Piet Modrian: na procura do espaço como arte abstrato.
Arq. Jorge Villavisencio O.
Arq. Jorge Villavisencio O.
Através do tempo espaço muitos dos pensamentos vanguardistas têm expressões importantes que tem influído na maneira de pensar da humanidade, neste caso vou referir ao importante artista plástico holandês Piet Modrian (1872-1944), e minha intenção neste breve ensaio aponto entender: Quais forem seus pensamentos com relação a sua arte abstrata? E evidente que a arquitetura tem buscado referentes criativos de sua arte, mais penso que Modrian tem levado a ápice de toda uma geração do movimento moderno em especial da Escola De Stijl primado pelas suas cores primarias, simplicidade dos elementos puros, dos Neoplasticistas, do Cubismo , e da importante Escola alemã da Bauhaus e como e lógico de um dos grandes mestres da arquitetura moderna Walter Grophius.
“Os traços negros assim como os retângulos vermelhos e amarelos e azuis desapareceram. O que resta é uma espécie de entrançado rítmico, no qual as listras coloridas verticais e horizontais se sobrepõem ou se intercalam” (Deicher 2005:86). Também considero que o fundo branco representa o espaço vazio que em minha opinião e o contextualiza, penso que o elemento mais considerável na pintura, e claro o que fica o rico contraste entre o cheio e vazio não é.
Para Piet Modrian sua vida de sua infância e juventude não foi fácil, teve uma vida familiar modesta, mais sua capacidade nas questões da arte se manifesta ate um pouco mais tarde aos 20 anos, quando ingressa a Escola de Belas Artes em Amsterdã no ano de 1892.
Piet Modrian: “autoretrato” (1900) Colecao Phillips, Washington DF.
Inicialmente Modrian quer combinar a arte tradicional com algum assunto novo, do qual ele desiste e revela sua capacidade que leva seu pensamento da abstração, mais considero que ele adentra de cheio no abstrato, como arte expressiva que visa um futuro diferente, e claro isso e de vanguarda, mais passa por suas etapas reflexivas inicialmente com cenas rurais, de paisagem, como sua pintura da Floresta Paicas de 1899, onde “o seu rigor e formal e a densidade das sensações são análogos aos trabalhos dos artistas da Arte Nova alemã e da moderna pintura vienense” (Deicher 2005:11), mais também teve influencias de Van Gogh, que vivia encerrado dentro seu mundo perceptivo.
Piet Modrian: “Floresta Paicas” (1899) Haags, Museu Alemã.
Mais quando no ano 1910 Modrian participa de sua primeira amostra na associação de artista de Amsterdã, nas suas pinturas apresenta certa austeridade parceira que se esta despedindo da burguesia, tanto assim que ele se isola em que “entrincheiro se no campo do isolamento e começou a pintar quadros, que apontavam para sua nova forma de arte” (Deicher 2005:15), como desejo pessoal de ser um grande pintor. No fim de 1911 ele muda-se para Paris, onde foi muito importante para ele saia de esse isolamento, em que começa e ter uma vida melhor, sua convivência me refiro ao tempo espaço não de convivência pessoal, o qual ele não lhe interessa, mais sim dos acontecimentos expressivos e de percepção da arte. E faz uma pintura Árvores em Flor (1912) – que pareceria se expandir mais que a própria tela, bastante monocromática, “Mondrian interessava em particularmente pela estrutura pictórica unida e plana com temas regularmente padronizados, criação do Cubismo” (Deicher 2005:38)
Piet Modrian: Árvores em Flor (1912) Fundacao Judith Rothschild, New York.
Modrian deixa de lado a ordenação que nos suscitaram suas primeiras pinturas, buscando como dispersões, deixando uma relação sujeito-objeto ao livre alvedrio, penso deixar se levar pelo pensamento de dava em “liberdade de percepção”, com no quadro de embaixo que são uma serie de fachadas de algumas casas, que sendo já uma arte abstrata, têm referenciais que estão escondidos mais que são levemente perceptíveis.
Piet Modrian: Quadro III – Composição em Oval (1914) Stedlijk Museu de Amsterdã.
Modrian explora as possibilidades de entender os efeitos dos contrários os vazios e cheios, efeito importantíssimo no conhecimento e do entendimento da espacialidade, lembremos que a arquitetura na criação da forma se produz dos aspectos reacionais entre o espaço vazio e a massa.
Piet Modrian: Composição 10 a Preto e Branco (1915) Rijksmuseum.
Mondrian e Van Doesburg estavam de acordo de como a pintura deve estar associada a uma arquitetura tão radical quanto moderna, cores claras em combinação com construções brancas e sóbrias deviam substituir as tintas tristes e borolentas do século XIX, em minha opinião pensa que seria uma ruptura do pensamento: os adereços já não faziam parte, penso que hoje poderia ser assim, sempre penso que a criação da forma arquitetônica esta criado pela mesma essência da relação espaço vazio e massa, e não por seus adereços, considero que quando tem um exagero nos próprios acabamentos da obra ou na configuração das partes de suas elevações ou fachadas, trata-se de esconder ou não participar do elemento primogênito que é a “forma”.
Mondrian e Van Doesburg estavam de acordo de como a pintura deve estar associada a uma arquitetura tão radical quanto moderna, cores claras em combinação com construções brancas e sóbrias deviam substituir as tintas tristes e borolentas do século XIX, em minha opinião pensa que seria uma ruptura do pensamento: os adereços já não faziam parte, penso que hoje poderia ser assim, sempre penso que a criação da forma arquitetônica esta criado pela mesma essência da relação espaço vazio e massa, e não por seus adereços, considero que quando tem um exagero nos próprios acabamentos da obra ou na configuração das partes de suas elevações ou fachadas, trata-se de esconder ou não participar do elemento primogênito que é a “forma”.
Piet Modrian: Composição 3 com Superfícies coloridas (1917) Haags Museu Alemã.
“Modrian deixo por primeira vez a rede de traços negros que se manifestam unicamente seus contornos angulares das superfícies coloridas. No fundo branco, as superfícies de cor estão ordenadas ritmicamente e atuam como em movimento. “Este abandono do suporte gráfico faz aparecer no quadro como um enquadramento escolhido pela composição livre dos elementos coloridos num espaço imaginário” (Deicher 2005:48)
Gerit Rietvel Cadeira Vermelha com Azul (1917-1918)
Theo Van Doesburg: projeto da casa de Bart van der Ligts em Katwjk, aan Zee (1919)
Em 1918 os principais fundadores do movimento moderno De Stilj: Mondian, Van Doesburg e Rievel fazem um Manifesto:
1. Há uma antiga e uma nova consciência da época. A antiga se volta para o individuo, e a nova para o universal, O conflito entre o individual e o universal reflete-se na Guerra Mundial tanto quanto na arte de hoje.
2. A guerra este destruído o mundo antigo com tudo aquilo que ele contem: a primazia do individuo em todos os campos,
3. A nova arte revela a sustância da nova consciência da época: um equilíbrio semelhante entre o universal e o individual.
4. A nova consciência esta pronta para realizar-se em tudo, inclusive nas coisas do cotidiano da vida.
5. As tradições, dogmas e a primazia do individual (o natural) atravessam o caminho da realização.
6. Por tanto, os fundadores do Neoplasticismo exortam a todos os que acreditam na reforma da arte e da cultura as coisas que impedem os novos avanços, assim como a arte nova arte plástica, ao eliminarem a restrição das formas naturais, puserem o fim que atravessam o caminho da expressão da arte pura, a conseqüência extrema de todos os conceitos da arte.
(Frampton 2008:171)
Mais no final de 1920 Theo Van Doesburg visita a Modrian, ela já tinha saído de Paris, e se mudou ao sul da França, a idéia de Van Doesgurg e fazer uma exposição final de sua carreira de artista, e deixando passo para dedicar se a vinicultura.
Piet Modrian: Composição B (1920) Wilhelm-Hack-Museum.
Mais Piet Modrian se retira da vida publica e começo tomar consciência do que tinha arremetido através do tempo espaço, selecionava todo que se referia a sua vida pessoal, destruindo todo tipo de documentos da sua juventude, lembremos que sua infância e juventude foram marcadas pela própria infelicidade?
Fotografia Piet Modrian no seu Ateliê
No espaço vital de seu ateliê feito por ele mesmo, queria encarnar sua própria sua doutrina, e eliminando todo o que seja pessoal. A personalidade biográfica deveria ceder a sua própria obra: como assunto “inédito”, e sua vida só serão lembrados pela vida consagrada da forma pura. Al concluir este ensaio pode pensar que ele queria libertar-se dos assuntos pessoais, e o que interessa que sua lembrança seja do lado netamente profissional. Morre o 1 de Fevereiro de 1944 de uma pneumonia, e sua ultima obra Victory Boogie Woogie e foi deixada incompleta.
“Depois de 1921 revelam sua preferência crescente superfície branca e vazia. A representação de Mondrian do clássico na arte moderna funde-se com o ideal de objetividade” (Deicher 2005:64)
Goiânia, 6 de Maio de 2010.
Arq. Jorge Villavisencio O
Maquete de encenação para a peca de Michel Seuphor: L´ephémere est éternel (1926)
Reconstrução de 1964: cartão sobre madeira 53,3 x 75,5 x 26,5 cm.
Eindhovel, Stedeljk Van Abbemuseum
Nota: Créditos das imagens nos livros de Susanne Deucher e Kenneth Frampton.
Bibliografia
VENURI, Lionello; Historia da Crítica de Arte, Randon House Mondadori S.A., Barcelona, 2004.
FRAMPTON, Kenneth; Historia da Arquitetura Moderna, Livraria Martin Fontes, São Paulo, 2008.
ARGAN, Giulio Carlo; Walter Grophius el Bauhaus, Nueva Visión SRL., Buenos Aires, 1957.
DEICHER, Sussane; Piet Modrian: Construção sobre o Vazio, Taschen GMbH, Colônia, 2005.
GUSBERG, Jorge; Para uma crítica da arquitetura, Projeto Editores Associados, São Paulo, 2002.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario