Critica: Arq. Jorge Villavisencio Ordonez
Uma breve introdução.
Então a idéia e não concordar o concordar, porque si uma das coisas que penso e entender que uma critica da arquitetura consciente ou em querer estar o mais perto possível disto, e poder enxergar as problemáticas pertinentes sobre as questões da espacialidades que estão em todos os contextos do que e o espaço da arquitetura, alem e claro que considero que a arquitetura e o urbanismo e a arte que mas se vê (e só caminhar pela cidades para perceber isto) e por incrível que pareça não são muitos colegas que pensam assim, mais bem tentam estar acima do muro “que não vai nem vem”, por isso acho necessário levantar alguns deste fatos para nos entregar a uma promenade, este recorrido que considero que se expressa de forma espiralada atuará como elementos retro alimentadores ou de feedbacks.
Como a arquitetura esta composta de partes-partes e partes-todo, vou tentar realizar uma síntese de cada parte, porque também acho que a arquitetura e síntese de pensamento, e não poderia ser outra forma, em alguns casos Freud tem explicado nas suas teorias da psicanálise este fato, que iremos( vão ou vamos) expressar pensamentos pessoais, e acho que si a estética da arquitetura como filosofia da arte, tem essa riqueza de valoração das relações sujeito-objeto, pode-se dizer o que agradável o desagradável, este rico contraste entre o vazio e o cheio ou como o expõe Umberto Eco nos seus livros a História da Beleza (2005), a História da Feiúra (2007), ou das tendências historicistas entre os Neoclássicos e os Barrocos, que no final poderiam resultar na antiguidade entre o Platônico e o Aristotélico, quiçá em uma rica linguagem como dizia de contrastes o claro o escuro., todo isto dentro de uma metáfora pertinente. Penso também que a arquitetura tem que ter “poesia”, porque foi demonstrado que quando nasce por primeira vez a palavra “estética” que cria e condensa foi o filósofo alemão Baumgarten (1714-1762), antes se falava da palavra da beleza, mais quando expressam muitos dos grandes pensadores como Lienbitz, Kant, Lessing, antecessores de Baumgarten, penso que no momento reflexivo do século XVIII (importante na história da arquitetura época da ilustração) ao dizer o lado obscuro o lado claro, estão fazendo contraste. Anterior a isso mais na mesma época o pintor e poeta inglês William Hogarth em se livro Analise da Beleza (1753), fala na mesma metáfora que Niemeyer “a sinuosidade das curvas” – redundante sim, mais para mim e poesia. Um dos assuntos que me e difícil desvincular “abstração no pensamento”, e que para mim a questão a salubridade urbana, e da arquitetura hospitalar expressado no edifício-hospital, são células que estão no meu organismo às vezes mais latente em maior quantidade mais a qualidade e a mesma, mais sensível como o que vou analisar da jovem mulher amada pero às vezes também detestada chamada de Brasília – mais ao final ela e muito jovem, e só tem cinqüenta anos, e penso que todavia tem muito em refletir sobre ela, e porque não: “muito a fazer por ela”, si algum assunto importante na historia da arquitetura – alem e claro quando Zevi no seu livro (para mim muito inspirador) Saber ver a arquitetura: a historia da arquitetura é, antes de mais nada e essencialmente, a historia da concepções espaciais. (Zevi. 27:2009 {1984}) e trazer esse passado no presente e chega este pensamento da “prospecção” .
Gostaria de terminar esta introdução dizendo o que falou recente o mestre e fundador do DF. o Prof. arquiteto João Filgueiras Lima – Lelé , desta jovem senhora – Brasília, O arquiteto e como um clinico geral, esta desparecendo: A função do arquiteto e “integrar para não fragmentar”, em efeito o assunto vai por esse caminho, parece que as especializações ou especialidades da arquitetura que não se integram, ainda bem que tem pessoas que como o Lelé que tem estes pensamentos (considero importante que sejam ditos – e que não só fique na mente), alem e claro quando também diz da jovem senhora: O projeto ideal respeita a natureza e leva encontra a topografia a vegetação e a vista, elementos que faz o ser humano se identificar com o planeta e sentir-se parte dele”.
O sonho do cerrado brasileiro
É evidente que sair das amarras dos cariocas e dos paulistas não foi uma tarefa fácil, para o Presidente Juscelino Kubistchek, alem muitos pensavam que iria não dar certo ou como se diz folcloricamente quebrar a cara, e assim poder desestabilizar (assunto que quando as políticas são mal aplicadas gera este idéia errônea), mais todos nos sabemos que jovem a senhora – Brasília "esta muito viva – e ela e muito nova, esta mais viva que nunca, sua viveza e esperteza", tem que ser analisada por partes-partes este pensamento da mudança da capital já vinha se desenhado na Constituição de 1891 – na região do planalto central, então estaríamos pensando que foi quase 70 anos com anterioridade na fundação de Brasília, mais também poderíamos pensar que passarem 70 anos da idéia e no fez nada ate que 60 anos depois JK (a partir de agora o Presidente Juscelino Kubistchek é JK –onde a maioria de pessoas o conhecem assim), mais considero que já nos finais do Século XIX, especificamente no anos 1891 nomea o governo a comissão presidida pelo astrônomo belga Luis Cruls, que naquela época era o chefe do departamento de astronomia da antiga capital de Rio de janeiro, considero interessante apreciar que a disciplina da astronomia tinha um importante nível de decisões nas questões de localização e preferências em relação da espacialidade do espaço sideral e do espaço planeta terra como um todo, assunto que considero que poderia voltar este pensamento, mais ainda com toda esta questão tecnologia de localizações por sistema de GPS, na minha opinião esta forca que se da na relação espaço sideral e espaço terra tem considerações más amplas, quiçá seja também entre outras coisas as questões relacionais da espacialidade contextual, poderias citar que na época pré-hispanica ( o seja da antes da chegada dos espanhóis a America do Sul – especificamente na nas margens do oceano pacifico), onde a mais de 3.000 a.C., se falava no espaço tempo assuntos pré-Inca da “cosmovisão”.
Comissão Cruls na cidade de Pirinopolis – Goías (1892)
Mais no ano de 1934 se reforça essa idéia, e se nomeia outra Comissão chamada de Poli Coelho em 1946, um ano depois do termino da segunda guerra mundial, e também se estavam finalizado os trabalhos de Niemeyer na Pampulha e de sua relação com o Prefeito de Belo Horizonte JK, assunto que considero importante ressaltar que os projetos da Pampulha alem que foi o primeiro projeto individual do mestre Niemeyer, posso dizer com seguridade que foi o primeiro projeto de pensamento da arquitetura moderna no Brasil, claro baixo toda a experiência que foi adquirida com as relações que tinha Niemeyer com Le Corbusier, na época da construção do Ministério de Educação no Rio de Janeiro, e sem esquecer-se de seu mestre Lucio Costa (professor de Niemeyer) na escola de Belas Artes no Rio.
Niemeyer observa atentamente a marquise do edifício do cassino da Pampulha (1942-1945)
Por mais que essa colaboração fosse sinceramente procurada pelo presidente reformista JK, para quem Niemeyer vinha trabalhando desde 1942, esse equilíbrio permaneceu intangível. (Frampton 2008:312).
Mais antes de nascimento da jovem senhora – Brasília, o fato de JK ter ido à cidade de Jataí – Goías, na sua campanha eleitoral, onde se produz a aquela pergunta famosa do morador desta cidade Toniquinho, e pergunta: Si JK iria a fazer a mudança da capital como previa a constituição?, - importante fato não é.
Jk – Cidade de Jataí – Goías – na campanha presidencial.
Livro – Porque Construí Brasília de JK (1975)
Capa da Revista AU – Arquitetura & Urbanismo (1997)
Mais só vou lembrar-me da primeira pergunta que fazem a Lucio Costa: O Plano Piloto esta completando 40 anos. Como o senhor vê esta data? LC: Brasília é uma cidade que tem vida própria, há muito tempo não tem nada a ver comigo. Eu dei o meu recado quando foi solicitado, apenas isso. Dei minha contribuição, agora meu considero ausente. (AU 1997:72)
Como vemos sua resposta e bastante sincera, mais quando Lucio Costa diz: “uma certa de irresponsabilidade é necessária. Se não fosse uma certa dose de autoconfiança e pretensão tudo estaria paralisado”, e claro a cidade como todas, se movimenta e cria suas próprias promenade, a traves do tempo e espaço, mais estou de acordo com o mestre Niemeyer quer as cidades tem um limite – se refere ao crescimento – ou seja não pode crescer do que suporta por isso e necessário criar este cinturão verde que limita seu crescimento. Mais quando sua filha de Lucio Costa a arquiteta Maria Elisa Costa diz: “a grande especulação imobiliária cerque a área tombada com uma paliçada de torres de 20 o 30 andares. Isolando Brasília do horizonte, quando a relação da cidade com sua paisagem faz parte de sua partitura original” (Folha de São Paulo 21/04/2010)
Em forma síntese de hoje:
· 500 mil pessoas vivem em terras irregulares. (uma parte de eles com risco ambiental).
· Concentração de empregos no centro (plano piloto)
· 80% das pessoas moram fora do centro, mais 70% dos empregos estão concentrados no centro.
· Transporte precário e falta de planejamento.
· Falta de preocupação com o crescimento.
Quando na realidade o edifício do Congresso Nacional seria o edifício mais alto, assunto que terminara este escrito, falando da importância desta magnífica edificação, que a pesar de seus 50 anos sua arquitetura penso que tem a vigência da sua temporalidade (passado-presente), em minha opinião sua escala dimensional e de seu lado formal (relação espaço-massa), visa um condutivismo lineal – aquela percepção que a obra vai sempre em prospecção, por isso es que se fala que Niemeyer será o único arquiteto será lembrado por suas obras no século trinta?
Também e interessante como hoje arquitetos expressam sua visões sobre a jovem senhora como do arquiteto Sergio Parada quando diz: “o desenho e a qualidade espacial – suas grandes áreas – de Brasília me atraem. Alem de ser uma cidade formada por pessoas do Brasil e do Mundo”, ou quando (como fale na introdução) o arquiteto Lelé diz: “O projeto ideal respeita a natureza e leva encontra a topografia a vegetação e a vista, elementos que faz o ser humano se identificar com o planeta e sentir-se parte dele”, ou quando a artista plástica Carla de Assis diz: “Queremos provocar ao observador ao reestilizar ícones e elementos do dia a dia. E o nome de Brasília faz bem homenageia a qualidade de vida e os profissionais que se destacam na cidade”. O das novas propostas como da Torre de TV Digital de Niemeyer, ou do Parque das Sombras de Jaime Lerner.
Que ma minha opinião o Parque das Sombras e uma idéia que resgata uma identidade local – conceitos atuais ou contemporâneos das questões ambientais e de sustentabilidade como percebi nos livros de Luis Gouvêa – Cidade Viva (2008), o de Marta Busto Romero (org) – Reabilitação Ambiental Sustentável (UNB:2009).
Mais não poderia terminar este capitulo o pensamento político com relação ao comportamento das políticas atuais de como se vem levando os concursos para os novos projetos de arquitetura, como bem o expressa o arquiteto Paulo Paranhos “A arquitetura virou um item de supérfluo no Brasil, onde a media dos concursos públicos para os projetos arquitetônicos é de dez por ano, e na França e de 1.200 exclama. (Revista Arquitetura & Construção – mês de Maio 2009 – Especial de Brasília). Bom na minha opinião que na medida que não se consolide a criação do CAU – Conselho de Arquitetos e Urbanistas do Brasil, que já esta passando da hora, e um assunto que nossa classe profissional temos lutado para a consolidação deste processo pelo menos foi o ponto neurálgico o a coluna vertebral nas discussões na minha cidade de Goiânia no CBA – 2006. Neste caso meu pensamento e positivo, o importante que não seja só no pensamento – EXPRESEMOS AGORA SIM - mais bem arregacemos nossas ações e pro deste “ideal” – é necessário e indispensável para o futuro da nossa profissão – porque sempre penso que as soluções e visões se encontra na mesma essência da arquitetura e o estudo das cidades, para isso nos temos preparado não é. Quiçá para que não ocorram situações com as explicadas por Paranhos.
Visão do movimento da arquitetura moderna expressado no Edifício do Congresso Nacional
Penso que primoroso edifício projetado pelo mestre Niemeyer no ano de 1960 consolida todos os pensamentos da arquitetura moderna no Brasil – assunto que acho que a arquitetura moderna de hoje no Brasil esta imbuída de tal forma no nosso pensamento, o sentido de utopia e abstração se faz mais evidente pareceria estar tão inspirado no nosso pensamento que gera questões neuronais em maior proporção – e não estou falando de reminiscências historicistas, mais bem de uma escola de arquitetura do passado (que pertenço dessa época anos 70) que ainda tem o prazer de ser assim. E para nos que vivemos da arquitetura e projetamos nossas edificações faz mais sensível ao colocar nossos primeiros traços, poderia referi-me ao lado formal de adições e subtrações na criação da forma, adição nos sentido de ser mais coerente com a questão da sustentabilidade ambiental assunto pouco explorado, eu acho – mais bem penso que si estivéramos redescobrindo alguma coisa que já sabíamos, mais hoje como principio conceitual básica para entender todo o processo arquitetural, e subtrações no sentido de movimentar a forma e criar este vazios que produzam o contraste entre os cheios, claro estou falando desde uma metáfora imbuída dentro da própria linguagem da arquitetura.
Mais todos sabemos que o Congresso Nacional esta localizada dentro da praça dos três poderes do Estado: Legislativo, Executivo e Judicial, quiçá esta praça representa a síntese da espacialidade do pensamento de Kubistchek, Costa e Niemeyer, alem e claro das questões inerentes as decisões políticas do Brasil.
Mensagem de JK – no interior do Congresso Nacional.
Apresento alguns traços ditos por Niemeyer: “o que me atrai e curva livre e sensual..., e a própria estrutura bruta pintada de branco..., arquitetura é invenção e com esta palavra de ordem que procuro fazer minha arquitetura...”
Oscar Niemeyer na explicação do projeto do Congresso.
“A gente tem que sonhar, por que si não as coisas não acontecem; espero que Brasília seja uma cidade de homens felizes, homens que sintam a vida em toda sua plenitude e toda sua fragilidade, homens que compreendam o valor das coisas simples, um gesto uma palavra de afeto, uma solidariedade”.
“Quando a forma cria beleza, tem na sua própria forma sua justificativa..., minha vida não e nada de especial e insignificante...” e concluído na sua famosa frase “porque a vida e um sopro, não é”.
O traço firme de Niemeyer.
Curiosamente ao terminar este escrito dia do trabalho – 1 de maio de 2010 – queda este pensamento da revolução francesa (1789) “liberdade, fraternidade, igualdade” – assuntos que na minha maneira de ver estão tão vigentes nos seus conceitos originais.
Também neste blog ao completar suas cem publicações no seu primeiro ano de vida, tenho escrito mais uma vez sobre esta jovem senhora chamada de Brasília, e claro do visionário Kubistchek, dos mestres Lucio Costa e Oscar Niemeyer (ver datas: 06/03/2009 – 12/07/2009 – 08/11/2009 – 23/12/2009 – 10/01/2010), assunto que acho que sempre será um tema de discussão e dissertação e uma maneira de repensar das complexidades essências da arquitetura e o urbanismo.
Goiânia, 1 de Maio de 2010
NIEMEYER, Oscar, A Forma na Arquitetura, Editora Trotta, Rio de Janeiro, 1978.
LE CORBUSIER, Hacia una Arquitectura, Editorial Poseidón, Buenos Aires, 1978.
FRAMPTON, Kenneth, Historia da arquitetura moderna, Livraria Martin Fontes Editora, São Paulo, 2008.
ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura, Editora Martins Fontes S.A., São Paulo, 2009.
FREUD, Sigmund, Obras Completas, Editorial Biblioteca Nueva, Madrid, 1972. Tomo IV, (pág. 2309-2334)
SCRUTON, Vernon Roger, La Estética de la Arquitectura, Alianza Editorial, Madrid, 1985.
VILLAVISENCIO, Jorge; Blog: arquitecturavillavisencio, Lima e Goiânia, (2009-2010).
Revista Arquitetura & Urbanismo: Editora Pini, São Paulo, 1997.
Revista Arquitetura & Construção: Editor Abril, São Paulo, 2010.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario