura moderna de ordem internacional, mais esta tendência se produz em varias formas de arte, baseado na utilização do Art and Craft, esta união das artes com o artesanato faz uma nova forma de análise conceitual, como é lógico aprimorado com as novas técnicas e materiais que forem empregadas nas edificações.
A visão de uma arte nova procura libertação das limitações e convenções transmitidas, não apenas na arquitetura, mas sim em todos os domínios da vida. (Tietz 2008:12)

Tassel House (1892-1893) – Bruxelas, Arq. Victor Horta

Ao referirmos ao eclecticismo (modo de julgar e obrar que adota uma postura intermédia, em vez de seguir soluções extrema bem definido. RAE-2010; Escolha entre vários sistemas, do que parecer ser mais conforme com a razão. PRIVERAM-2010) da arquitetura penso que não só tinha uma talha certa, mas bem foi um ato do processo das sociedades e da cultura da época, como também o aspecto do “craft” como elemento integrador de criativo do homem artesanal, A artesania é considerada como um sistema de produção que nasce com a função de ter uma utilidade pratica, além de ter uma finalidade comunicativa e entretanto mágico-religiosa. Esta ligada ao trabalho manual, ao produto que se repete baixo vários jeitos de fazer as coisas e a cotidiano (Martuccelli 2000:28) quiçá inicialmente excluído e novamente valorizado desta tendência da arquitetura, e claro também das novas técnicas construtivas em base aos novos materiais que forem acontecendo no tempo-espaço, como foi o gosto pela construção com ferro e a curvatura da madeira, inicialmente na Bélgica nos projetos no final do século XIX do arquiteto Victor Horta (1861-1947), Horta reuniu inovação técnica e a nova decoração de seu modo paradigmático (Tietz 2008:11).

Solvay House (1895-1900) – Bruxelas, Arq. Victor Horta

Quiçá pela liberação das artes tradicionais, que agoniam a forma da pensar, na busca de uma arte da arquitetura (entendemos firmemente que a arquitetura é arte), claro com apoio das novas tecnologias, mais considero que seu lado estético como “alegria de viver” deixando de lado certos prejulgamentos que forem imbuídos pelo pensamento do eclecticismo dando passo ao movimento da arquitetura moderna racional, penso que o espanhol Antonio Gaudi (1852-1926) teve esta forma de expressar na sua “arquitetura de alegria conceitual” de propor uma organicidade baseado na sua geometria e do estúdio do rigor do volume, Barcelona para Gaudi foi o principal representante do modernismo (na Espanha o Art Nouveau era chamado de Modernismo) a variante espanhola da Arte Nova longe de qualquer ligação com a função Gaudi desenvolveu uma linguagem formal pessoal e opulenta, que incluía elementos góticos e mouriscos, assim como criações próprias. (Tietz 2008:12) que evidentemente tem passado o tempo mais sempre considero que na Historia da Arquitetura Moderna Antonio Gaudi será tema de discussão e alimentação no espírito moderno ou posmoderno (atual) da proposta do espaço tectônico criado.

Casa Mila ou das Pedreiras (1905-1910) – Barcelona, Arq. Antonio Gaudi

Parque Güell (1900-1914) – Barcelona, Arq. Antonio Gaudi

Penso que na arquitetura do Art Nouveu teve também varias tendências ou forma de expressão formal, devido a que se torna uma arquitetura poderíamos dizer que ao torna-se uma arquitetura onde o ocidente (nos referimos a Europa e America) assume valores conceituais globalizados, utilizando como palavra contemporânea “globalizante” mais sim teve estas duas correntes: a primeira por Horta, Gauidi e Van de Velde, baseado numa geometria do côncavo e convexo (ver neste blog: Copam entre o côncavo e convexo), e o segundo pelo rigor geométrico expressado por Mackintoch, Warner e Wrigth, e interessante que dentro de uma mesma tendência artísticas arquitetônicas se de varias correntes, mais tiveram em comum seu lado orgânico de fazer arquitetura, assim como uma geometria imbuída em uma abstração As obras abstratas constitui um suposto mundo melhor, não reproduzem o que tem, inventam um novo. Escapolem da imitação do belo do natural, para reproduzir uma verdade artística, pura e autônoma. Se a abstração e parte da modernidade, então deve ter características: universal, impessoal, racional, objetiva, sistemática. (Martuccelli 2000:39) que considero que no Art Nouveau tem uma consideração que se faz na eloqüência projetual, e que a pesar das duas correntes anteriormente expostas podemos intuir que tem o mesmo tratamento como na casa de Henry Van de Velde (1863-1900) na casa Bloemenwerf (1895-1896) o a de Charles Mackintoch (1868-1928) na casa de Windy (1899-1901) e impressionante que sejam lugares e tintes diferentes mais nos mesmo processos do modernismo e do racionalismo da visão formal de sua arquitetura.

Bloemenwerf House (1895-1896) – Bruxelas, Arq. Henry Van de Velde

Evidentemente na sua geometria tem o aspeto lineal na arquitetura, e o uso do ferro (craft) na varias formas de utilização faz que esteja presente na sua estética, mais considero que uso dos vários materiais no mesmo tempo e na mesma edificação, cria más acentuadamente o eclecticismo da obra.

Windy House (1899-1901) – Glasgow, Arq. Charles Mackintoch.

Si colocamos hoje em dia a nossa forma de pensar e projetar ou de fazer arquitetura, “não poderíamos fazer arquitetura sem a escolha dos materiais” a ser empregado na construção, e evidente que na aquela época também deve ter este pensamento, mais colocando a possibilidade de variedade nos materiais como experimentos projetuais e da “variedade” que fazia parte do Art Nouveau, como a casa Majolica (1898-1899) de Otto Wagner (1841-1918) quem foi mestre do importante arquiteto Adolf Loos.

Majolica House (1898-1899) – Viena, Arq. Otto Wagner

O uso de materiais como a cerâmica, tijolo, ferro, pedra, madeira e vidro da essa tom de exatidão geométrico nos seus usos, mais considero que se entrega na sua estética a uma frieza nos aspetos conceituais projetuais, a pesar de uma arquitetura de boa convivência (assim penso) com a natureza – organicidade aplicada na arquitetura. ... o Art Nouveau, com procura de soluções arquitetônicas, ao mesmo tempo estéticas e funcionais, baseadas no emprego correto dos materiais de construção; originalmente uma das preocupações essenciais do movimento moderno na Europa (Bruand 2008:48)
A arquitetura do Art Nouveau teve varias manifestações no Brasil como as de Karl Ekman, Victor Dubugras, e do italiano Virzi, no caso do primeiro na Casa Álvares Penteado (1902) na cidade de São Paulo, Otto Wagner diz: paredes lisas vazadas por estreitas janelas retangulares, dispostas umas das outras a fim de equilibrar sua acentuada verticalidade a horizontalidade do volume do edifício predominância da linha reta, valorizando o emprego dos arcos e curvas em pontos estratégicos, decoração floral ou lineal limitada a alguns motivos bem delicados, mas dispostos de modo de destacar sua importância. (Otto Wagner in Bruand 2008:45)

Casa Álvares Penteado (1902) – São Paulo, Arq. Karl Ekman

O sucesso de Vila Penteado foi de imediato. Estava lançado o Art Nouveau, e em alguns anos os bairros novos: Santa Cecília, Campos Elíseos, Higienópolis, Vila Buarque, Bela Vista, estavam cobertos de belas residências ou de simples casas de aluguel, que traziam a marca indelével – embora muitas vezes superficial – deste estilo. (Bruand 2008:44-46)


Também na cidade de Lima no Perú, se apresentam arquiteturas de tipologia Art Nouveau, algumas obras importantes como a do local do Estúdio Fotográfico “Courret” (1910) do Arq. Miguel Ronderas, a Casa Rosell-Ríos (1909-1912) do Arq. H. Ratonin, a Casa Fernandini (1914) do importante arquiteto Claude Sahut. Também forem se expandindo esta expressão artística arquitetônica nas novas urbanizações em Lima.

Casa Courret (1910) – Lima, Arq. Miguel Ronderas

O eclético arquitetônico – Na década de 1920 a 1930, o eclético arquitetônico constituiu uma marcada característica que não só e reflexo dos grandes edifícios públicos e privados mais também em vivendas dos novos abastados localizadas nas urbanizações novas, onde se destacam o sobre dimensionamento da riqueza arquitetônica (Bentin 1989:36)

Caminhava pelas ruas do bairro de Miraflores, com a brisa do mar que refresca as tardes ensolaradas de verão, com seus belos gerânios de todas as cores, suas árvores de moras que abundam em todos seus lugares, que dá um tom avermelhado nas calçadas, que decora nos seus desenhos abstratos em eles geram, e que cada vê a forma que queiram ver, suas casas, sua arquitetura colorida, em que reflexa um tempo de do art déco e do art nouveau, o eclético se faz presente é tem razão de ser – e isso do que me lembro de minha infância do querido bairro de Miraflores da cidade de Lima dos anos 50 e 60 (Jorge Villavisencio – Lima, 2007)

Gostaria finalizar o ensaio expressando que bem é certo que o Art Nouveau tem várias nomenclaturas nos diferentes idiomas como aqui no Brasil na Francia e Bélgica é conhecido como art nouveau, na Espanha como modernismo, na Inglaterra e nos EUA de Modern Style, Jundendstil na Alemanha, Sezession na Áustria, Liberty o Florale na Itália, em que responde a criar um novo estilo de arquitetura de dimensões globalizadas, em que visava o progresso em suas formas orgânicas de fusão nos seus elementos estruturais e do artesanal, penso pela liberdade e necessidades cultural-social criada que se deu no tempo-espaço.

Anápolis, 19 de Setembro de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio.

Créditos das Imagens: 1) Art Noveau Internacional - Modern Architeture (1969) de Werner HOFMANN; Udo KULTERMANN. 2) Art Nouveau no Brasil - Arquitetura Contemporânea no Brasil (2008) de Yves Bruand.

Bibliografia
BRUAND
, Yves; Arquitetura Contemporânea no Brasil, Editora Perspectiva, São Paulo, 2008.
MARTUCCELLI, Elio; Arquitectura para uma ciudad fragmentada, Ed. Universidad Ricardo Palma, Lima, 2000.
HOFMANN, Werner; KULTERMANN, Udo, Modern Architeture, The Viking Press Inc., New York, 1969.
SULGER BÜEL, Romanic; Paris 1900: na coleção do Petit Palais, Câmara Brasileira do Livro, São Paulo, 2002.
BENTÍN, José, Enrique Seoane Ros – Uma búsqueda de raíces peruanas, Indice Editorres Asociados SA – Instituto de Investigación de la Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Artes, Universidad Nacional de Ingeniería, Lima, 1989.
TIETZ, Jürgen; História da arquitetura contemporânea, Ed. H.F. Ullmann, Tandem Verlag GmbH, 2008.

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